Este podia ser o título de um filme, mas não, é mesmo o que eu penso da minha rua. Parece que o meu prédio é a rara excepção de gente jovem, embora as idades sejam as mais variadas.
Já falei dos vizinhos da frente, sempre à janela (reparei há dias que ambos têm uma almofadinha para apoiar os braços quando se debruçam a ver a rua).
Não falei das inteligências raras que dão de comer aos pombos, sim, dão-lhes de comer e, preparem-se, fazem-no duas vezes ao dia! É como dar de comer aos ratos (que também já tive o prazer de ver, na parte ajardinada por trás do prédio).
Também me faltou falar da senhora que tem mais caniches que mãos e pernas juntos e os traz à rua sem depois limpar o serviço feito. Pior mesmo só o facto de sair do prédio dela, dar 4 ou 5 passos e voltar para dentro. Eu sei que o caniche é bicho de pouco exercício, mas as criaturas devem estar atrofiadas (algumas bem parecem).
Há imensos exemplos de que podia falar, como o da senhora, uns prédios abaixo, que está toda a manhã à porta, meio escondida. À porta do prédio, refira-se.
Mas o que finalmente me convenceu de que vivo numa rua geriátrica foi o número alarmante de vezes que vi cá uma ambulância do INEM. A última foi mesmo a mais espectacular, com direito a entrada em contramão e sirenes ainda mais estridentes e desesperadas do que o costume. Não sei qual foi o resultado, mas sei que vieram para a dona da recentemente aberta loja de flores e ervanária, assim mesmo. Mau agoiro ou pressão a mais?
Acho que morando numa rua assim é de esperar que morra alguém de vez em quando, mas fiquei levemente chocada quando, há uns meses, vi o anúncio na porta da mercearia (que não frequentava) relativo à dona da mesma. Ataque cardíaco com direito a autópsia, segundo o que ouvi ao passar por umas vizinhas do prédio ao lado.
Terá sido como no filme? O assassínio do Alto do Pina?
Ontem tive a sorte de apanhar esta pérola do Woody e recomendo que vejam a repetição hoje, no canal Hollywood, às 18h30. Se não forem uns desocupados como eu, vejam pelo menos isto. Gostei especialmente da parte em que o Woody diz à mulher (Diane Keaton) "It's no wonder, we live in the geriatric floor!" (citação não incluída na página, mas que deu origem a este post).
P.S. Esta semana ainda não houve visitinha do INEM. Keep your fingers crossed! (Pela saúde dos meus vizinhos, claro.)
Já falei dos vizinhos da frente, sempre à janela (reparei há dias que ambos têm uma almofadinha para apoiar os braços quando se debruçam a ver a rua).
Não falei das inteligências raras que dão de comer aos pombos, sim, dão-lhes de comer e, preparem-se, fazem-no duas vezes ao dia! É como dar de comer aos ratos (que também já tive o prazer de ver, na parte ajardinada por trás do prédio).
Também me faltou falar da senhora que tem mais caniches que mãos e pernas juntos e os traz à rua sem depois limpar o serviço feito. Pior mesmo só o facto de sair do prédio dela, dar 4 ou 5 passos e voltar para dentro. Eu sei que o caniche é bicho de pouco exercício, mas as criaturas devem estar atrofiadas (algumas bem parecem).
Há imensos exemplos de que podia falar, como o da senhora, uns prédios abaixo, que está toda a manhã à porta, meio escondida. À porta do prédio, refira-se.
Mas o que finalmente me convenceu de que vivo numa rua geriátrica foi o número alarmante de vezes que vi cá uma ambulância do INEM. A última foi mesmo a mais espectacular, com direito a entrada em contramão e sirenes ainda mais estridentes e desesperadas do que o costume. Não sei qual foi o resultado, mas sei que vieram para a dona da recentemente aberta loja de flores e ervanária, assim mesmo. Mau agoiro ou pressão a mais?
Acho que morando numa rua assim é de esperar que morra alguém de vez em quando, mas fiquei levemente chocada quando, há uns meses, vi o anúncio na porta da mercearia (que não frequentava) relativo à dona da mesma. Ataque cardíaco com direito a autópsia, segundo o que ouvi ao passar por umas vizinhas do prédio ao lado.
Terá sido como no filme? O assassínio do Alto do Pina?
Ontem tive a sorte de apanhar esta pérola do Woody e recomendo que vejam a repetição hoje, no canal Hollywood, às 18h30. Se não forem uns desocupados como eu, vejam pelo menos isto. Gostei especialmente da parte em que o Woody diz à mulher (Diane Keaton) "It's no wonder, we live in the geriatric floor!" (citação não incluída na página, mas que deu origem a este post).
P.S. Esta semana ainda não houve visitinha do INEM. Keep your fingers crossed! (Pela saúde dos meus vizinhos, claro.)
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