domingo, novembro 20, 2005

Parece

que isto de ter um Counter no fundo do blog resulta melhor se eu escrever de vez em quando. Pelo menos para quem, como eu, gosta de ver os números a crescer. (Grow, you little bastards!)
Então vou contar-vos a minha noite de ontem. Sem partes porcas, prometo!

Tudo começou quando, ontem de manhã, fomos ao mercado fazer as comprinhas da saúde. Que é como quem diz, comprar as coisas saudáveis que temos de comer como fruta e legumes e castanhas, que também é preciso. E foram essas mesmas castanhas que, junto com uma Jeropiga, nos deram a maravilhosa ideia de fazer um magusto moderno. Que teve mais de moderno do que de magusto? You tell me.

Convidámos uns amigos, outros mais apareceram, e as castanhas, ainda quentinhas porque abafadas à boa tradição da família Alves (e de todos os trasmontanos que se prezem, julgo), foram comidas entre amena cavaqueira e outra não tão amena, que as conversas são como as castanhas, querem-se quentes.

Vai daí, houve uma alma iluminada (sim, tu sabes quem és) que se lembrou de combinar ir ter com mais uns amigos a um bar, estando nós tão bem em casa e a chuva tão bem lá fora.
Como se sair da toca quentinha na pior noite de chuva deste Outono não bastasse, a tal alma iluminada decide também marcar o encontro num bar do qual desconhecia a localização.
Indicações como "É depois do Chapitô" e "Passas o Santiago Alquimista" e ainda "Estás a ver o Panteão" ou talvez "Não, tens de passar para lá da Feira da Ladra" não são, repito, não são um meio válido de chegar a bom porto, que era o que parecia que nos ia acontecer, tal era a molha que já tínhamos em cima dos ossos. (Eu sei, é estúpido sair de casa num noite de chuva intensa sem guarda-chuva. Mas também isso foi culpa de outra alminha que não eu, uma que estava de conluio com a primeira, decerto.)
Ora aqui estavam reunidas as condições para uma noite em cheio! E foi, porque o bar estava cheio, havia poucos bancos, os bancos eram de madeira, ao fim de algum tempo também os nossos assentos corporais eram de madeira ou pelo menos pareciam, o dono do bar mandou-nos calar variadas vezes "porque não se ouvia a música", a música era cantada por uns jovens cabeludos e era a razão pela qual nós éramos obrigados a falar mais alto, éramos muitos para jogar dominó, sueca, bisca, sobe-e-desce e ninguém queria jogar ao polícia e ao ladrão, really.

No meio disto tudo, eu ri-me como uma perdida, chorei e tudo, esgotei o capital de riso de uma outra menina* e consegui secar as calças no calor abafador do bar e depois molhá-las outra vez. Com o casaco que ainda estava molhado, com o casaco! Não me ri assim tanto.

Ficou combinada uma noite de Party** cá em casa, com a promessa de não sairmos, nem que o céu nos caia em cima da cabeça.


*Aqui no bom e tradicional sentido da Língua Portuguesa. Ou legalizam a prostituição ou começamos a chamar as vacas pelos nomes (no pun intended), que isto de não se poder dizer "menina" sem se pensar em outros sentidos é muito tonto.

**O jogo, não o sentido.

4 comentários:

  1. É verdade que chovia um bocadinho, que nos mandaram calar várias vezes, que andámos feitos loucos à procura de um bar...

    Mas ao menos ficámos a saber onde fica o Bar do Tejo... ou será Tejo Bar???

    Seja como for, quando não nos sentirmos muito bem ao ser bem tratados num outro lugar qualquer, já sabemos onde parar. Não é fácil arranjar um sítio em que o barman só consegue parar de encher o copo de cerveja depois de ter entornado três litros, e enquanto nos manda calar ao mesmo tempo.

    Parece que já o estou a ouvir: "Calem-se que não consigo ouvir a música!". É verdade que havia alguém a tocar (e a cantar), mas música não ouvi nenhuma. Eu, completamente borracho desafino muito menos.


    Beijos e abraços,
    Gama Franco

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  2. Pois, esqueci-me de mencionar os desafinados de preto...

    Mas tens razão, ao menos agora sabemos onde fica o Tejo Bar (ou Bar Tejo, who cares?) e onde podemos ir quando quisermos ser mal-tratados.

    Não reparaste que quando a L. foi pagar o dono queria levar-lhe 10 euros? O P. diz que devia ser por ele não ver bem... Desculpas, desculpas!

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  3. Ouvi essa história.

    Eu por causa das tosses pagava quando levantava a bebida. Mas para a próxima já sei... aplico a regra do "Beba 10 pague 1".

    Beijos,
    Gama Franco

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  4. E ela que esteve quase para não pagar porque com os morcegos cantantes não dava para chegar ao balcão...

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