quarta-feira, junho 30, 2010

segunda-feira, junho 28, 2010

Ainda bem que escolhi azul pitróil e não azul celeste

Poderiam pensar que apoio a Argentina. Não, não. Achei uma indecência aquele golo em fora-de-jogo ter sido validado. E tive pena dos Méxicozinhos, tadinhos. Especialmente do Gael, que devia estar tão triste... Case in point:

sábado, junho 26, 2010

É fazer as contas

Andei a pensar e concluí que sou menina para ter lido pouco mais de 100 livros na vida. Não sei precisar quantos, ao certo, mas parece-me que o número é bastante vergonhoso mesmo sem precisão. Senão, vejamos os números: (quase) 30 anos de vida, 24 deles alfabetizados (não sei precisar quantos letrados, porque ainda hoje tenho alguma dificuldade em preencher formulários da Comissão Europeia, mas já me disseram que isso não é de mim), o que dá uma média de quatro livros por ano (give or take). Tendo em conta que sou perfeitamente capaz de devorar este número em duas semanas de férias, estou neste momento bastante envergonhada. Mais: se tivermos em conta que já pintei o cabelo sete vezes na vida e, ao que a brincadeira custa, podia ter comprado cerca de... hummm... seis vezes três, dezoito... para aí 16 livros caros, ou seja, bastantes livros baratos e mais umas quantas pechinchas, a minha urgente necessidade de livração parece-me um escândalo. De modos que é assim. Faço 30 anos daqui a três semanas e só li uma centena de livros na vida. Help, anyone?

Dos lixeiros ao Mundial

Antes passar manhãs atrás de lixeiros dispostos a falar do que voltar a ver um jogo com mulheres. Cruzes canhoto, que raça! Sempre a gritar golo, sempre a bater palmas. Não deixam uma pessoa ver o jogo em paz. Uma das que me acompanhavam gritou golo cinco vezes. Cinco! Ao que percebe de futebol, deve ter ido para casa a pensar que demos 5-0 ao Brasil.
O próximo é aqui no café da rua, fumar só lá fora, mas mulheres nem vê-las.

sexta-feira, junho 25, 2010

Reportagem do nosso enviado especial a casa da Joana, autora do famoso blog "Isto é de Joana"

Estamos aqui em directo com a Joana, autora do blog da Joana, também conhecido por IstoédaJu e ainda por "Ai, os meus olhos!".

Repórter: Joana, dormir é bom?
Joana: É, claro. Sempre.
Repórter: Tem dormido?
Joana: Não, infelizmente não. Ultimamente não tenho tido oportunidade, mas conto fazê-lo assim que puder.
Repórter: Mas hoje, dormiu? Confesse, deve ter dormido alguma coisinha...
Joana: Sim, é verdade. Hoje dormi um pouco.
Repórter: Ah, eu sabia! Quanto tempo?
Joana: Quanto tempo? Deixe-me ver... Uma, três, cinco... Cinco horas. Sim, cinco horas.
Repórter: Seguidas?
Joana: Não, infelizmente foi em três tomos.
Repórter: Ah, mas isso assim não descansa.
Joana: Pois não, pois não.
Repórter: E quando planeia então recuperar essas horas de sono?
Joana: Assim que você me deixar em paz para eu poder ir deitar-me.
Repórter: ...

terça-feira, junho 22, 2010

SNS

Quinze minutos de espera no total, médica profissional que não recorreu a entidades superiores, medicamentos eficazes e baratos (e vivam os genéricos!). All in all, muito satisfeita. A única coisa má é mesmo a amigdalite.

sexta-feira, junho 18, 2010

Coisas boas das revistas nesta altura

Umas sandálias "romanas" cor-de-laranja, por 4,5 euros com a Telva. E, o melhor de tudo, um protector solar para cabelo da Schwarzkopf por 3 euros com a Máxima - custa 15 euros nas lojas!
Pena é ter de trazer também as revistas.

