quarta-feira, março 30, 2011
Razões
Não sei se é da Dilma e do Lula tão perto, da nossa própria revolução novamente relembrada (ainda que pelos piores motivos, porque agora já não somos capazes de a fazer - notem como me incluo, para não dizerem que não sou parte do problema) ou se é apenas da beleza intrínseca do Chico a dizer "pá" e a felicitar os irmãos do outro lado desse gigante Atlântico, mas esta música continua a arrepiar-me de cada vez que a ouço. Linda.
terça-feira, março 29, 2011
sexta-feira, março 25, 2011
Eu sou péssima com datas,
por isso não sei em que ano foi. Mas sete e três 10 e vai um, acho que foi em... 2007. Deve ter sido.
Portanto. Corria o ano de 2007, era Maio, e eu de repente vi-me esfomeada numa aldeia a sul de Portalegre (sul, sudeste, sudoeste, who knows, também sou péssima com a orientação) e entrei no primeiro restaurante que me pareceu decente. Numa inspiração divina, de certeza, decidi pedir um prato servido com migas, eu, a nojentinha-mor que não gosta de nada "esquisito" e tradicional. Não gostava, devo dizer, porque aquelas migas mudaram-me para sempre. Não há outra descrição, foi mesmo isso. Foram as melhores migas que já comi na vida. Arrisco mesmo a dizer que foram a melhor coisa que já comi na vida.
Mas esqueci-me completamente do nome da aldeia e do restaurante. As vezes que procurei aquilo, senhores, nem se acredita. Só me lembrava de ter ido ao Crato, mais nada. Ontem decidi insistir na busca e vi vários restaurantes alentejanos, ai que bonito e tal. E de repente, encontrei o site de um restaurante que me soava familiar, e assim que as fotografias apareceram, soube que tinha encontrado o restaurante certo. E quase chorei de emoção.
Claramente, tanta vontade de migas e tanta quase-lágrima, são sintoma de algo muito funesto.
quinta-feira, março 24, 2011
Migas
Na terça comovi-me quase até às lágrimas com uma parte de uma música que já ouvi sei lá quantas vezes, sentadinha no autocarro a caminho do trabalho. Nessa noite tinha sonhado (a cores, como sempre) com um funeral e três mulheres de preto, a filha do morto muitíssimo bem disposta e eu a pensar "queimaste a pipoca, pá", mas não disse nada porque mesmo em sonhos a gaja continua a ser minha patroa. Depois subimos as duas uma espécie de colina, tantas vezes que eu já subi aquela colina ou uma-outra-qualquer-parecida em sonhos, subimos e ela desapareceu, mas a minha preocupação eram as escadas de betão para descer, com uma inclinação de quase 90º, corrimão quase nada, e eu a ver que me estatelava. Ainda perdi uma meia-hora de vida a tentar saltar do fim da escada para a terra ao lado, todos saltavam menos eu, que mesmo em sonhos sou caguinchas com alturas. E afinal era tão simples, o chão estava ao nível do último degrau e foi só passar a perna por cima do corrimão. (Ah, isto explica tanta coisa, mas agora não temos tempo.)
Como grande final, pus-me a falar francês e esqueci-me que le si n'aime pas les R. Mérde!
P.S. Matava por umas migas, juro que matava.
Ao que isto chegou
Hoje disse a um colega de trabalho que estava à espera de uma amiga, para não ter de conversar com ele no autocarro.
sábado, março 19, 2011
Farta de gente parva
Cheguei à conclusão de que já não tenho pachorra para gente parva. Nem para "amigos" de segunda categoria. Lamento, para isso já dei. A quem lhe servir a carapuça, bom proveito.
sexta-feira, março 18, 2011
quinta-feira, março 17, 2011
Eu tenho um irmão lá em casa
Dorme no quarto ao lado do meu, se não me engano. É meu irmão porque os meus pais, num rasgo de inspiração abençoada, decidiram ter um rapaz antes de finalmente me terem a mim (à quarta é de vez).
