sexta-feira, março 31, 2006

1992

Verão. Paixão assolapada por um rapaz mais velho e tão baixo que acabei por ultrapassá-lo em altura. Vila Nova de Milfontes. Glândulas mamárias em desenvolvimento. A expressão "trolhiço!".


Inspiração: contador de visitas.

quarta-feira, março 29, 2006

Martha

Nunca percebi muito bem esta mania da Martha Stewart e respectivas wanna-be's. Nunca me pareceu muito lógico ter, como objectivo de vida, uma casa perfeita, cheia de tralha perfeita, de acordo com as estações perfeitas e todas essas perfeitices irritantes. (Aprecio algumas ideias pontuais, mas nunca o total - acho-o mesmo assustador.)
A SicMulher passa agora o programa de tv dela. Não tenho noção da actualidade deste, mas julgo que é recente. Nunca vejo, confesso. Apanho-o entre zappings.
Tudo isto para dizer que hoje, depois de ver a Martha durante cinco minutos, cheguei a uma conclusão: deve ter uma equipa de gente cheia de talento e jeito para lhe fazer as coisas.
Ela é uma trapalhona!

Confesso que me atrai mais o lado sórdido dela.

terça-feira, março 28, 2006

Bússola

(Ia comentar ali no post de baixo, mas decidi usar os meus privilégios de administração e sai um post.)
A bússola é como um mapa: é só uma coordenada. Para nos orientarmos, precisamos de duas coordenadas, pelo menos. A mim a bússola não me serve de nada. A não ser que esteja num espaço aberto onde possa ver livremente o sol, nunca sei para onde é oeste, este, norte ou sul.
Portanto, para estas coisas, precisamos de bússola e mapa. Ou uma carta topográfica decente! Mas ter um escuteiro à mão é sempre uma boa alternativa.
E aproveito a oportunidade para fazer já aqui um repto: no próximo fim-de-semana há mais?