"Lisboa adormeceu,

Já se acenderam
Mil velas nos altares das colinas"

Imagino Lisboa a dormir, repousada, durante toda a noite e parte da manhã, enquanto as multidões dançavam, bebiam e cantavam. Lisboa já não deve ter pachorra para os humanos com as suas cervejinhas e as musiquinhas e os copinhos de plástico todos no chão. Dorme descansada, alheia a tudo, e quando acorda, a indiferença é total.

Chama o sol incandescente, aquece as ruas na luz amarela e diz ao rio que brilhe. E a sensação é, ao mesmo tempo, de encantamento e de humildade. (Nós ali todos ao pé de uma igreja e sem saber do terramoto...)

"Não tens porque não queres"

Disse-me no Verão. E tinha razão. Continua a ter. Mas só agora percebi que não quero mesmo. Dá muito trabalho...

quinta-feira, junho 17, 2010

O Santo António acabou no São José

Estava eu toda enlevada com a cidade que adoro, aquele sol amarelo que aquece as calçadas (pergunto-me quantos anos terão aquelas calçadas e ruas?) onde provavelmente já tanta gente andou, inspirada pela mesma luz, se calhar não às 7h da manhã de um domingo, mas dizia eu que estava toda enlevada, a certa altura até estava algo comovida, cidade tão linda e tão gaja, pá, linda, inacessível, linda, apaixonante, linda, quando a T. decidiu voar sobre a dita calçada (linda, linda, linda) e toma lá um cotovelo deslocado. E agora onde é que eu escrevo sobre a luz amarela, as parede brancas, a magia daquele sol, o murmúrio das paredes daquelas casas, o prateado do rio que nos olha?

Para que não digam que gosto mais de Lisboa do que do Porto, passo a explicar. Gosto do Porto como de uma coisa que se tem. O Porto é meu, pertence-me de certa forma e é lindo. De Lisboa gosto de maneira diferente - não é minha, não a atinjo, não me pertence. Não é mais nem menos, é diferente.

No spam, um email da R. Popular (assim mesmo)

"Parabéns! Acabou de poder ganhar um frigorífico."

Não ganhei o frigorífico, ganhei a possibilidade de o ganhar - a isto é que eu chamo optimismo! Com esta atitude, posso dizer que todos os dias sou vencedora - ou pelo menos todas as sextas-feiras em que jogo no euromilhões. Habilito-me a poder ganhar a hipótese de ter sorte e me calhar em fortuna a chave vencedora do concurso, o que me poderá habilitar a poder vir a ser uma provável milionária.

Falam mal, mas dizem bem

Ouço rapazes jovens a falar de como o mundo é desigual para as mulheres e de como isso se pode impedir, travar e lutar pelos direitos das "raparigas" e encho-me de esperança por esta geração. Elas também não lhes ficam atrás, muito pelo contrário. Sabem bem o que é ser mulher (lutar, sofrer, ser forte) e onde estão os entraves à sua plena cidadania. Pergunto-me se eu era assim quando tinha a idade deles? Pergunto-me se eles irão esquecer o que dizem agora quando chegarem à minha idade? Mais: pergunto-me porque estamos sempre à espera que os outros façam a Revolução, que os outros mudem o mundo, subam montes, marquem a diferença.
Finalmente, pergunto-me se estas raparigas, ao saírem da sessão anónima, vão ter com estes rapazes e deixam que eles as desrespeitem, que lhes batam dentro do namoro, que as subjuguem e as dominem e as controlem.

Não admira que a juventude

escreva mal. Dizem "as mulheres são mais fortes qu'ós homens" e a mim apetece-me transcrever assim mesmo, as-mulheres-são-mais-fortes-cós-homens. Darei em doida rapidamente, na certa.

sexta-feira, junho 04, 2010

E vão três

A primeira foi em português. Normal. A segunda foi em inglês. Fácil. A terceira foi em espanhol.
Estou (quase) trilingue.

