Era uma vez uma mulher numa aldeia perdida no meio das pedras em Trás-os-Montes, onde o frio mata e o calor derrete o chão, e as mulheres vestem preto para sempre depois de ficarem sem os maridos.
Esta mulher tinha um marido que queria testar o amor dela e por isso fingiu que tinha morrido para ver o seu desgosto.
No dia do enterro o cortejo fúnebre dirigia-se para o cemitério por um caminho cheio de árvores.
O marido, ao ver a mulher muito desgostosa a chorar ao lado do caixão, contentou-se com a prova de amor que tanto queria.
Vendo uns ramos mais baixos a que se pudesse agarrar, o marido que fingia estar morto levantou-se do caixão e anunciou a todos que tinha regressado dos mortos.
O tempo passou e chegou finalmente a hora dele. Morreu, desta vez a sério.
No dia do enterro a mulher obrigou o cortejo a seguir outro caminho para que não passassem por baixo da mesma árvore.
sexta-feira, outubro 31, 2008
Cheira mal na carrinha
Por causa das obras no restaurante usaram-na para transportar entulho (e não-sei-quê mais que devia cheirar muito mal) e agora cheira mal.
Na primeira semana, há 3 semanas atrás, era quase insuportável.
Na semana passada estava melhor, mas ainda forte.
Ontem cheirava mal, mas fomos todas lá dentro, vidros quase sempre fechados por causa do frio.
Feijoada de soja com arroz. Da feijoada só tinha o feijão. E o tomate. Legumes, zero. Não há Banco desde há 15 dias.
Chá de erva-doce quentinho. Não há fruta para sumo.
Pouca gente por ser a última quarta do mês e muito tempo para ouvir histórias.
Tive um ataque de riso com o maior chorrilho de desgraças que já ouvi juntas. Não digo que não fosse verdade, não digo que tivesse piada. Talvez fosse uma reacção estranha ao choque que tal despojo me causou. Desgraça atrás de desgraça e ele ali estava, de pé.
Eu estava sentada ao volante da carrinha, pronta para irmos embora, e quase chorei a rir baixinho.
Depois o psicopata da hora. Carregal e o idiota que na semana passada invadiu a privacidade de uma de nós, deitando-lhe a mão ao maço que ela tinha no bolso de trás, desculpa-se dizendo que não é como se ele fumasse, era só a brincar.
A propriedade é mais privada do que a privacidade, no mundo.
Aturo-o o resto da noite colado a mim, que tiro chás com vontade de lhe dizer que se volta a tocar em alguém leva uma carga de porrada de uma mulher como nunca julgou possível.
Tiro chás.
Conta que há dias subiu a uma varanda de um segundo andar de um prédio pelas caleiras. Regozija-se com o susto que as estudantes Erasmus da casa apanharam.
Tenho medo que partir-lhe os bracinhos não seja suficiente. Assusta-me.
O meu pior medo ainda é de palhaços, pun totally intended. Mascaram-se de bons e amigos e podem ser monstros por trás do sorriso pintado.
No Aleixo a tensão é sólida, muitos gritos e eu a calcular como vou meter toda a gente dentro da carrinha no menor espaço de tempo possível. Elas estão calmas. As panelas e a mesa ficam, quero lá saber.
Plano de emergência alinhavado, relaxo e espero que se acabe a comida.
Debatemos os cobertores que sobraram, damos a este ou ao outro que nos pediu para os guardar e não voltou?, e tentamos abrigar-nos da chuva.
A caminho do restaurante, a carrinha agora quase vazia, não fora a roupa toda de mulher que sempre nos sobra, queixam-se do cheiro outra vez.
Mando-as calar, que não me cheira a nada.
Quando alguém sabe que não tenho olfacto, o mais engraçado é observar a reacção como quem acabou de ouvir da condutora da carrinha em movimento que desde que ficou cega não vê nada.
Mando-as calar e elas riem-se.
Nem sabes a sorte que tens, dizem.
Na primeira semana, há 3 semanas atrás, era quase insuportável.
Na semana passada estava melhor, mas ainda forte.
Ontem cheirava mal, mas fomos todas lá dentro, vidros quase sempre fechados por causa do frio.
Feijoada de soja com arroz. Da feijoada só tinha o feijão. E o tomate. Legumes, zero. Não há Banco desde há 15 dias.
Chá de erva-doce quentinho. Não há fruta para sumo.
Pouca gente por ser a última quarta do mês e muito tempo para ouvir histórias.
Tive um ataque de riso com o maior chorrilho de desgraças que já ouvi juntas. Não digo que não fosse verdade, não digo que tivesse piada. Talvez fosse uma reacção estranha ao choque que tal despojo me causou. Desgraça atrás de desgraça e ele ali estava, de pé.
Eu estava sentada ao volante da carrinha, pronta para irmos embora, e quase chorei a rir baixinho.
Depois o psicopata da hora. Carregal e o idiota que na semana passada invadiu a privacidade de uma de nós, deitando-lhe a mão ao maço que ela tinha no bolso de trás, desculpa-se dizendo que não é como se ele fumasse, era só a brincar.
A propriedade é mais privada do que a privacidade, no mundo.