segunda-feira, março 27, 2006

Serra do Risco

Como poderão ter reparado pelos comentários (só para os mais atentos), a direcção do Isto é de Joana (doravante conhecido como IedJ) e acompanhante decidiram fazer a vontade ao dedo (ao pé, neste caso) e combinaram um passeio pela Arrábida com a direcção do A Vida não é um Padrão (doravante conhecido como AVneuP) e acompanhante.
A coisa não começou bem. Para já, um sábado mal organizado fez com que cozinhássemos a ementa do dia seguinte (quase) pela noite dentro. A juntar a isto, uma mudança de hora que nos veio roubar 60 minutos a um sono que escassas horas teve. Uma tristeza.
Farta de estar sempre atrasada, a direcção do IedJ decidiu levantar cedinho (8h30 da hora nova), tomar o seu banhinho e acabar de arrumar o piquenique. O acompanhante, por estas horas, dormia um sono pesado, só momentaneamente interrompido pela homilia de Domingo de manhã da Antena1.
Tudo decorria como planeado, até a direcção do AVneuP e acompanhante decidirem ligar, por volta das 9h (hora marcada para aparecerem cá em casa) para dizer, entre bocejos, que se calhar a hora antiga era uma hora mais bonita. Apareceram às 10h30, sensivelmente.
Finalmente no carro, rumo à ponte Vasco da Gama, que na outra corria-se de outra forma, toca a sacar dos mapas, cartas topográficas e percursos recomendados tirados da internet.
Paragem obrigatória num tasco de beira de estrada para um café (havia uma direcção e um acompanhante cheios de sono e não éramos nós) e toca a rumar à aldeia de Pedreiras.
Acabadinhos de chegar, indicações de um habitante no papo, lá vamos nós, de mochilas e máquinas fotográficas às costas, fazer um percurso aconselhado a pessoas com alguma preparação física. Foi mais ou menos nesta altura que eu percebi que era melhor voltarmos para trás, mas não querendo dar parte de fraca, avançámos.
Por onde é, por onde não é, apenas uma pedreira gigante e feia como ponto de referência, decidimos arriscar e seguir os instintos de escuteiro do acompanhante cá de casa. O mal foi quando seguimos os instintos de não escuteiro de uma certa direcção que eu não digo quem é, mas aponto.
"É por aí acima, a direito", dizia ele. E o caminho, óbvio, a apenas uns metros de distância, mais acima na estrada da pedreira.
"Parece-me que é por ali, não?", dizia esta direcção, apontando (eu gosto muito de apontar e não acho que seja feio) para o caminho, óbvio, claro, só uns metros mais acima.
Como até ali eu me tinha portado miseravelmente, revelando a mariquinhas que há em mim, choramingando nas descidas mais acidentadas e suplicando ajuda nas subidas mais íngremes, as minhas palavras caíram em saco roto (as they should), e lá fomos nós pelo caminho mais difícil.
Difícil é eufemismo. Maldissémos as indicações do percurso que referiam apenas que "a mata mediterrânea densa poderá dificultar a caminhada", jurámos vingança em forma de emails de protesto, rogámos pragas ao responsáveis do site, aos responsáveis pelo parque Natural da Arrábida e até aos responsáveis por haver vida vegetal na terra.
Subimos por entre arbustos, silvas e árvores, muitas vezes tendo mesmo de desbravar caminho, de tão densa era a vegetação. Escorregámos (e caímos) por pedras cheias de musgo, terra lamacenta da chuva e ramos pouco próprios para apoio. Arranhámos mãos, braços e pernas, a tentar passar por entre azevinho, alecrim, urtigas e arbustos de toda a espécie.
Desesperámos em pontos onde nem sequer podíamos seguir de pé, onde só se passava por baixo da vegetação. Desesperámos em pontos onde parecia não haver saída, nem para cima, nem para baixo.
Quando finalmente chegámos ao cimo, quase caímos do outro lado, a falésia a pique para o mar. (Mas seria uma linda maneira de morrer, lá isso...)
Desiludidos com o resultado da escalada, decidimos parar para almoçar, esfomeados (já eram três e meia).
Depois de um belo repasto e de observarmos convenientemente as vistas e a neblina que subia do mar com o vento (e a nuvem negra que se alojou sobre nós), toca de arrumar a tralhinha e tentar descer, todos a torcer por um caminho melhor.
E não é que havia? Tão melhor e tão fácil era, que nos levou 15 minutos a descer, apesar de ser um caminho mais comprido. Nós demorámos quase três horas a subir.
Com o medo da chuva e do mau tempo, não ocorreu a esta direcção levar um protector solar. Resultado: a direcção deste vosso IedJ tem o nariz queimado do sol (todo vermelho, qual cartoon) e o acompanhante desta direcção tem a cara, exceptuando a zona da barba, vermelhinha como um tomate.
Notas para uma próxima experiência: levar protector solar, seguir os percursos recomendados (e não os inventados) e comer mais vezes. Estar a morrer de fome não ajuda a sensação de desespero causada por um caminho a corta-mato.
Ah, e pôr açúcar na tarte de maçã. Para a próxima não me esqueço!

1900

Gosto deste número. Mil e novecentos. O blog também gosta deste número.

sexta-feira, março 24, 2006

Sol

Farta de chuva, como decerto estará o resto do país, vou aproveitar o sol para fazer variadíssimas coisas. Ou as que me forem possíveis até o tempo voltar a virar. (Preparem-se.)
Este tempo é detestável (o de chuva, não o de sol). Não se pode secar roupa (o meu cesto de roupa suja que o diga, que transborda há mais de uma semana), o cabelo estraga-se todo (e não me venham a mim também falar de seca), mesmo depois de muito trabalhinho com ele, os humores degradam-se e a vontade de fazer o que quer que seja é nula.
Vou à baixa, a ver se me passa!

