terça-feira, março 31, 2009

Dividida

Nos últimos tempos tenho tido muitas saudades de Lisboa, despertam quando olho para ruas no Porto que me lembram a minha casa de 8 anos. Mas nunca gostei tanto de estar no Porto como agora, acho que nunca tive tantos projectos em 28 anos de vida.
Soube há pouco que uma amiga vai trabalhar para Lisboa e vieram-me as lágrimas aos olhos em pleno GChat(o), mas respirei fundo e dei-lhe os parabéns com toda a felicidade que sinto por ela, pela oportunidade que este trabalho representa.
Dizem-me para procurar trabalho em Lisboa e juntar-me a elas, já são duas as amigas próximas a 300km de distância. Tenho saudades das ruas que eram minhas e vontade de conhecer as que não o eram na cidade que amo sem saber explicar porquê, mas não quero ir para lá. Gosto do Porto neste momento, depois logo se vê.

T-shirts, canecas para Mega Mass ou canequinhas para café, isqueiros e bolsinhas.
Os lucros revertem a favor do Guru e da minha pessoa, obrigada.
(Adesão ao clube estritamente por convite, não se façam ao bife.)

Se dissesse a verdade

teria de dizer que sim, ainda sim, coisa que não entendo nem aprovo nem quero nem admito de mim própria, uma desfeita destas de uma pessoa que me acompanha há 28 anos, realmente nem em nós podemos confiar, mas infelizmente é mesmo assim, nada a fazer, esperar e seguir em frente e cumprir calendário porque isso é que interessa e as oportunidades estão ao virar de cada esquina e todas essas tretas que se dizem quando não há nada para dizer ou não se quer dizer nada em concreto, grão a grão enche a galinha o papo, por exemplo, o provérbio mais parvo da língua portuguesa, aposto que em italiano não se diz, vou ver cursos de italiano, embora fosse muito mais útil o de espanhol para certificar o que já sei e aprender o resto, mas se a vida for só utilidades, onde fica o prazer? Por isso sim, mas daqui a algum tempo talvez não.

Warrior

Quero ser guerrilheira. Pergunto-me quem gostaria de alinhar.

Ontem sonhei

com coisas muito tontas, como o meu irmão a discutir a cor deste blog com a irmã mais velha, e hoje, tenho de confessar, fechei os olhos durante uns meros segundos no metro e dei por mim a sonhar de imediato com alguém que falava muito alto, e na carruagem não se ouvia um pio, pelo que decidi acordar-me a tempo de sair na estação certa. O que será que nos põe a sonhar mal adormecemos e nos acorda com um abanão já estás a sonhar, pá, acorda?

A prova

de que o porto é triste é que quando se vislumbrava o sexto campeonato conseguido, as pessoas no Porto, porque não conseguiam dizer hexa, começaram a dizer bi-tri.

O meu irmão não me deixa dizer

que depois do jogo no sábado entrou em discussão com amigo portista e que lhe disse "Pentas a putas, fiquem com eles!", por isso não digo que o meu irmão, depois do jogo da parva da selecção, que mal jogam, valha-me santo coiso dos futebolistas, o que é que o Scolari lhes dava?!, e foi por aqui que a discussão começou, "O Scolari teve a equipa feita pelo porto", amigo portista, e aquilo aqueceu porque um grita e o outro coloca o vozeirão de uma maneira que faz vibrar os copos, razão toda no irmão, desculpem lá, o meu irmão diz "Pentas a putas, fiquem com eles!" e eu ri-me muito, tanto como provavelmente o meu irmão vai ficar chateado com isto, mas era bom demais para ficar no esquecimento do eco das paredes, "Pentas a putas", sinceramente.

Outra coisa que não percebo

A pessoa que adia o levantar, mais dez minutos, mais dez minutos, que se transformam em mais meia-hora que faz com que saia da cama quando tem 13 minutos para se despachar (a palavra "arranjar" não cabe em 13 minutos) e apanhar o metro para chegar a horas,
faz o quê na casa-de-banho durante 45 minutos quando tem tempo?