Aturo-o o resto da noite colado a mim, que tiro chás com vontade de lhe dizer que se volta a tocar em alguém leva uma carga de porrada de uma mulher como nunca julgou possível.
Tiro chás.
Conta que há dias subiu a uma varanda de um segundo andar de um prédio pelas caleiras. Regozija-se com o susto que as estudantes Erasmus da casa apanharam.
Tenho medo que partir-lhe os bracinhos não seja suficiente. Assusta-me.
O meu pior medo ainda é de palhaços, pun totally intended. Mascaram-se de bons e amigos e podem ser monstros por trás do sorriso pintado.
No Aleixo a tensão é sólida, muitos gritos e eu a calcular como vou meter toda a gente dentro da carrinha no menor espaço de tempo possível. Elas estão calmas. As panelas e a mesa ficam, quero lá saber.
Plano de emergência alinhavado, relaxo e espero que se acabe a comida.
Debatemos os cobertores que sobraram, damos a este ou ao outro que nos pediu para os guardar e não voltou?, e tentamos abrigar-nos da chuva.
A caminho do restaurante, a carrinha agora quase vazia, não fora a roupa toda de mulher que sempre nos sobra, queixam-se do cheiro outra vez.
Mando-as calar, que não me cheira a nada.
Quando alguém sabe que não tenho olfacto, o mais engraçado é observar a reacção como quem acabou de ouvir da condutora da carrinha em movimento que desde que ficou cega não vê nada.
Mando-as calar e elas riem-se.
Nem sabes a sorte que tens, dizem.
quarta-feira, outubro 29, 2008
Falamos de morrer
eu e a irmã.
Já há muitos anos que fazemos este pequeno truque (we'll be here all week).
Falamos de morrer, ela diz-me "não morras, senão mato-te", às vezes fica mais séria e diz que não sabe o que faria se eu morresse, pois nem eu se fosses tu, mas no geral acabamos a conversa com o habitual "eu quero ser cremada".
Começou tudo num belo fim-de-semana prolongado de Novembro, feriado dos finados, muito apropriado.
Fui passar uns dias com ela no Luxemburgo e estava um Novembro atípico, parecia Primavera de dia e à noite ameaçava nevar. (Os Novembros sucedem-se na nossa vida.)
Havia electricidade no ar, aquela electricidade típica de quando está muito frio e o tempo está a tentar decidir se neva ou se aquece. Noites mágicas, azul-negras, lindas, nós a passear pelo bairro das embaixadas e o ar frio e eléctrico à nossa volta.
Desde essa altura perdi o pânico de morrer. Continuo a preservar o instinto de sobrevivência, o impulso da morte do Freud (tenho de verificar isto, que as aulas de Psicologia do 12º ano já vão longe), mas não tenho medo de morrer.
Se morrer, morro. Vou fazer húmus, que é uma espécie de cocó.
Perco algumas coisas, isso de certeza, como a capacidade de respirar e o ritmo cardíaco. Mas morro e pronto.
Se ela morrer (ou outro dos meus irmãos ou pais ou primos ou tios ou avós), morro um pouco por dentro de certeza. Ou então morro com ela e assim ninguém se fica a rir.
Só não dá jeito porque ambas somos guardiãs do testamento em vida da outra. Para não haver confusões,
queremos ser cremadas.
terça-feira, outubro 28, 2008
The opposite of panick
Ontem tive um ataque de riso ao contar as minhas batidas cardíacas e vi que estavam a 114 por minuto.
segunda-feira, outubro 27, 2008
Factos da vida que eu preferia não saber
O Cartoon Network abre às 5h com cartoons antigos, pré Bugs Bunny.
Pode ser do ano,
de andar com Interpol outra vez na cabeça (e no carro e em casa), da mudança da hora, de ser outra vez quase Novembro.
Ou de tudo junto.
Ou de tudo junto.
domingo, outubro 26, 2008
Octoverme das 4h30 da manhã
(Ou 5h30 da hora antiga. Ou do ano que passou.)
It's the end of the world as we know it.
And I feel fine. REM
It's the end of the world as we know it.
And I feel fine. REM
sábado, outubro 25, 2008
sexta-feira, outubro 24, 2008
Para mim,
uma boa refeição tem de ter salada. Ou legumes. Cozidos, salteados (mmm, esparregado de nabiças) ou assados.
Isto, de uma pessoa cuja comida comida fetiche é hamburguer, pode parecer estranho.
(O que eu gosto nos hamburgueres é do sabor do tomate com a carne. E os molhos, claro.)
Procuro o hamburguer perfeito, confesso. Até agora, nada bateu o whoper do burger king da estação central de Estocolmo. Havia ali mãozinhas com dedinhos de ouro.
(Sim, o meu hamburguer perfeito é de fast-food. Shame on me.)
Mas também gosto dos hamburgueres do café/bar do shopping no Luxemburgo (soubesse eu o nome) onde fui algumas vezes antes do cinema. A última com o cunhado, enquanto a irmã fazia as mesmas perguntas (porque há reportagem todos os anos) para ouvir as mesmas respostas tontas das candidatas a Miss Portugal no Luxemburgo.
O café/bar tem ar americano, está cheio de referências a desportos não europeus, mas o dono é italiano. Agora que penso nisso, não me lembro dos hamburgueres deles.