Apercebo-me

agora (ontem já passava das duas) que o post ali de baixo mostra uma faceta muito medíocre de mim: a de viciada na blogosfera. Pior, faz-me lembrar uma frase memorável de uma senhoria/companheira de casa que uma vez tive, que dizia "Eu adoro ler, tenho sempre uma revista à mão". Não fiquei naquela casa muito tempo, como podem compreender.

Aborrece-me

muito não saber o que escrever. É assim uma espécie de tédio auto-induzido, vírus por demais insidioso e pestilento.
Também me aborrece não ter o que ler, nessa blogsfera fora. Concordo, podia ir ler um livro (e faço-o, juro que faço), mas neste momento é quase como apetecer-me chá e ter de me resignar com água quente.
Aborrece-me principalmente saber perfeitamente que já me fartei de ler coisas boas (e más) por essa blogsfera fora, já li, inclusivamente, um blog inteirinho, como gosto de fazer quando descubro algo bom. Mas, e é aqui que está a parte aborrecida da questão, nem isso me chega. Pior, quanto mais leio, mais quero ler.
Obsessivo-compulsiva, eu? Que ideia.

terça-feira, março 21, 2006

De coração

Aqui a cabecinha tem andado ocupada com grandiosas ideias de decoração. Como não cabem cá em casa, decidi começar em pequeno. Para já, para já, vai a secretária. Depois da barrela necessária há mais de um ano (que digo eu, há mais de dois, seguramente), fui espreitar o catálogo para me decidir por umas coisas giras e práticas, como é costume. E baratas, que se o espaço não é dado a grandiosidades, muito menos é o orçamento. (Um pequeno aparte: detesto escrever baratas quase tanto como detesto o bicho homónimo, mas que se há-de fazer...)
É claro que me foge logo o dedo para as cozinhas, mas a de cá de casa é mesmo um quebra-cabeças, não há muito a fazer. Exceptuando deitá-la abaixo e construir uma nova, mas para isso nem um orçamento imaginário nos chega. Adiante.
Também me foge o dedo e a vontade para as casas-de-banho, um espelho assim, uns cestos assado, uma prateleira além, enfim, rebento num instante com o orçamento e ainda nem pus os pés.

Tem tudo isto que ver com o facto de, nos últimos tempos, termos feito algumas mudanças radicais cá em casa. Desmontámos o monstro que dava pelo nome de Secretária Dele e comprámos uma bela substituta, que por ser menos sugadora de espaço, concedeu em ter um novo móvel ao lado, para a televisão. Isto vai, isto vai.

O que mais falta nesta casa é espaço de arrumação, ou espaço em si mesmo. Como de momento não há grandes perspectivas de nos mudarmos, vamos remediando o caso com três medidas: reduzir a tralha que já cá temos, o que significa virar tudo do avesso e ser impiedosa com o que tem de ir para o lixo, numa purgação sem misericórdia.
A segunda medida é a de organizar cada vez mais e melhor o espaço de que dispômos, através de caixas, cestos e afins. Muito inteligente, na realidade.
A terceira é prescindirmos de coisas que não necessitamos de ter cá em casa, sempre à mão. O que quer dizer, basicamente, levar as coisas para casa dos papás que têm arrumos e terraços e garagens e de certeza mais espaço que nós. Admito que esta última não seja muito válida como regra universal, mas agora tem mesmo de ser assim.
Quando voltar da minha expedição tenho de certeza muito mais para contar. É um até logo.

terça-feira, março 14, 2006

Ai, que saudades

que eu tenho do meu bloguinho! Não parece, eu sei.
Retomaremos a programação habitual dentro de momentos. Obrigada pela sua atenção.

quinta-feira, março 02, 2006

O Carnaval

Ai, o Carnaval, o Carnaval. Agora não estou com grande paciência para contar, senão ficavam já a saber como me diverti com um certo blusão de motoqueiro e me aborreci num certo centro de inspecção automóvel (Fevereiro é um mês danado).
Uma coisa digo já: foi um fim-de-semana prolífico em fotografias!
O resto fica para mais logo.