sexta-feira, outubro 17, 2008

Digital

Confesso que o mp3 não me aflige por falta de qualidade.
Toca direitinho no computador e no carro, então, nem se fala. Aquilo é uma discoteca, sou eu que o digo!
É claro que se tivesse uma aparelhagem (eu nasci na década de '70, calai-vos) com aquele nome alemão que agora não me lembro porque são 4h30 da manhã e ao meu cérebro já lhe basta ser aquela altura do mês, não precisava de sono e cansaço a juntar-se à festa, alzheimer é o que é, beiesdorf? não, isso é a nivea, ai, que raio, querem vir que tenho de ir ao google?, pronto, isso, com belas colunas de madeira ou lá o que é que dá boa acústica às coisas que precisam de boa acústica, pois, se eu tivesse tal aparelhagem, talvez notasse a diferença do digital para o áudio.
Mas não tenho, por isso não vale a pena querer molhar o pão.
O que tenho é vários cd's cheiínhos de música e, só por isso, o mp3 já seria um mimo.
Mas, e aqui vêm as más notícias, o mp3 tem defeitos. Tem sim senhor.
Para já, a música parece descartável. Quem é que já deitou fora, sem problemas de consciência, um cd original, ainda que comprado na fnac ao desbarato? Não estou a falar de música que não presta, ó compradores das Adelaides Ferreiras e Oasis deste mundo.
Não, música a sério, música boa - ninguém.
Já um cd de mp3, oh pá, se o perder...
E depois outra. O meu Ok Computer tem (pelo menos) duas músicas trocadas. De maneira que ouço o Karma Police antes do Let Down.
E isso, meus caros, isso está completamente errado.

E sim, estou aqui acordada feita parva porque o ainda mais parvo do que eu que se auto-intitula meu irmão foi jantar fora e levou o meu carro por razões de prioridade, que é como quem diz era o meu que estava atrás, mais perto da porta da garagem, e eu já sei que preciso é de um animal de estimação ou o raio, mas depois da última vez e tendo em conta as horas que já são e ainda sabendo que ele ainda não voltou, temo pela integridade física do meu veículo. There.

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