Linha de leitores, bom dia

leitor identificado: venho só exprimir o meu descontentamento por não postares há mais de 2 dias
e era isto
linha de leitores: pedimos desculpas
podemos garantir postagens várias e numerosas ainda hoje
só não podemos garantir a hora
na sexta apercebi-me que trabalho, vê lá tu
trabalhei mais na 6ª do q na semana toda
e hj vislumbro dia mto similar
mas nem que tenha de ficar à hora de almoço
postarei!
obrigada pela fidelidade e interesse
leitor identificado: já sabes, q se não postares há toda uma paranóia q transforma o fã em stalker lol

Não autorizado ou editado

Conselhos

Apartamento, já não és estudante (irmã)
Baixa, deixa lá as correrias e vai descontrair com os amigos (prima)
Two wise women.

Coisas que não percebo

Meses a fio sem entrar naquilo e hoje o código de utilizador do meu banco online sai-me dos dedos sem pensar. Onde raio está esta memória? Fazia-me jeito para outras coisas, pá.

segunda-feira, março 30, 2009

Na madrugada de domingo,

que digo eu?, manhã de domingo, depois de noite inteira acordada a ver filmes e a falar, sair às 7h de casa porque um café antes de ir dormir é mesmo a coisa a fazer, afinal foi croissant prensado com manteiga, perdão, queimado, e leitinho de chocolate, os bêbedos da noite a arrastarem-se e eu e ela de óculos escuros porque sol demais, as ruas cheias de copos de plástico e o ar gelado a acordar-nos para dormir,
na manhã de domingo vi o fenómeno mais fantástico da minha vida, acho que estive dez minutos para perceber que sim, era possível eu estar a ver aquilo, depois de cinco minutos a habituar-me à luz, o antibiótico não dá moca, era a sério,
na manhã de domingo estive dentro de uma máquina fotográfica. A luz entrava no quarto dela por um buraco redondo nas portadas e na parede branca viam-se as casas e os telhados da rua reflectidos da esquerda para a direita e de pernas para o ar.
E depois estive mais dez minutos a pensar na ironia de não se poder fotografar o interior de uma máquina fotográfica.

Silogismo

Quando não se pode beber,
Não se vai para os locais habituais,
Logo o giz e uma mesa preta são essenciais.

O mundo ao contrário

O meu Pai, de (quase) 64 anos, tem namorada. O que explica muita coisa e mais não digo.

Bruce, I love you

xpto did not receive your message, a vermelho.

Fim-de-semana a antibiótico é

cancelar jantar em Lisboa;
planear noite calma de "chichi cama";
mas também é
riscar uma mesa toda com giz, ser(mos) observada(s) por toda a gente à volta, abrir a imaginação a epifanias, ficar até tarde nas galerias com la famiglia e chegar tardíssimo a casa.

sexta-feira, março 27, 2009

Violência justificada

Desde sábado sem piar. Não o posso mandar arranjar sem (encontrar) a factura. Ontem emprestaram-me um telemóvel para me safar nos entretantos e, de repente, o gajo voltou à vida.
Era partir-lhe as trombas ou quê?

quinta-feira, março 26, 2009

Sem me aperceber,

fez um ano. Anda cá, LM, bou-t'a contar uma conta.

quarta-feira, março 25, 2009

Equação

Should I stay or should I go?, diz ele.
Vai, meu querido, vai!, digo eu. Mas vai com a minha ajuda. E dou-lhe um pontapé até à semana seguinte.
Eu acho que era lindo!

Knockout

Dói-me a garganta e estou sem telemóvel desde sábado à noite. 
Era isso.

terça-feira, março 24, 2009

Novas do Universo

O Universo continua a brincar comigo. De há umas semanas para cá, põe-me à frente gajas a descrever cenas inenarráveis com gajos, e elas sempre a desculpá-los. Amigas. Amigas que custa ver a fazer tais raciocínios podres e impossíveis.
E eu aprendo. Aprendo sempre. Mas já paravas com essa merda! (Para não ser muito mal-educada.)

Discussão fresquinha

Perito 1: "Um órgão?! Continua a chamar-lhe órgão! Um órgão... Vai passar a chamar-se órgão, de tanto lhe chamar órgão. Aquilo não é um órgão, foda-se! É uma máquina, uma instalação."
Perito 2: ...
Eu (para dentro): lol!

