sexta-feira, julho 31, 2009

Partir Vs. Ficar

Ontem estava a sair de Gaia a pensar que afinal não é assim tão complicado, tempos houve em que não me entendia naquela cidade, e depois enganei-me e virei para Lisboa. Saí para a A29 e debati-me com a vontade de ir em frente, Lisboa it is!, e a necessidade de voltar para trás, nem sequer tens gasóleo para chegar a Lisboa. Presa por vontade própria, concluí. Há coisas piores.
Depois cheguei a casa e, numa troca de mensagens com o meu gay preferido, prometo que caso com ele só pelo bolo de laranja e digo-lhe que me deixe dormir. E a resposta fez-me adormecer a rir.

segunda-feira, julho 27, 2009

My thoughts exactly

Predicaments of the chocolate eater

Tenho o banco do carro todo sujo, sob risco de ficar com as calças às manchas castanhas. Sinceramente...

sexta-feira, julho 24, 2009

quinta-feira, julho 23, 2009

O gajo voltou

Meio a medo, com aquele ar de quem não andou a fazer boa coisa, mas mesmo assim pouco preocupado. Eu mal lhe falei, já sei que não dura muito e que estou casada com o gajo mais infiel e instável que existe. Só não peço o divórcio porque ontem comi dois pratos da melhor sopa de feijão verde e tomate de que me lembro.

quarta-feira, julho 22, 2009

Empréstimo



Empresto a minha preferida, a que salvaria se pudesse ter só uma, especialmente para ela.

ah, mas agora queres ter filhos!

eu sempre quis ter filhos...
sim, mas agora pensas nisso.
eu sempre pensei nisso...
'tá bem, mas agora fazes planos para isso!
eu sempre fiz planos...
chata!
pois sou.

terça-feira, julho 21, 2009

O Bruce a dar-me abébias

e eu a não saber aproveitá-las. Burra, Bruce, burra.

Quando se diz

"dormi como um bebé", a pessoa quer dizer que adormeceu a chorar ou que dormiu muito bem ou quê?

No sábado

pensei numa frase fantástica que ia escrever aqui. Tinha qualquer coisa a ver com os meus anos, o facto de estar em Lisboa, a sensação de estar em casa novamente, a diversão com os amigos. Mas depois esqueci-me. Tem qualquer coisa a ver com os meus anos, o alzheimer e a falta de sono que ainda me mata antes de eu chegar aos 30.

sexta-feira, julho 17, 2009

29

Isto é como o Porto de que eu não gosto, fica melhor com os anos? Parece-me bem.
Vou gozar a felicidade instalada para a minha cidade, bom fim-de-semana!

quinta-feira, julho 16, 2009

A história

A minha Mãe diz que entrou em trabalho de parto às 8h da manhã, não me lembro se eram contracções ou se lhe rebentaram as águas. Fazia muito calor, como é suposto em Trás-os-Montes a meio de Julho, e o meu Pai queria ver se eu ia (vinha) nascer ao Porto, como o meu irmão. Ao quarto filho, em trabalho de parto há algumas horas, muitas delas numa estrada infernal que serpenteava de Mogadouro ao Porto, a minha Mãe mandou-o parar e eu nasci pouco depois, com apenas "dois puxos", numa das maternidades de Mirandela. (Não sei qual, mas agora também não faz diferença nenhuma, que estão as duas fechadas. Eu não votei no gajo!)
O meu Pai diz que na noite anterior decidiu ir dormir a casa, depois de muitas viagens de trabalho pelo país fora, não fosse "o crianço" querer nascer. Diz que chegou noite dentro e acertou. Pelo sim, pelo não, foi mudar o óleo ao carro antes de levar a minha Mãe para me ter, "porque tinha feito muitas viagens e queria estar seguro". Demoraram duas horas a sair de casa, depois do primeiro sinal de parto. Chegados a Mirandela, o meu Pai raciocinou: ora eu estou cheio de fome. Se correr mal, aguento melhor de estômago cheio. Se correr bem, tanto melhor, já estou almoçado. E foi almoçar, enquanto a minha Mãe tinha (mais) uma filha dele. Passado alguns anos, para se redimir, pregou-me a cama nº 2 da Aval de Cima, que se tinha partido.
Eu devia estar totalmente ganzada e out of it, porque não me lembro de nada. Nasci num dia perfeito, à hora perfeita: 13h45.

Por email: prenda II, com sugestões

olhó beicinho...

a trazer café de manhã

Happiness is

a warm gun
a bag full of clothes (wearing brown top today)
Obrigada!

quarta-feira, julho 15, 2009

Às vezes,

as saudades são tão fortes que, se tivesse olfacto, diria que me cheira a Trás-os-Montes nas ruas do Porto. Ontem estava sol e, em vez de ir para casa, apetecia-me conduzir até lá e ir apanhar cebolas. Isso mesmo. Apanhar cebolas e estar com eles sem pressas, sem compromissos difíceis, só o sol e a terra e o ar. As saudades fazem-me ter vontade de chorar, ouço a música e lembro-me de Setembro e eu que sempre detestei Setembro, Setembro é o maior dos meses, onde cabem cebolas e luares magníficos ainda de dia e amoras e a terra solta e seca toda dentro dos sapatos. Apeteceu-me chorar quando a minha mãe disse que ligou para a minha madrinha, mas que não estavam, "tinham ido à horta". Eu dava tudo para estar lá com eles, terra nos sapatos, feridas nas mãos, dores nas costas, tudo.
Apeteceu-me chorar com as saudades. Mas também está para me vir o período.

terça-feira, julho 14, 2009

Devo estar com pressa,

porque já é a terceira vez desde ontem que penso que amanhã faço anos.