P.S. Parabéns!!
Desde 2009 que não lhe fazia uma homenagem devida, o que está obviamente mal. Em dois anos, o que mudou? Nada. O irmão continua com humor de fazer rir as pedras e riso a condizer (há dias, num processo de recrutamento semi-estúpido, uma das perguntas era "o que a faz rir" e eu dei a resposta que já se sabe: "o meu irmão quando se ri" - desafio qualquer ser humano sem defeitos na audição e com vida cerebral a não se rir quando ele se ri), continua sem limites na inteligência (e é coisa que me deixa orgulhosa e invejosa ao mesmo tempo), mas infelizmente começou a ter juízo, que graças ao senhor intervala com momentos de puro delírio, como quando o acuso de não se interessar aqui pela yours truly e me responde "Never!". Ah, e começou a ligar o router sem eu ter de lhe pedir, abençoado.
Aqui ficam 3 desejos para este ano da tua vida:
1. que o Benfica seja campeão (não interessa quando, tá?);
2. que continue a haver muitos toucinhos do céu e tortas de claras para comer à cão;
3. e finalmente, o mais importante, que não tenhas de me aturar muito tempo lá em casa!
P.S. Parabéns!!
quarta-feira, março 16, 2011
Caros*,
Atingi a maioridade dos blogs. Que não é, como se julga, ser lido por milhares, publicar livros, arrotar postas de pescada em tudo o que é meio e formato e ir à televisão: atingir a maioridade dos blogs é propormo-nos a um objectivo e chegarmos lá.
Case in point: hoje percebi que nem eu percebo certas coisas que escrevi, ou porque na altura faziam muito sentido e não me lembrei que consigo ser hermética demais até para mim própria ou então tinha fumado umas cenas e já se sabe que nunca sai nada de jeito nessas condições. E tenho dito.
*Que é o que eu chamo à malta do trabalho nos emails colectivos, porque se me desse para lhes chamar o que penso, a seguir tinha de me levantar e desatar à estalada a todos, que uma pessoa quando abre uma comporta, abre-as todas.
Pára uma pessoa de ouvir o Thom
(ainda que momentaneamente, que para isso é que serve o || pause), o Thom Yorke que é quase como se tivesse renascido dos mortos e eu nem acredito que fez músicas novas, a voz dele é a mesma, mas a genialidade é outra, nova, melhor (new is always better), pára esta alminha de ouvir o génio que são os Radiohead, para ouvir isto.
Ó senhores, juízo, juízo é que eu queria.
Ó senhores, juízo, juízo é que eu queria.
terça-feira, março 15, 2011
Lição nº 1: Como saber se temos boas amigas (e amigos)?
A distinção é fácil de fazer: as que dizem "Parabéns!", são boas amigas. As que dizem "Ah, mas é definitivo?" merecem ser apagadas da lista de contactos do telemóvel e obrigadas a apagar o nosso número.
Excepções: comentários de "Joana à solta" são, obviamente, de amigas do primeiro grupo.
No top das coisas fantásticas de ter 30 anos,
está, evidentemente, o facto de, estando tão magra que se me vêem as costelas, sim, ali mesmo por baixo das maminhas que já quase não se vêem, continuar a ter uma amostra de pneu na barriga e nos ladeiros das costas.
É tudo muito lindo
Ir a casa de uma amiga, beber vinho que até tinha bolhinhas, tirar fotografias e falar até às tantas, mas ontem era segunda-feira e hoje estou, para além de morta, com tremores.
It's gonna be a beautiful day! (Not!)
segunda-feira, março 14, 2011
A beleza das listas é o check
Estamos em Março e já posso riscar 3 items da lista:
Exame - feito
Viagem - marcada
Concerto - bilhete comprado
E sai mais uma viagem, em Maio.
domingo, março 13, 2011
Sobrevivi!