Uma coisa que eu não percebo

Uma amiga conta-me como o (suposto) namorado não lhe diz nada há semana e meia. Está furiosa, claro. Depois chega à fala com ele e vem cheia de razões para o perdoar.
Não sabia de nada antes ou as gajas amolecem quando (só) querem o que não devem?
Esta transformação de carrasco-pronto-a-decepar-cabeças em padre-confessor-que-perdoa-tudo deixa-me os cabelos em pé.

Aborrecimento é

tudo isto.

domingo, março 22, 2009

Melhor do que a festa

é a pós-festa. E os hambúrgueres já estão feitos.

Do fim-de-semana

Nem sei fazer chichi.

sexta-feira, março 20, 2009

As pessoas perguntam

"Mas achas que?"
Eu respondo "Não, é que nem pensar!"
Porque é que elas não percebem?

They say it's your birthday!



Happy Birthday, youngster!

Recados

Lá porque te querias mostrar em drag, não precisavas de expôr as outras pessoas.
Sim, sou eu ao lado dele, na primeira fotografia do post, canto inferior esquerdo. 'Tá bem, era fofa.

Voltámos

à dieta herbal.

quinta-feira, março 19, 2009

A cura para as insónias

Chama-se rir até doer a barriga. E bolas de sabão de fumo, vá.

Food - o regresso

Já não ia lá há duas semanas.
Ontem tínhamos repórter e fotógrafa do JN connosco. Chegaram pouco antes do arroz estar cozido, fizeram perguntas e depois jantaram connosco. (Quando sou eu a cozinhar nabo sabe a nabo, quando é a cozinheira-chefe/filha sabe bem. Claro.)
Muitas fotografias em S. Bento (e eu com péssimo aspecto, valha-me santa bárbara da vaidosice) e no Carregal armámos em milícia, todos em bando atrás de uns guninhas que iam atrás de um sem-abrigo para lhe bater. Sinceramente... E o JN veio também.
Descobrimos que o 112 não atende. Como é, INEM? Para escrever comentários em blogs estão sempre prontos, mas para atender chamadinhas que é bom, népia. Paízinho mais ou menos...
É costume haver risota geral e cantoria entre nós, mas ontem foi demais. Aparvalhámos. Especialmente na parte em que fazíamos concurso a ver quem aparecia mais nas fotos. E a fotógrafa a pedir-nos para sairmos da frente. Tenho a barriga com'ó aço!
Depois Júlio Dinis e no fim Aleixo, aqui já sozinhos.
No fim da noite inventámos um desporto novo: fazer bolas de sabão com fumo dentro. Para a semana há mais, vamos organizar um campeonato.

Quem precisa de abdominais?

Eu não, tenho uma distribuição de comida a sem-abrigo. No Carregal já me doía a barriga de tanto rir.

quarta-feira, março 18, 2009

Zanguei-me com meu amor

(não o vi em todo o dia...)
Fazemos as pazes por email e combinamos chá de menta toda a santa tarde na Praça Djema El Fna, Salamanca está muito visto e Marrocos é que eu quero conhecer.
Demoras? Vou só aqui abrir um processo, espero-te lá em baixo.

Educação Sexual

A meio da manhã o meu Pai entrou em casa, eu teria 19 ou 20 anos, dirigiu-se a mim de mão esticada a segurar uma caixa de preservativos, "Sabes o que é isto?", o meu primeiro impulso foi dizer "Meus não são, que eu uso de outra marca", felizmente pensei antes de falar (a saber: "porra, o que é que se passa?" e "olha ele a querer apanhar-me em falso!" e ainda "quem és tu, meu?") e quando disse "Sei", ele deu meia volta e saiu porta fora.
E as abelhinhas? Eu queria ouvir a história das abelhinhas!

Há um ano e um dia

Escrevi email para mim mesma com lista intitulada "O que eu quero". (É no que dá ser esquizofrénica, falo comigo mais vezes do que com os outros. E respondo-me!)
A lista é hilariante porque nada a ver com momento presente. (Também gosto de falar com o mínimo de verbos e subordinadas possível.)
Acho que isso é bom. (Especialmente porque lista cheia de caca. Ou merdinha. Pronto, merda. Também gosto de asneiras. E éclairs da Leitaria, hoje não resisti e fui lá, coisa mais boa, continuo a achar que creme de nata feito com pózinhos de perlimpimpim, mas depois falo nisso que agora é para dormir.)