O bichinho

Estou infectada. Puxei dos galões para conseguir ver um espectáculo de lotação limitada e esgotadíssima. Sim, os jornalistas são nojentos. Depois puxei do telemóvel e entrevistei o criador do espectáculo (não tinha o gravador comigo). Em espanhol. A seguir entrei em stress porque não conseguia encontrar a gravação, tanto trabalho para nada, sempre a tentar lembrar-me de tudo o que ele disse em 10 minutos. Agora cheguei a casa e lá estava o "clip de som 04", no meio das músicas. De todo em todo, uma bela noite - dois espectáculos, dois sucessos.

quinta-feira, junho 03, 2010

O mistério do Café Java

O Café Java fica na Praça da Batalha. Turístico, portanto. Chama-se Java, mas tem um ar antigo, qual Majestique. Os empregados são à boa moda do Porto, secos, brutos e até mal educados. Os preços, esses, são futuristas. Ou for turistas - exploração no seu melhor. Mas tem internet wireless gratuita. Mesmo ao lado do Teatro Nacional de São João.

Não estou a aconselhar a passagem por lá - estou só a tomar nota do café mais inconsistente que alguma vez conheci. Como se chamaria antes? Quem são os donos actuais? Porque é que se chama Java? Respostas para putodecafemaismalcheiroso@tenhomaufeitio.com

quarta-feira, junho 02, 2010

Sim, Bruce,

já percebi. Mas eu... Au! Porra, Bruce, parece que és parvo. Está bem, eu paro. Mau feiti... Au!

Declaro aberta a época do calor,

dos vestidos, das alças, da roupa leve, dos gelados, da preguiça, das noites quentes, da pele bronzeada, das sandálias, dos pés a fazer bolhas nas sandálias, dos pés a ficar em ferida por causa das sandálias, dos pés a transformarem-se em carne viva por causa das bolhas e das feridas e desta porra toda, porque é que está tanto calor?, eu quero as minhas botas de volta!!
(Tenho a pele excepcionalmente sensível e fina, que é que foi??)

Segunda edição das "Reflexões pessoais sobre o Fitei" em dois fascículos II

Fascículo 2
Não sei se alguma vez o disse aqui, mas em Portugal não se sabe ir ao teatro. Eu nunca fui ao teatro noutros países, mas fui uma vez à ópera em Estocolmo e as pessoas eram civilizadas. Juro!
De todas as pessoas barulhentas, mal educadas, desrespeitosas dos actores e do restante público, a que me calhou em sorte hoje ganha o prémio. Bate mesmo as senhoras professoras a quem tive de pedir que se calassem, no Teatro Carlos Alberto, a ver "O Avarento", e que se riram na minha cara, obrigando-me a excessivas batidas cardíacas enquanto chamava um funcionário de sala para as calar - e ele calou.
Não porque fosse abertamente mal-educada, como as outras parvas, não. Mas porque me dava vontade de me virar para trás e perguntar se a senhora nunca tinha saído de casa para ver nadinha na vida. Não? Nunca viu uma comédia? Sabia que é possível rir sem ter uma apoplexia? Aliás, se respirasse um bocadinho, já não se ria tanto e podia ser que lhe sobrasse fôlego para os comentários constantes que parece adorar fazer sobre tudo o que se passa no palco.
Um dia ganho tomates.

Segunda edição das "Reflexões pessoais sobre o Fitei" em dois fascículos

Fascículo 1
Naquele dia, Jesus estava a comer uma romã... ai, esperem, não era isto... Ah! Já sei, era isto:
Hoje foi um daqueles dias em que, não fosse a entrevista (grande furo!) que consegui (sim, eu! imagine-se!), mais valia ter ficado em casa. Pensei sair no intervalo e esquecer a segunda parte, mas não consegui. Fugi assim que se bateram as primeiras palmas, discretamente, mal os actores saíram de cena. Havia quem aplaudisse de pé.
There's no accounting for the public's taste.