Lembro-me da conversa com o cunhado e do que povoava a minha cabeça nessa altura. Muito private.
Agora penso na posta à mirandesa que em criança abominava, com batatas cozidas sem casca, muito alho e salada. Ou esparregado de nabiças, porque a salada tem o travo de vinagre que usam nos restaurantes e eu detesto vinagre.
Isto, de uma pessoa cuja comida comida fetiche é hamburguer, pode parecer estranho.
(O que eu gosto nos hamburgueres é do sabor do tomate com a carne. E os molhos, claro.)
Procuro o hamburguer perfeito, confesso. Até agora, nada bateu o whoper do burger king da estação central de Estocolmo. Havia ali mãozinhas com dedinhos de ouro.
(Sim, o meu hamburguer perfeito é de fast-food. Shame on me.)
Mas também gosto dos hamburgueres do café/bar do shopping no Luxemburgo (soubesse eu o nome) onde fui algumas vezes antes do cinema. A última com o cunhado, enquanto a irmã fazia as mesmas perguntas (porque há reportagem todos os anos) para ouvir as mesmas respostas tontas das candidatas a Miss Portugal no Luxemburgo.
O café/bar tem ar americano, está cheio de referências a desportos não europeus, mas o dono é italiano. Agora que penso nisso, não me lembro dos hamburgueres deles.
Lembro-me da conversa com o cunhado e do que povoava a minha cabeça nessa altura. Muito private.
Agora penso na posta à mirandesa que em criança abominava, com batatas cozidas sem casca, muito alho e salada. Ou esparregado de nabiças, porque a salada tem o travo de vinagre que usam nos restaurantes e eu detesto vinagre.
quinta-feira, outubro 23, 2008
Horas passadas em calças de pijama ou similar:
demasiadas.
porque
Tentativas de tirar as calças de ganga como se fossem calças de pijama para ir à casa-de-banho: 1 (infrutífera)
O Goura é pequenino e algo mimado.
As pantufas são maiores que a cabeça dele e o pijama sobra-lhe nos braços e nas pernas.
Sabe bem dar comida quente - já está frio, um vento gelado, e a meio dos pratos no Carregal tive de pedir que me trouxessem o casaco.
Enquanto elas jantam, eu tiro o esparguete da última panela e ele passa lá fora na varanda, vindo da casa-de-banho, e dá vontade de pegar ao colo. Ele não gosta que lhe peguem ao colo, a não ser que sejam homens.
A maior parte deles não vive na rua, felizmente, mas sei lá se as casas ou quartos onde dormem não são igualmente desabrigados.
O Goura é pequenino e magrinho, mas não lhe falta comida. Tem mimo que chegue para muitos e apesar de não gostar muito de mulheres (o dia virá em que ele muda de opinião... ou não), dá-se bem com todas.
Às vezes chateia-me que sejam implicativos e resmunguem e reclamem, mas chateia-me mais quando não podemos dar, não temos, não chega.
O Goura faz vozinha ainda mais fininha e a Mãe faz-lhe as vontades todas. Às vezes passa-se e não quer comer a sopa ou começa a fazer de tudo bateria e quase nos põe surdas.
Hoje esfregaram-me as costas enquanto eu montava a mesa em S. Bento, mas quando olhei para trás não era a M. ou a S. ou a outra M. - era um dos nossos clientes. Se calhar estava a limpar a mão e a minha camisola preta pareceu-lhe apropriada, não sei.
O Goura come cereais dos que trazemos do Banco e iogurtes e nestum's líquidos e fruta.
Eu a carregar comida para o menino e nem um beijo me dá.
As pantufas são maiores que a cabeça dele e o pijama sobra-lhe nos braços e nas pernas.
Sabe bem dar comida quente - já está frio, um vento gelado, e a meio dos pratos no Carregal tive de pedir que me trouxessem o casaco.
Enquanto elas jantam, eu tiro o esparguete da última panela e ele passa lá fora na varanda, vindo da casa-de-banho, e dá vontade de pegar ao colo. Ele não gosta que lhe peguem ao colo, a não ser que sejam homens.
A maior parte deles não vive na rua, felizmente, mas sei lá se as casas ou quartos onde dormem não são igualmente desabrigados.
O Goura é pequenino e magrinho, mas não lhe falta comida. Tem mimo que chegue para muitos e apesar de não gostar muito de mulheres (o dia virá em que ele muda de opinião... ou não), dá-se bem com todas.
Às vezes chateia-me que sejam implicativos e resmunguem e reclamem, mas chateia-me mais quando não podemos dar, não temos, não chega.
O Goura faz vozinha ainda mais fininha e a Mãe faz-lhe as vontades todas. Às vezes passa-se e não quer comer a sopa ou começa a fazer de tudo bateria e quase nos põe surdas.
Hoje esfregaram-me as costas enquanto eu montava a mesa em S. Bento, mas quando olhei para trás não era a M. ou a S. ou a outra M. - era um dos nossos clientes. Se calhar estava a limpar a mão e a minha camisola preta pareceu-lhe apropriada, não sei.
O Goura come cereais dos que trazemos do Banco e iogurtes e nestum's líquidos e fruta.