Hoje irmão fez 30 anos

Irmão é gajo fixe, com sentido de humor que metia RAP no chinelo e inteligência que envergonhava Carl Sagan, fosse ele gajo de se envergonhar ou pudesse, já que morto não cora.
Irmão também é gajo chato, deu-me cabo da cabeça a infância toda, às vezes à pedrada, batia-me se não brincasse com ele e depois deu em dizer que eu lhe comia as meias (parece que gosto especialmente das sujinhas e azuis, não sei porquê) porque uma vez mid wrestling, que era o nosso desporto favorito até idades que envergonhavam o mundo se reveladas, enfiou-me uma meia na boca a ver se eu o largava - há que elogiar capacidades físicas desta vossa criada, a mais nova, sempre pequena demais para a idade, "vivia do ar" em pequena.
Irmão fez-me sempre rir como ninguém, mesmo que mid crying. Irmão protegeu-me como mais ninguém, mesmo quando eu não queria (rapazes, pois claro). Irmão e eu estabelecemos desde cedo telepatia e muito gozo nos deu sempre fazer o nosso truque de "em que é que estás a pensar?", "no mesmo que tu", sorriso cúmplice e gargalhada quando comparávamos, we'll be here all week.
Irmão não tem juízo nenhum e por causa disso insultam-me "Tu és mais nova do que ele?!?!", ar incrédulo. Sou, porquê, isso é indirecta de anti-rugas?
Irmão é difícil e conflituoso, but then... so am I.
Parabéns, pá!

P.S. A tua gaveta das meias tem mesmo bom aspecto...

Amigo sugeriu-me

(agora mesmo no MSN, se correrem ainda o apanham) fazer lista para não me perder.
Amigo nem as sonha, havia de ser bonito. (É com contactos também ou só apreciações?)

The devotion to Our Lady of Dorset

Amiga hoje no gmail a tentar consolar-me. "Deixa lá." Deixa lá? Deixa lá??
Enfim... People don't grasp the concept of Our Lady of Dorset.

terça-feira, março 17, 2009

Eu é que tenho razão

Estou mais do que.
Já não há bilhetes para a PJ Harvey. Foda-se!

Pessoa sem apetite (II)

não come.
A ver se aprendo.

S(ó) sorry

segunda-feira, março 16, 2009

A vida dos outros

(não) pára quando deixam de estar na nossa vida. Pára?

Self-preservation

is key.

Escatologia

Há dias a filha disse-me "Tu cagas tudo quanto comes".
A minha resposta devia ter sido "E o que não como também".
Ou como isto de input=zero / output=50 é péssima contabilidade fisiológica.

Pessoa sem apetite

não come.

domingo, março 15, 2009

Sol

me: rapaz
estão 30º em Portugal Continental
:p
vou para a praia
;)
beijo
amigo invejoso que está na Alemanha: espero que apanhes um escaldão
:p
me: lol
apanharei com certeza
q não sei do protector solar

Também me disseram

ao pequeno-almoço: "Tu ficavas bem só de colar."
(Estes gajos são uns assanhados.)

Disseram-me ontem

(Eu de vestido no Tendinha) "Não podes vir para aqui assim."

Domingo ao acordar

This fire is out of control, we're gonna burn this city, burn this city!, Franz Ferdinand.
(A qualidade da música que me acorda está a melhorar considerably.)

sábado, março 14, 2009

Mensagem de rede

Duração: 0:45:12
Custo: 0.00
Sabe tão bem.

As pessoas dizem

Ah e tal, mas não dormes?
Eu digo: durmo, porra! Mas as noites até de manhã valem por uma semana de divertimento, pelas fases todas (e pelas frases), pelos risos e pela música (ontem o Tendinha bombava e o P. estava on fire).
E depois dormi o dia todo.

Sábado, 12h00

Estou acordada desde as 8h. De sexta.
12h de noite. Worth every bit.

Frase da noite III

"Estiveram a noite toda com cara de tacho e nós não gostamos de sair com trens de cozinha!"
Mérito inteiramente a cargo de: S.

