sexta-feira, abril 30, 2010

Puzzles, puzzles

No espaço de uma semana, por duas vezes confundi o som de "intimidade" com "intimidada". Ouvi "intimidade" em vez de "intimidada" e outra vez exactamente ao contrário. (Acho muito curioso que duas palavras com sentimentos tão opostos se possam confundir tão facilmente.)
Hoje deitei-me de manhã porque as coisas mesmo importantes, aquelas que nos custam falar, só se dizem (e ouvem) depois de horas de conversa.
E de repente estou outra vez a ouvir o sofrimento de uma amiga, o que custa parar, dizer basta, mereço mais, e penso que o Bruce anda danado, porque ou me quer moer o juízo, ou me quer ensinar muito.

terça-feira, abril 27, 2010

Dos livros

Armada em adulta, ando a ler os clássicos. (Foi um assalto a biblioteca alheia muito bem sucedido, devo dizer.)
Não sei porquê, depois de começar "Our Man in Havana", de Graham Greene, saltei para "The Great Gatsby", do Fitzgerald. Arrependo-me a cada página (e ando a remoer nisto), porque ou a linguagem (e quiçá a cultura) dos anos 20 é muito estranha, ou o jovem é muito bom rapaz, mas um grande chatinho. Insisto. Hei-de ler o raio do livro, nem que seja para dizer que o li!
E agora o Facebook sugere-me a Jordan Baker como amiga. Ele há Bruce ou não há?

segunda-feira, abril 26, 2010

Sonhei que ia ser ruiva

Só me lembrei ao ver isto. (Sim, releio o meu próprio blog amiúde. Sim, pode ser um sinal de egocentrismo. Não, I don't give a fuck.)
De repente alguém me malhou o cabelo todo de um loiro escuro arruivado, "para ir pondo o ruivo aos bocadinhos, para ser menos radical". (As cabeleireiras não são muito amigas do Português, nem em sonhos.)
E eu, desgostosíssima com as malhas, dizia que sim. E pensava "porque não tudo de uma vez? Que se lixe, agora pintar uma vez por mês, vai já tudo".
Não sonhei o resultado e não sei se isto era o Bruce, a minha estupidez habitual ou quê.
Se calhar eram as raízes a dizer-me "já pintavas o cabelo, já"...

sexta-feira, abril 23, 2010

Uma das grandes vantagens (se as há)

de estar desempregada, é ler. Tempo para ler. Vontade de ler. Fome de ler. E depois os livros, claro. Dissocio as duas coisas, como convém a uma cabeça tão complicadinha. Ler e Livros. Dois prazeres. (Em tempo de vacas magras, até de prazeres, uma pessoa multiplica e desdobra as coisas para renderem mais.)
O único senão é que os livros acabam e a fome não. (Ainda um dia hei-de escrever sobre o fim, o meu ódio preferido. Em tudo, filmes, livros, cigarros, músicas, comida, o fim é sempre mal colocado, na minha opinião.)
Assaltar as bibliotecas dos amigos é delicioso. Mas na segunda vou inscrever-me na biblioteca.
A juntar a esta lista, pequeninas mas importantes coisas. Descubro um café muito agradável, perto de casa mas longe o suficiente para arejar a cabeça, com internet wireless gratuita, onde se pode fumar. Aprendo caminhos. Saio de casa. Ganho uma amiga.
(Vamos ver quanto tempo dura o anúncio...)

segunda-feira, abril 12, 2010

Eu bem digo que isto é ininteligível, denso e mais não sei o quê...

Já cá andais há uns tempos, sabeis o que fazer para ver a foto maior...

Nota do Editor: a Redacção deste blog (que desde já declina ligação, autoria ou responsabilidade pelo conteúdo e opiniões expressas pela Direcção, ouviste ó sócras sócio!) gostaria de informar que para a realização deste post houve necessidade de recorrer a buscas exaustivas da definição e mote desta espécie de diário cibernético com que se chateia, a julgar pelo acima exposto, muito poucas pessoas. (Tive de ir ler o sub-título do blog, que a informação obscura foi-me dada de mão beijada.)

quinta-feira, abril 08, 2010

Na saúde, na doença e no ressono

Num mundo em que os casamentos ainda são para sempre ou até à morte - o que quer que venha primeiro, como dizia o poeta - conta-me a minha madrinha que uma grande amiga sua, em desabafo geral, diz que o marido ressona e que às vezes até tem de o empurrar para que pare, ao que a mãe dela, indignada, responde: "Ai, filha, tens de o deixar! Olha parecia tão bom homem..."