Eu a carregar comida para o menino e nem um beijo me dá.
quarta-feira, outubro 22, 2008
terça-feira, outubro 21, 2008
Sou eu que sou esquisita
ou sou eu que sou picuinhas?
Apesar de ter uma pronúncia slightly tainted e de não saber escrever em inglês, errr, ter alguns erros nas letras, errr, afinal não havia erros - a audição acompanhada pela suposta letra da canção (por curiosidade), induziu-me em erro.
Eu vi logo que não era possível dar semelhante erro e andar para aí a cantá-lo.
As minhas sinceras desculpas pela falsa acusação.
(Vou ali autoflagelar-me.)
Eu vi logo que não era possível dar semelhante erro e andar para aí a cantá-lo.
As minhas sinceras desculpas pela falsa acusação.
(Vou ali autoflagelar-me.)
segunda-feira, outubro 20, 2008
Do amor táctil
O LM azul mudou de pacote. Os maços agora são de um azul metalizado, brilhante, mais escuro.
Lá se foi o amor táctil que eu tanto nutria porque a mim um maço dá-me normalmente para dois dias, noites de copos e cravas excluídos, portanto dá para me afeiçoar.
Vou dedicar-me antes aos livros.
Lá se foi o amor táctil que eu tanto nutria porque a mim um maço dá-me normalmente para dois dias, noites de copos e cravas excluídos, portanto dá para me afeiçoar.
Vou dedicar-me antes aos livros.
domingo, outubro 19, 2008
Luz de (Inverno/)Outono
sonhar alto de Rosa Pomar
A luz que entra no meu quarto pelo terraço ainda é quente e ainda me põe metade do monitor às cegas claras, reflectidamente.
Mas é rápida e foge em menos de nada.
E eu ainda me ponho a inventar futuros...
Mas é rápida e foge em menos de nada.
E eu ainda me ponho a inventar futuros...
Deram-me a receita para o Sericá
(Também há quem lhe chame Sericaia e a mim já me bastava a confusão de género, que sempre pensei que fosse uma.)
Por acaso até me deram duas, duas pessoas cujo Sericá já provei e aprovei.
Explicaram-me como misturar alternadamente a farinha e o leite, como era preciso ter cuidado para não deixar queimar quando fosse a cozer em lume brando, "mexer sempre para engrossar", disseram-me para usar farinha sem fermento - e eu esqueci-me.
Mas não me disseram como enviar uma fatia à irmã exilada.
A DHL transporta doces?
Bar de gays
Proliferam no Porto os bares gays.
Nada de Lusitano, Boys não sei quê em vez - o bar do pobo.
Ia dizer que isto de muitos gays à minha volta era algo, mas não digo. (No matter how drunk I am while writing this.)
Digo que muitos não seriam reconhecidos na rua, outros já nem tanto.
Alzheimer.
Crenças ridículas (voltou). Acredito que para vir ao blog é mais fácil abrir o mail do blog e depois esperar que o browser reconheça a identidade , do que abrir directamente o blog.
Manias!
Mais coisas: quase um ano depois, entro no elevador quase da mesma maneira. Nestas alturas os elevadores não deviam ter espelhos, o esforço que a pessoa, já alcoolizada, faz para ver o que quer que seja é desumano. (Desumano é escrever isto, que dislexia...)
(O firefox sugere apoplexia, alexia, paralexia e outras tretas em vez de dislexia, que considera um erro. Pára de beber, meu!)
Última: hoje foi a noite de encontrar toda a gente. Para além de ter combinado com 3 pessoas diferentes, o que resultou mal, encontrei meio mundo.
Primeiro o poço fundo, depois a busca pelo irmão desaparecido, logo a seguir a prima-irmã e depois, quando finalmente me dirigia para o primeiro encontro da noite, mais de duas horas atrasada, aquela amiga de infância da aldeia que já não é amiga e de quem não se gosta assim muito, porque esta amiga, a bem dizer, tem a mania que é uma maçã ou o raio, mas não se sabe bem porquê continua a falar-nos como se fôssemos grandes amigas, quanto vale a hipocrisia, graças ao outro, e portanto até trocamos de número de telemóvel e eu até disse "sim, claro, combinem lá o café e digam-me alguma coisa" enquanto pensava "espero que marquem para quarta, que assim tenho a desculpa perfeita", sabem esse tipo de amiga? Pois.
Toma lá, irmã, um installment of Drunken blogging. Happy now?
Tenho fome.
Nada de Lusitano, Boys não sei quê em vez - o bar do pobo.
Ia dizer que isto de muitos gays à minha volta era algo, mas não digo. (No matter how drunk I am while writing this.)
Digo que muitos não seriam reconhecidos na rua, outros já nem tanto.
Alzheimer.
Crenças ridículas (voltou). Acredito que para vir ao blog é mais fácil abrir o mail do blog e depois esperar que o browser reconheça a identidade , do que abrir directamente o blog.
Manias!
Mais coisas: quase um ano depois, entro no elevador quase da mesma maneira. Nestas alturas os elevadores não deviam ter espelhos, o esforço que a pessoa, já alcoolizada, faz para ver o que quer que seja é desumano. (Desumano é escrever isto, que dislexia...)