S. devia seguir carreira de frases, é simplesmente genial. Principalmente às 9h da manhã nos Clérigos.

Frase da Noite II

É impressão minha ou nós as duas estamos melhor sozinhas do que algumas pessoas acompanhadas?
Autoria: S.

Frase da noite (x-rated!)

É melhor ser fodida do que estar fodida.
Autoria: J. em colaboração directa com S.

sexta-feira, março 13, 2009

Formação profissional

Uma vez há muitos anos, na Zara de Sta Catarina, eu estava toda contente a ver a disputa entre uma funcionária grávida e a colega de caixa por causa dos descontos de funcionário e o número de peças que era permitido comprar por mês e a grávida dizia que não se queria chatear, a outra (a patroa) que depois lhe dissesse alguma coisa se houvesse problema, a colega sem querer assumir a responsabilidade do que se estava mesmo a ver que era um sarilho dos antigos e a grávida já exaltada mas com ar de enjoada a dizer que não se podia chatear, que estava grávida e eu a pensar olha que engraçado, quando se está grávida não se pode ter emoções?, que já nessa altura eu tinha o mau feitio que tenho hoje, ainda que menos apurado, e nisto a minha irmã mais velha topa-me a topar tudo e diz ai, és como a Mãe, sempre a ver o que as outras pessoas estão a fazer.
Hoje, a mesma irmã ri-se como uma perdida com esta minha aptidão para captar conversas e momentos à minha volta.
No CV vou acrescentar: Formação Profissional de Observadora - a cantar desde 1980.

Dos almoços e gelados

Almoçar com amiga(s), mesmo em versão express, é das melhoras coisas que há.
No fim, um Epá. Tenho saudades do Epá antigo, com a chiclete em bola gigante, que ia largando a cor para o fundo do gelado e era a última parte a comer, como uma espécie de prémio. Comia-se o gelado pela chiclete, não me venham cá dizer que apreciavam o Epá pelo gelado de leite.
Agora, com estas modernices da segurança infantil e ai, que se engasga o menino, dão-nos três chicletes ranhosas em tamanho XXS (até as pintarolas são maiores) e sabor népias.
Eu sou adulta e quero comer um Epá com uma bola gigante no fundo, sob risco de me engasgar!

quinta-feira, março 12, 2009

No metro, fim do dia

Um casal com uma miúda de 3 ou 4 anos, quase nem reparei neles até começar a ouvir gritos.
A Mãe: Iara! Depois o Pai: Iara Filipa!! (Pobre criancinha...)
Porque a miúda não desistisse do que estava a fazer, a Mãe: 
Filha-da-puta!!
Ela lá sabe.

Aos bocadinhos,

tal como vim, fui ficando. Não me lembro dos contras, só dos prós de não ficar. Não penso sair tão cedo.

Ontem desencaminhei uma amiga para batatas fritas às dez da noite

Pelo meio de uma conversa sobre pais controladores (o dela e o meu, two peas in a pod), conta-me que uma das vezes que saiu à noite, pai fora, chegou mais que podre a casa, no auge da sua rebeldia de adolescente - botas de pedreiro eram o único calçado que usava.
Subiu as escadas, despiu-se e só depois se lembrou que as tais botas, enormes, deixavam marcas nos degraus de madeira. Já só de cuecas, e não fosse o pai perguntar que marcas eram aquelas (porque em casa todos usavam o prosaico chinelo - nos pés, nos pés), volta a calçar-se, pega num pano do pó e vai de limpar as escadas. A mãe dela entretanto acordou e foi dar com ela de cuecas e botas, rabo no ar, muito concentrada a limpar as escadas.
E mesmo sem as batatas, os cigarros lado a lado, as outras conversas e partilhas, a noite de ontem já teria valido a pena só pelas gargalhadas desta história.

quarta-feira, março 11, 2009

eu estava a fazer chichi e ele estava a fazer a barba.
"o namorado da M., é fixe?"
ri-me, enquanto me passavam as coisas mais pérfidas pela cabeça.
"é, claro."
a minha hesitação fê-lo perguntar "que foi, não é?"
"é, claro que é, muito porreiro mesmo!" muito mais do que tu, apeteceu-me dizer. mas não disse.
puxei o autoclismo enquanto pensava em maneiras de lhe dizer exactamente o quão porreiro ele é, sem lhe dizer exactamente o quão porreiro ele é.
ele tomou banho e eu saí.

