que isto de ter um Counter no fundo do blog resulta melhor se eu escrever de vez em quando. Pelo menos para quem, como eu, gosta de ver os números a crescer. (Grow, you little bastards!)
Então vou contar-vos a minha noite de ontem. Sem partes porcas, prometo!
Tudo começou quando, ontem de manhã, fomos ao mercado fazer as comprinhas da saúde. Que é como quem diz, comprar as coisas saudáveis que temos de comer como fruta e legumes e castanhas, que também é preciso. E foram essas mesmas castanhas que, junto com uma Jeropiga, nos deram a maravilhosa ideia de fazer um magusto moderno. Que teve mais de moderno do que de magusto? You tell me.
Convidámos uns amigos, outros mais apareceram, e as castanhas, ainda quentinhas porque abafadas à boa tradição da família Alves (e de todos os trasmontanos que se prezem, julgo), foram comidas entre amena cavaqueira e outra não tão amena, que as conversas são como as castanhas, querem-se quentes.
Vai daí, houve uma alma iluminada (sim, tu sabes quem és) que se lembrou de combinar ir ter com mais uns amigos a um bar, estando nós tão bem em casa e a chuva tão bem lá fora.
Como se sair da toca quentinha na pior noite de chuva deste Outono não bastasse, a tal alma iluminada decide também marcar o encontro num bar do qual desconhecia a localização.
Indicações como "É depois do Chapitô" e "Passas o Santiago Alquimista" e ainda "Estás a ver o Panteão" ou talvez "Não, tens de passar para lá da Feira da Ladra" não são, repito, não são um meio válido de chegar a bom porto, que era o que parecia que nos ia acontecer, tal era a molha que já tínhamos em cima dos ossos. (Eu sei, é estúpido sair de casa num noite de chuva intensa sem guarda-chuva. Mas também isso foi culpa de outra alminha que não eu, uma que estava de conluio com a primeira, decerto.)
Ora aqui estavam reunidas as condições para uma noite em cheio! E foi, porque o bar estava cheio, havia poucos bancos, os bancos eram de madeira, ao fim de algum tempo também os nossos assentos corporais eram de madeira ou pelo menos pareciam, o dono do bar mandou-nos calar variadas vezes "porque não se ouvia a música", a música era cantada por uns jovens cabeludos e era a razão pela qual nós éramos obrigados a falar mais alto, éramos muitos para jogar dominó, sueca, bisca, sobe-e-desce e ninguém queria jogar ao polícia e ao ladrão, really.
No meio disto tudo, eu ri-me como uma perdida, chorei e tudo, esgotei o capital de riso de uma outra menina* e consegui secar as calças no calor abafador do bar e depois molhá-las outra vez. Com o casaco que ainda estava molhado, com o casaco! Não me ri assim tanto.
Ficou combinada uma noite de Party** cá em casa, com a promessa de não sairmos, nem que o céu nos caia em cima da cabeça.
*Aqui no bom e tradicional sentido da Língua Portuguesa. Ou legalizam a prostituição ou começamos a chamar as vacas pelos nomes (no pun intended), que isto de não se poder dizer "menina" sem se pensar em outros sentidos é muito tonto.
**O jogo, não o sentido.