(O firefox sugere apoplexia, alexia, paralexia e outras tretas em vez de dislexia, que considera um erro. Pára de beber, meu!)
Última: hoje foi a noite de encontrar toda a gente. Para além de ter combinado com 3 pessoas diferentes, o que resultou mal, encontrei meio mundo.
Primeiro o poço fundo, depois a busca pelo irmão desaparecido, logo a seguir a prima-irmã e depois, quando finalmente me dirigia para o primeiro encontro da noite, mais de duas horas atrasada, aquela amiga de infância da aldeia que já não é amiga e de quem não se gosta assim muito, porque esta amiga, a bem dizer, tem a mania que é uma maçã ou o raio, mas não se sabe bem porquê continua a falar-nos como se fôssemos grandes amigas, quanto vale a hipocrisia, graças ao outro, e portanto até trocamos de número de telemóvel e eu até disse "sim, claro, combinem lá o café e digam-me alguma coisa" enquanto pensava "espero que marquem para quarta, que assim tenho a desculpa perfeita", sabem esse tipo de amiga? Pois.
Toma lá, irmã, um installment of Drunken blogging. Happy now?
Tenho fome.
sábado, outubro 18, 2008
sexta-feira, outubro 17, 2008
Não é alemã, é dinamarquesa
Bang & Olufsen, senhores.
Ou qualquer coisa do género, para o propósito do post.
No Google
High end stereo, high end stereo german (tive preguiça, acrescentei a palavra à frente), expensive german stereo: zero resultados satisfatórios.
Até ao site do Colombo fui, estou mesmo a ver a loja, cheia de aparelhagens less is more (in price), mas pelos vistos da loja nada, quero lá saber que tenham uma sony, quero é a alemã!, e o raio do nome continua preso nos confins do meu cérebro.
Desisteis.
Até ao site do Colombo fui, estou mesmo a ver a loja, cheia de aparelhagens less is more (in price), mas pelos vistos da loja nada, quero lá saber que tenham uma sony, quero é a alemã!, e o raio do nome continua preso nos confins do meu cérebro.
Desisteis.
Digital
Confesso que o mp3 não me aflige por falta de qualidade.
Toca direitinho no computador e no carro, então, nem se fala. Aquilo é uma discoteca, sou eu que o digo!
É claro que se tivesse uma aparelhagem (eu nasci na década de '70, calai-vos) com aquele nome alemão que agora não me lembro porque são 4h30 da manhã e ao meu cérebro já lhe basta ser aquela altura do mês, não precisava de sono e cansaço a juntar-se à festa, alzheimer é o que é, beiesdorf? não, isso é a nivea, ai, que raio, querem vir que tenho de ir ao google?, pronto, isso, com belas colunas de madeira ou lá o que é que dá boa acústica às coisas que precisam de boa acústica, pois, se eu tivesse tal aparelhagem, talvez notasse a diferença do digital para o áudio.
Mas não tenho, por isso não vale a pena querer molhar o pão.
O que tenho é vários cd's cheiínhos de música e, só por isso, o mp3 já seria um mimo.
Mas, e aqui vêm as más notícias, o mp3 tem defeitos. Tem sim senhor.
Para já, a música parece descartável. Quem é que já deitou fora, sem problemas de consciência, um cd original, ainda que comprado na fnac ao desbarato? Não estou a falar de música que não presta, ó compradores das Adelaides Ferreiras e Oasis deste mundo.
Não, música a sério, música boa - ninguém.
Já um cd de mp3, oh pá, se o perder...
E depois outra. O meu Ok Computer tem (pelo menos) duas músicas trocadas. De maneira que ouço o Karma Police antes do Let Down.
E isso, meus caros, isso está completamente errado.
E sim, estou aqui acordada feita parva porque o ainda mais parvo do que eu que se auto-intitula meu irmão foi jantar fora e levou o meu carro por razões de prioridade, que é como quem diz era o meu que estava atrás, mais perto da porta da garagem, e eu já sei que preciso é de um animal de estimação ou o raio, mas depois da última vez e tendo em conta as horas que já são e ainda sabendo que ele ainda não voltou, temo pela integridade física do meu veículo. There.
Toca direitinho no computador e no carro, então, nem se fala. Aquilo é uma discoteca, sou eu que o digo!
É claro que se tivesse uma aparelhagem (eu nasci na década de '70, calai-vos) com aquele nome alemão que agora não me lembro porque são 4h30 da manhã e ao meu cérebro já lhe basta ser aquela altura do mês, não precisava de sono e cansaço a juntar-se à festa, alzheimer é o que é, beiesdorf? não, isso é a nivea, ai, que raio, querem vir que tenho de ir ao google?, pronto, isso, com belas colunas de madeira ou lá o que é que dá boa acústica às coisas que precisam de boa acústica, pois, se eu tivesse tal aparelhagem, talvez notasse a diferença do digital para o áudio.
Mas não tenho, por isso não vale a pena querer molhar o pão.
O que tenho é vários cd's cheiínhos de música e, só por isso, o mp3 já seria um mimo.
Mas, e aqui vêm as más notícias, o mp3 tem defeitos. Tem sim senhor.