Do Alzheimer

(Isto um dia deixa de ter piada...)
No sábado, escadas do Triplex, ouço o meu nome. "Joana!" Quando me viro para trás, vejo uma cara sorridente a olhar para mim. Familiar? Sim. (re)Conhecida? Não.
Atalhei. "Olá, estás bom?", dois beijinhos, "Por aqui?", ar de espanto. 
Passei o resto da noite a tentar lembrar-me, mas continuo sem saber quem era. Nada, zero, há aqui uma tentativa de memória a querer chegar à superfície, a cara a lembrar-me uma impressão, um local, mas nada, não chega cá nada. E como raio, pergunto-me eu, sabia ele o meu nome?

Vanished

Durante estes dias quase não comi. A fome não era nenhuma e a vontade de comer ainda menos.
Qualquer coisa me põe mal-disposta quando estou doente, seja lá do que for. Como por exemplo a D. N. a contar de como caiu na rampa da garagem dela e se partiu toda há muitos anos. E eu no sofá a tentar não vomitar o que (não) tinha comido ali mesmo.
Qualquer dia desapareço (in more than one way - and wouldn't that be nice?).

Paradoxos

Quando estou doente, não consigo fumar. Ocorre-me que o caminho para uma vida saudável é estar sempre doente.

Chroma

O chá preto é laranja. Eu, que não gosto de chá preto, nos últimos três dias fiz mais chá preto do que uma família de chineses bebe numa semana (totalmente sem pesquisa, os chineses bebem chá preto?). Tanto, que ontem dei por mim a olhar para ele e a pensar que deve ser bom. Felizmente os olhos pediam adstringência, por isso não cheguei a provar.
Os meus olhos, "castanhos" - diria quase toda a gente que me conhece e nunca me viu 1. contra o sol ou 2. recém-chegada de férias com exposição a sol anormalmente forte (uma semana em Cuba, por exemplo), estiveram verdes safira durante três dias. A cor dos meus olhos deu-me vontade de vomitar durante três dias. Devia ser do vermelho-sangue que os englobava.
O céu azul e a luz branca e amarela do sol dos últimos três dias pareceram-me da cor da morte, qualquer aproximação produzia dor. Deve ser horrível sofrer de intolerância ao sol.
Hoje os olhos voltaram à cor quase normal, só a mim me parecem doentes. O castanho está esbatido, já pensei se irei ficar com os olhos cor de avelã. Do verde, nada.
Ou a vida depois de uma conjuntivite.

segunda-feira, março 09, 2009

Oh, vida...

Dois dias de sol fantásticos e eu de vampira. Até a luz do monitor me incomoda, vou recolher-me.

domingo, março 08, 2009

Terror gore

Ver fotos de conjuntivites no Google e Wikipédia.
Não sei se vomite ou se chore, sendo que ambas opções resultariam em dores (ainda) mais acentuadas. Fico assim, já me chega.

Banda sonora do momento

Fighting away the tears, Feist
Ou como a conjuntivite pode ser dolorosa.

Domingo, ao acordar

Eu tenho dois amores... que em nada são iguais..., Gigi style.
Recado do outro lado do cérebro: não tornas a sair à noite.

sábado, março 07, 2009

A ressaca é lixada

Mas quando nem sequer se bebeu, é simplesmente estúpida.
Acho que o curry estava minado... Vou ali fortalecer laços da relação íntima que mantenho com o guronsan e o maço de tabaco que trago na carteira.

Octoverme de sábado ao acordar

(Que é como quem diz quatro da tarde.)
Já fui ao Brasil, Praia e Bissau, já fui um conquistador...
E o outro lado do cérebro: que medo!