No sábado,

a caminho do concerto que não foi, ocorreu-me que a incoerência é o maior sinal de imaturidade.

(Vi Peter, Börn and John e Nouvelle Vague e vim-me embora antes de dar hipótese aos The Gift, que não há pachorra - para o caso de quererem saber.)

Frase do dia

"Deus deu-me este dom de apanhar pessoas." in JN

8h da manhã



Happiness is a warm gun. Ou mensagens cómicas no telemóvel.

sexta-feira, julho 10, 2009

Obscuridade

Cá fora o sol era forte e branco. Dentro da igreja era tudo preto. Foi como passar uma porta para outro mundo. Esqueci-me da falta de vontade de estar ali, de não saber o que lhes dizer, da vontade de ficar lá fora e sentir o Reino maravilhoso como ele é. (E ele estava tão Maravilhoso.)
Também percebi que não gosto de preto.

quarta-feira, julho 08, 2009

Claridade

Hoje no metro vi um homem com uma cabra por uma trela.
Ora bem, note-se que uso a localização "no metro" como uma definição espácio-temporal, ou seja, "quando eu estava no metro". O homem tinha, de facto, uma cabra que puxava por uma trela. Ia dentro do metro comigo? Não. Então onde estava? Lá em baixo, no campo. Porque puxava uma cabra por uma trela? Desconfio que era para a prender num canto do campo onde a ia deixar a pastar, mas eu não percebo muito de gado caprino, podia ser por outra coisa.
Tudo clarinho? Óptimo.

terça-feira, julho 07, 2009

Expiemos os nossos pecados



"Eu quero ser como tu". Na versão das cassetes que conhecia em miúda, "Oh Mogli, eu quero ser igual a ti". Oremos.

segunda-feira, julho 06, 2009

Correndo o risco de ser processada

anuncio ao mundo. Ou melhor, às três pessoas que lêem isto (vocês sabem quem são). Partiu-se um vidro da Casa da Música. Dos curvos. Daqueles que fazem pensar como será possível fazer uma peça daquele tamanho. Julga-se que terá sido numa montagem de um evento. Pior, parece que não é um, é "mais um" vidro partido. Entristece-me. Mas não mais do que a possibilidade de ser processada. Apesar de não ter assinado qualquer tipo de acordo de confidencialidade. O que é tão tonto como deixarem partir um vidro da Casa da Música.
Amateurs.

domingo, julho 05, 2009

Anda para aí uma seita

de gente que diz não me entender. Ora vamos lá ver se nos entendemos: seja porque sim ou talvez porque não, é de propósito. Além disso, está tudo avisado, vide subtítulo do blog.
Quanto à razão, ouçam o Manel Cruz: as razões, não há razões. It's all for the benefit of Mr. Kite.

Sonhei que sim

mas não gostei. Ou seja, na hora do grito, eu disse nããããoooooo!
Coisa tão estranha, mas o subconsciente lá saberá.

sexta-feira, julho 03, 2009

Eu vi logo que não durava muito

Elogia-se o gajo, ai que finalmente decidiu dar-me um descanso e pimba!, toma lá uma tranquilha para não te armares em esperta. Não faz mal, já sacudi o pó e olha, nem sequer fez ferida.
Às vezes parece que és parvo, Bruce!

quarta-feira, julho 01, 2009

Afinal

faltava pagar a conta da água, pedir ao vizinho que ficasse com o correio, desligar as arcas e avisar o senhor da cerveja que não viesse mais.
Aproveito para dizer que a vida é uma filha-da-putice que algum ainda maior filho-de-sabe-se-lá-quem inventou para nos lixar, que foder é muito forte. Pois seja. Hoje disseram-me "não tem cá nada" e foi a melhor coisa que já ouvi em dias da minha vida.
E olha que se calhar... isto fechar também dá muito trabalho, até porque eu só tiro cafés de vez em quando. Ficamos assim, eu com a minha e tu com a tua. (E a comporta de barragem improvisada num bocado de madeira na mão, há coisas que nunca se esquecem...)

Por motivos de força maior,

totalmente alheios à vontade da direcção, informamos os estimados clientes que estaremos encerrados, sem data prevista de reabertura. Pelo facto, pedimos as nossas desculpas.
Recomendamos os finos do tasco ao lado, sempre são mais frescos.

(Eu)

Estou cansada. Ainda mal comecei e já estou cansada.
(Viver cansa.)