Para já, a música parece descartável. Quem é que já deitou fora, sem problemas de consciência, um cd original, ainda que comprado na fnac ao desbarato? Não estou a falar de música que não presta, ó compradores das Adelaides Ferreiras e Oasis deste mundo.
Não, música a sério, música boa - ninguém.
Já um cd de mp3, oh pá, se o perder...
E depois outra. O meu Ok Computer tem (pelo menos) duas músicas trocadas. De maneira que ouço o Karma Police antes do Let Down.
E isso, meus caros, isso está completamente errado.
E sim, estou aqui acordada feita parva porque o ainda mais parvo do que eu que se auto-intitula meu irmão foi jantar fora e levou o meu carro por razões de prioridade, que é como quem diz era o meu que estava atrás, mais perto da porta da garagem, e eu já sei que preciso é de um animal de estimação ou o raio, mas depois da última vez e tendo em conta as horas que já são e ainda sabendo que ele ainda não voltou, temo pela integridade física do meu veículo. There.
quinta-feira, outubro 16, 2008
If for nothing else
tinha de gostar do Thom Yorke pela maneira como ele diz "transport" nesta música.
(E "dirty", your dirty mind, na outra.)
Radiohead, Let Down
Dos sem-abrigo esfomeados
eu: ontem tb vi um filme fixe
chamava-se "que chatos estão os sem-abrigo hoje, rai's os parta!"
ele: é a vida
queres ajudar a sociedade
tb tens que aturar a sociedade
Muito acertado, para alguém com um prémio assim.
A acreditar na teoria
que diz que todos temos um número finito de batidas cardíacas antes de expirarmos (gosto tanto desta palavra, expirar, expirar),
ontem à tarde fiquei com menos três ou quatro meses de vida.
No mínimo.
ontem à tarde fiquei com menos três ou quatro meses de vida.
No mínimo.
terça-feira, outubro 14, 2008
A Maia
é a mais fascinante das zonas que conheço.
Ruas que fazem lembrar as aldeias do Gerês (quando não parece Vilarinho) e, logo a seguir, prédios altos e ruas urbanizadas.
Inclui: um café no meio de um jardim com uma esplanada óptima para se estar num fim de tarde de Outubro a lanchar e a rir.
A Maia é cómica.
Ruas que fazem lembrar as aldeias do Gerês (quando não parece Vilarinho) e, logo a seguir, prédios altos e ruas urbanizadas.
Inclui: um café no meio de um jardim com uma esplanada óptima para se estar num fim de tarde de Outubro a lanchar e a rir.
A Maia é cómica.
domingo, outubro 12, 2008
Da noite de ontem
A meio da noite queria lembrar-me do que tinha pensado quando fui à casa-de-banho (pois, o vinho branco também não se compra, só se aluga), mas varreu-se-me da memória.
Quando começava a ficar seriamente preocupada com este Alzheimer recorrente, lembrei-me que tinha algo a ver com o jogo de Scrabble que jogámos no fim do jantar.
Era portanto isto.
Desvantagens de beber sentada: deve haver, mas eu não sei quais são.
Sei é que jogar Scrabble (inglês, no less) parece uma tarefa hercúlea depois de tanto vinho branco.
Ou não, que eu passei o tempo a fazer verbos iluminados, como "omite" e "vingara".
Depois ganhei um parceiro de jogo que fez "luzo", do verbo luzir. Pirilampos, nós!
Vantagens de jogar com adversários tão ou mais alcoolizados do que eu: muitas. Incluindo uma renúncia que fiz na sueca e que ninguém pareceu ter visto.
Excelente noite, portanto.
Safaram-se os caros leitores de mais uma edição da categoria "Drunken Blogging" porque a meio da noite, já regressados a casa, foi-se a electricidade e tivemos de acabar os restos do bacalhau com grão, que estava óptimo, à luz das velas.
A resposta
ao meu post sobre os portistas não se fez esperar. A minha resposta a essa resposta tardou um pouco mais, facto pelo qual peço desculpa.
Quem quiser ler (e "adbertir-se"), força.
segunda-feira, outubro 06, 2008
Portista ou Missionário
Isto de ser Benfiquista em terra de portistas tem que se lhe diga.
Para usar um eufemismo, será assim como ser palestiniano em Israel. Só que pior, porque ao menos eles com as bombas ainda matam uns quantos israelitas, agora portistas a serem dizimados às centenas era o viste-lo!
Não há terra mais violenta e agressiva em relação à sua fé desportiva do que a cidade do Porto.
Já sei, as claques violentas também existem no Benfica e no Sporting e, de vez em quando, já se sabe, há merda.
Caem varandas e rebentam explosivos de sinalização (como é que se chamavam?) em pleno estádio e partem-se carros e são, no seu geral, parvalhões com problemas de auto-controlo. Parvos há-os em todo o lado, com mais ou menos concentração per capita.
Mas no Porto não. A violência pode não ser toda de explosivos feita, mas é uma constante. Principalmente se dirigida a um Benfiquista.
O simples facto de existirmos e respirarmos, às vezes perto demais pelos vistos, irrita os portistas. E de dentro da mais civilizada pessoa, às vezes até de amigos, sai um monstro que quer, literalmente, arrancar-nos a cabeça só porque nós é mais vermelho e branco.