sexta-feira, março 06, 2009

Quando nasceu

o pai não me deixava pegar nela. "Quando ela for maior, agora ainda é muito pequenina", cheio de medo que eu a deixasse cair. Não demorou muito até ela ser suficientemente grande para eu lhe pegar e mudar fraldas e levar à casa-de-banho e dar de comer e tomar conta dela, brincar com ela e ensinar-lhe parvoíces. Depois nasceu o irmão e fiquei com eles tantas vezes que já nem me lembro de todas.
Às vezes olho para a (única) fotografia dela que temos em casa, teria 4 anos, e nem acredito como era possível ser tão fofa ou como conseguíamos afastar-nos dela, de gatas por baixo da mesa da sala a dizer "sou um gatuco!" e "quero chouricinho, quero chouricinho!!".
Mais do que tudo, lamento não a ter mimado mais, não ter tido mais paciência, não a ter aproveitado mais quando ainda me cabia no colo e me queria acima de qualquer outra pessoa para a levar à casa-de-banho (tantas parvoíces que lhe ensinei nessas alturas).
Fez 18 anos na terça e pelo meio das mensagens desencaminhadoras (minhas) e cheias de X's e K's (dela), diz-me que precisa de falar. Respondi a verdade, estou aqui para te ouvir quando quiseres. (E sim, levo-te à casa-de-banho se tiver mesmo de ser.)

Almoçar depois da uma

é ter oportunidade de ver a reportagem mais parva do mundo (pá, tá bem, a miúda faz jóias engraçadas, mas se quer dar recados aos pais que escreva, telefone, olha uma coisa nova tão gira que é o email!)
mas a seguir ver o Gael Garcia Bernal na primeira fila de (mais) um desfile (parvo) da Fátima Lopes. (Ui, agora vinha cá o INEM comentar "Caro autor, Os desfiles da Fátima Lopes não são parvos"... Não são pouco!)

Worst feature?

Isso de armarem em MacDonald's com os avisos como se os fôssemos processar por causa de café quente.

Da memória musical

Segunda-feira, 17 de Março de 2008, 17h25
Eu ia a caminho da iluminação e esta música há-de sempre ser o seu hino.

quinta-feira, março 05, 2009

Vou almoçar

Esqueci-me de um sintoma: fome de loba.

Isto de bichos que sangram

Irrita-me o preconceito dos homens em relação ao período das mulheres. A mania que ficamos mais chatas e irritáveis e, principalmente, a sacramental perguntinha "Estás com o período?" quando, por alguma razão perfeitamente justificável, nos exaltamos.
Mas a verdade é que isto de sangrar 5 dias e não morrer tem muito que se lhe diga. Tenho a certeza de não estar isolada ao dizer que sim, fico mais sensível, choro por dá cá aquela palha (se bem que eu sou campeã de choro, medalhas de ouro desde 1992, sem falhar um ano) e fico, basicamente, com a neura. (Adorava ver os homens a ter período: o mundo paráva todos os meses durante uma semana, garantido.)
Outro fenómeno curioso que me assalta, normalmente no primeiro dia, é a falta de sinapses cerebrais. Não sei se o lado racional se desliga para dar lugar ao instintivo ou se as hormonas desatam aos berros com a secção da racionalidade (claramente, uma zona masculina no cérebro de todas as mulheres) até ficarem sem voz ou até a racionalidade se calar, caladinha é que ela está bem e às vezes não há pachorra para estes gajos, pá!
O que quer que seja, tenho (mais) uma certeza: não há (ainda) explicação científica para o fenómeno, basicamente porque a investigação científica deste mundo está maioritariamente entregue às bestas, perdão, aos homens, e eles além de nojentinhos, estão-se marimbando. Mas que ele acontece, acontece. O mais básico dos trocadilhos escapa-me, as conversas ficam todas sem sentido e perco o fio-à-meada mais depressa do que consigo dizer "Tens de me explicar como se eu tivesse 4 anos e estivesse com o período, vale?".
Felizmente não cheira.

quarta-feira, março 04, 2009

Ficarei com os olhos em bico,

mas insisto em ver (sempre) a outra perspectiva: ao menos tenho assunto para escrever.
Reitero: a felicidade não escreve livros.

O problema de almoçar antes da uma

é que tenho de aturar a Praça da Alegria no café.
A Serenella Andrade ainda existe? As coisas que uma pessoa aprende.

terça-feira, março 03, 2009

Do amor fraternal

me: o irmão decidiu dar uma de "interesso-me pela tua vida"
me: e pegou cmg por causa das zonas do passe
mto importante, este pormenor
o passe é Z3 ou Z4?
me: nada de "q tal está a correr o trabalho novo, gostas, q fazes'?"
não!!
Ibidem: socorro!
me: o q importa é o tipo da merda do passe
Ibidem: lolol
me: porra

E depois temos os emails,

que são chatos pra caraças de escrever, especialmente quando temos uma irmã a debitar 300 caracteres por minuto na janela do Gtalk e não sei quanta gente a falar connosco no MSN ao mesmo tempo (ou 8 ou 80, realmente), mas têm espaço suficiente para tudo o que nos apeteça, mesmo correndo o risco de aborrecer de morte o destinatário e, assim, ficar sem resposta.
Pelos vistos ainda não fiz vítimas. E a resposta consolou-me.

Iam três empregadas domésticas sentadas ao meu lado no metro

(Como que a pedir "bloga-nos", está-se mesmo a ver.)
Entre os muitos "dei a ferro três máquinas de roupa" e "sábado limpei a minha casa toda antes do meio-dia" (caraças, de facto há gente no mundo a trabalhar muito), uma delas chama a atenção das outras para o rapaz que ia de pé junto à porta.
"Tem as mãos escondidas", diz uma. Eu a pensar ui, estas são frescas, mães de filhos - uma delas avó -, e só estão a ver se o rapaz, por sinal bem giro (ó gaja, era um miau!, quase que o convidei para éclairs), é casado ou solteiro. Nisto, a mais descarada remata "Não vai durar muito tempo sozinho".
Esperemos que não, esperemos que não.

Construir puzzles

Quando não se pode dizer o que se quer, faz-se o quê? Onde está a válvula de escape? O assobio da panela de pressão? Mil folhas em branco não me chegavam.
E as sms são demasiado pequenas para lhe perguntar coisas iluminadas sobre o universo e o que raio andamos aqui a fazer.

O universo dá,

o universo tira. Dá socos no estômago, mas tira-nos o fôlego e a vontade de pensar em certas coisas distorcidas do género de ai, se calhar e tal, até era assim coiso, ou não, mas vamos lá, ou então espera..., olha, que se lixe, butes e depois merda.
Mas ainda me dói o estômago.

You pray for rain

I pray for blindness.

segunda-feira, março 02, 2009

Há um gato preto que gosta muito do nosso terraço. Já o apanhei várias vezes a passear-se por aqui, normalmente em dias de sol.
Hoje de manhã, quando cheguei a casa, dei com ele encostado à minha janela, todo satisfeito. (Cheirou-lhe a coisas boas que emanam daqui, na certa.)
E depois fiquei a olhar para ele e a escrever isto, em vez de vestir o pijama e deitar-me, porque não sabia como fechar a janela sem o assustar.

O Universo, esse gajo, pá!

Já andava calado há uns tempos. Entre sexta e sábado encheu-me a caixa de mensagens, ligou-me, berrou e deu-me um soco no estômago. Filho de uma grandessíssima vaca, essa merda doeu!, apeteceu-me dizer-lhe. Mas não disse, porque ao Universo não se levanta a voz.

Ao domingo de manhã

só se vêem bicicletas na rua, equipas inteiras de ciclistas.
Em minha defesa, tenho a dizer que dancei toda a noite.

Dois em um

Octoverme das... quê, 7h30 de domingo?
I want to live like common people, I want to do whatever common people do
I want to sleep with common people, I want to sleep with common people like you.
Octoverme das 7h32 de domingo:
You'll never live like common people
You'll never do what ever common people do

SMS às 9h da manhã

"Achas que o Universo só nos dá aquilo de que precisamos?"
Resposta dele:
"Inevitavelmente será sempre para o nosso melhor, mas é preciso aprender com os erros."
E depois dormi melhor.

Octoverme de sexta, aí pelas 6h da manhã:

Come on hide your lovers underneath the covers.
Ou a banda sonora perfeita: Arcade Fire - Rebellion (lies)

domingo, março 01, 2009

Na sexta percebi:

não há sítio melhor para ouvir música marada do que a Casa da Música.
Ou
A sala Suggia da Casa da Música é perfeitamente sinistra. Sentimo-nos como ratinhos de laboratório dentro de uma caixa com janelas, os observadores a passar lá em cima, nos lados. Mas sem sabermos que estamos dentro de uma experiência.
Ou ainda:
Pá, "música contemporânea" é código para "cada um toca para seu lado e matou-se a melodia", não é?