Não se iludam, aqui não há saudáveis e divertidas trocas de galhardetes, "porque a minha equipa é melhor que a tua", aqui há uma perseguição cerrada e doentia ao Benfiquista, como se hereges fôssemos a fugir da fogueira da Inquisição.
Eu compreendia que se debatessem os jogos entre as duas equipas, toda a gente sabe que os árbitros roubam, às vezes joga-se melhor ou pior, etc. Mas não. O portista gosta de chatear o Benfiquista em várias ocasiões, a saber.
Sempre que pode
Sempre que o porto joga
Sempre que o porto ganha
Sempre que o porto perde (esta nunca percebi)
Sempre que o Benfica joga, ganha, perde, empata ou vê anulado o jogo por desaparecimento do relvado (que eu saiba nunca aconteceu, mas eu não sou a mais informada das pessoas sobre assuntos futebolísticos)
Sempre que, no calendário, esteja assinalado um qualquer jogo do Benfica, seja a feijões, para caridade ou daqui a 15 anos
Resumindo: sempre.
Durante 10 anos tive de aturar todos os portistas à minha volta a dizerem bacoradas sobre o Benfa. Incluindo as velhotas na padaria!
Durante 10 anos pensei no que motivará tanta raiva, tanta agressão, tanto mau desportivismo.
Para já, inveja, claro. É difícil viver na sombra de um clube que é tão grande que, mesmo sem ganhar, tem tantos adeptos fervorosos.
Depois, medo. Medinho que faz os portistas correr para a casa-de-banho simplesmente por lhes ocorrer que o deles, o deles não é um grande clube. Às vezes a casa-de-banho está longe ou ocupada e cagam-se as calças, como dizia o Sérgio Godinho.
Por último, e sem querer entrar nas razões sócio-económicas e também histórico-culturais que fazem com que o Porto (a cidade) sofra irredutivelmente de complexos de inferioridade em relação ao resto do país - o que é uma pena, porque o Porto é lindo e grande e forte, mas tem o porto que faz dele bruto e sujo e tacanho -,
falta de fé.
Ora eu não sou uma pessoa religiosa e não é disso que aqui se trata, mas tenho fé em muitas coisas. Os portistas não. Passeiam-se vociferando inanidades sobre o seu clube e sobre o clube dos outros (mais esta), mas não acreditam numa única palavra que dizem.
O típico "toma lá, demos 4-0 ao Benfica na Luz" é apenas a máscara para o verdadeiro "hãn, viste, eu nem pensava que era possível nós conseguirmos chutar uma bola quanto mais marcar, mas olha, até ganhámos, nem sei como, ai, estou tão agradecido que até choro!" - e é também nesta altura que decidem correr para a casa-de-banho porque os nervos de tanto medinho dão a volta aos intestinos.
E cagam-se as calças.
O que nos traz de volta ao título. Porquê missionário?
Para começar, porque os portistas são extremamente aborrecidos e monótonos. Sempre as mesmas piadas, sempre as mesmas tretas, sempre o mesmo medinho. Caguem-se lá por outras razões, vírus de 24h, leite estragado, salmonelas, o que quiserem - agora sempre o mesmo medinho é que já chateia.
Mas missionário principalmente porque o portista é o renascido abstruso que vai pregar aos peixinhos porque se convenceu que a sua fé (que não tem) é melhor do que a tua.
Assim mesmo, como se tivéssemos todos 5 anos.
(Não se ofendam já os portistas, que eu ainda tenho mais insultos para proferir. Só mais um bocadinho, depois podem ir ver os bonecos.)
Só que o abstruso portista consegue dar uns toques de Testemunha de Jeová sempre a tocar à campainha, com um requinte de Mormon - mas sem o fato bonito, que isso é pedir demais.
O portista missionário-moderno quer evangelizar, ou melhor, portificar tudo e todos.
Não prometem a vida eterna nem 70 virgens no Éden, mas enumeram (coitadinhos, enumeram) os feitos do clube, a sua grandeza de dirigente mafioso construída, às vezes quase que contam (pelos dedos, claro) a quantidade de árbitros que o porto já conseguiu subornar. Que é, todos sabemos, infinitamente maior do que a dos outros clubes.
O que é mais engraçado nisto tudo, para além do efeito "medinho recalcado e cagam-se-as-calças", é que os portistas acabam por só fortalecer a fé e a paixão dos outros pelos seus respectivos clubes.
Quem é que, ao ouvi-los, não pensa "Que porcaria de clube, nem os adeptos gostam dele" ou "Estes tipos devem ser mesmo maus, têm de se andar a vender na rua como enciclopédias baratas"? (E sim, a palavra enciclopédias era um eufemismo.)
Ora nenhum Benfiquista faz isto. (Não sei quanto aos outros clubes, tive a sorte de nascer Benfiquista.)
O Benfiquista ama o seu clube sem precisar de explicar porquê e sem necessidade, principalmente, de explicar aos outros porquê.
É o que em inglês se chama "self-explanatory".
O Benfiquista não precisa de insultar os adeptos de outros clubes quando mostra a sua superioridade: bem lhes basta não serem do Benfica, coitados.
Notas:
1. O uso de minúscula em referência ao clube e maiúscula em referência à cidade é perfeitamente intencional e destina-se a separar a confusão que há entre a cidade do meu coração e o clube de futebol.
2. O uso de maiúscula em todas as referências ao Benfica é também perfeitamente intencional, seria aliás um erro de Português não o fazer.
3. Não há terapia no mundo que salve os portistas. Paz às suas almas.
domingo, outubro 05, 2008
Das fotos desfocadas
Não, caríssimos, eu não tenho ilusões quanto ao desfocamento das fotos dos concertos que pus aqui.
Nem na altura sofria de visão dupla para achar que estavam geniais, não se preocupem.
Algumas são mesmo as únicas (mais ou menos) decentes que consegui tirar.
E isso sim, já foi da visão dupla.
Aproveito para dizer que eu com uma máquina a sério era uma senhora, mas não estou a desfazer da máquina do FQ à qual tanto me afeiçoei, longe disso.
Mais: aqui deixo os meus agradecimentos pelas fotos que os meus amigos gentilmente me cederam para compôr a tapeçaria errática que é este blog.
Ainda que a maior parte tenham sido tiradas por mim.
sábado, outubro 04, 2008
SW - Goldfrapp
SW - Tindersticks
Dez anos depois disto, agora no SW, volto a ver Tindersticks.
Fiquei espantada com a quantidade de músicas que conhecia e confesso que desta vez gostei bastante mais de os ver.
Na categoria "Ai, como uma pessoa se põe", a sms que mandei à irmã:
"Tindersticks. Tão lindo! Estás aqui comigo, é como se fosse o Paredes de Coura de há 10 anos. Tenho fotos! Bela moca também!"
Em minha defesa, várias coisas a dizer.
1. Não foi nada como há dez anos atrás, porque há dez anos atrás vi o concerto quase sozinha enquanto a estimada fumava e bebia com o namorado e amigos e eu me apercebia de que estava cheia de fome.
2. Nesta noite esqueci-me de jantar. Fosse do pacote de bolachas com recheio de chocolate que comi durante o primeiro concerto da noite, fosse de tudo o que bebi e fumei, a verdade é que já não estava muito em mim, logo, sms's sem nexo. Muito apropriado para o ambiente, portanto.
3. A censura deste blog anda lassa e incapaz, pelos vistos.
4. É decadente, é decadente, mas já me fartei de rir à conta destas sms.
quinta-feira, outubro 02, 2008
quarta-feira, outubro 01, 2008
A propósito
disto, que fui ver com bilhetes oferecidos,
fiquei a pensar onde está a linha (ténue) da boa educação e erudição musical.
Eu não saí assim que me apeteceu (para aí aos primeiros cinco minutos) porque
1. ela não deixou
e 2. não me senti bem a fazê-lo. Mas foi mais porque ela não deixou.
No entanto, houve muitas pessoas da magra audiência que o fizeram, algumas, inexplicavelmente, quando aquilo estava quase a acabar.
Claro que se pode argumentar que ninguém sabia ao certo quando é que aquilo acabava, mas eu, se tivesse dado 15 euros por um bilhete, ficava até ao fim. Pelo menos para saber do que me ria.
A minha questão é esta: é verdadeira má educação sair a meio? As pessoas pagaram para ver algo que nem de longe nem de perto as satisfez.
Mas, ainda assim, sair a meio parece-me, no mínimo, rude.
Por outro lado, depois de aturar aquilo durante uma hora e um quarto, não posso conceber que haja uma pessoa sequer que tenha saído dali contente.
Mas há sempre um tio ou tia que sai de lá todo emproado porque foi ver uma coisa que não entendeu, da qual não gostou e cujo único benefício directo para a sua vida é ter tema de conversa com outros tios e tias e poder provocar-lhes inveja - porque foi ver "cultura".
O que eu quero mesmo saber é: afinal como é que se vai chamar o novo programa do Gato Fedorento?
fiquei a pensar onde está a linha (ténue) da boa educação e erudição musical.
Eu não saí assim que me apeteceu (para aí aos primeiros cinco minutos) porque
1. ela não deixou
e 2. não me senti bem a fazê-lo. Mas foi mais porque ela não deixou.
No entanto, houve muitas pessoas da magra audiência que o fizeram, algumas, inexplicavelmente, quando aquilo estava quase a acabar.
Claro que se pode argumentar que ninguém sabia ao certo quando é que aquilo acabava, mas eu, se tivesse dado 15 euros por um bilhete, ficava até ao fim. Pelo menos para saber do que me ria.
A minha questão é esta: é verdadeira má educação sair a meio? As pessoas pagaram para ver algo que nem de longe nem de perto as satisfez.
Mas, ainda assim, sair a meio parece-me, no mínimo, rude.
Por outro lado, depois de aturar aquilo durante uma hora e um quarto, não posso conceber que haja uma pessoa sequer que tenha saído dali contente.
Mas há sempre um tio ou tia que sai de lá todo emproado porque foi ver uma coisa que não entendeu, da qual não gostou e cujo único benefício directo para a sua vida é ter tema de conversa com outros tios e tias e poder provocar-lhes inveja - porque foi ver "cultura".
O que eu quero mesmo saber é: afinal como é que se vai chamar o novo programa do Gato Fedorento?
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