Apeteceu-me chorar quando nos deram 5 minutos para transferir as respostas para a folha correcta, porque só faltavam 5 minutos para estar livre!
(Correu bem, obrigadinha, mas ainda estou exausta.)
Ode à FEUP
Ó FEUP grandiosa,
com os teus corredores quilométricos,
os teus cantos para gatos mortos,
as tuas luzes de casa-de-banho que só são accionados do lado de fora e se desligam mesmo a meio do chichi,
ilumina-me durante mais do que 45 segundos e diz-me porque não tens um único sítio para tomar café num sábado,
ou porque é que os teus elevadores só funcionam a partir da hora de almoço - não, espera, deixa lá, não conto voltar aí.
sexta-feira, março 11, 2011
As coisas que se aprendem a estudar
Enquanto pesquisava uma expressão em Inglês para um exercício, encontrei esta pérola. Reparem na preciosidade, na mínucia e no detalhe desta alminha. E há toda uma categoria dedicada ao tema. (It's probably what you'd call adding insult to injury.)
terça-feira, março 08, 2011
Negócios de porcaria *
"Acupunctura: queres perder peso ou deixar de fumar? 5 sessões por..." (não me lembro e agora não me apetece ir ver)
Não! Eu queria era que a acupunctura me fizesse alta e espadaúda e com cabelos cor de mel de vez em quando. Não vai dar?
*Achei que não devia dizer merda
*Achei que não devia dizer merda
domingo, março 06, 2011
@Essência do Vinho
Pensei que pelo meu copo ia passar mais vinho que pelas goelas de todos os romanos que já existiram, mas estava bem enganadinha. Felizmente (grande ponto de exclamação!), fui encaminhada apenas para os melhores brancos (fiquei a saber o que é um branco inox e um branco madeira, só finesse), os espumantes tão bons que um deles até parecia champagne, os verdes mais recheadinhos e depois, depois, ai depois... Depois os vinhos do Porto. "Eu não gosto de vinho do Porto" deixou de fazer sentido - eu não gosto é de cooking sherry!
Digo Quinta dos Malvedos Vintage de 1999 e volto quase a sentir a amora, não, a framboesa e a amora de amoreira, a folha de figueira, o ramo de videira, a terra quente e seca e húmida por dentro, tudo junto, sem patadas no fundo da boca, só vontade de beber mais.
sábado, março 05, 2011
Tanto bem e tanto mal
Os bilhetes perderam-se no correio e o que parecia mau afinal foi bom. Fui ter com ela para me dar outro que conseguiu catar, benza-a deus, e falámos um bocadinho de tudo e de nada e depois de muito. E de repente, não sei se deu para reparar, apoderou-se de mim uma vontade enorme de chorar, não pelo que tinha acabado há minutos, mas porque comecei a rodopiar outra vez, à deriva, andei à deriva e agarrei-me a uma bóia a pensar que era terra firme. Dói ser tão burra.
Mas ouvi delícias, paguei finalmente a primeira multa de estacionamento que apanhei em 11 anos de carta (sou tão velha), comi um éclair (-continuo-a-achar-que-aquilo-leva-droga-para-ser-tão-bom), acalmei com a camomila e encetei o Conrad, que escrevia bem como o raio que o parta.
Amanhã blá blá blá durante 19 minutos e depois é vida outra vez, de copo de vinho na mão.
Só para vocês, um daqueles
Há uns anos eu estava perdida e pensei que me encontrava se fizesse Zazen. Assim que entrei no Dojo percebi que seria a última vez porque era tudo muito deprimente. As paredes brancas reflectiam o vazio que eu sentia, o turbilhão de gritos e dores, muito antes de tentar dobrar as pernas - e não conseguir - e pensar verdadeiramente que ia partir uma rótula porque tive de ficar assim mais de 20 minutos. Pensei que o sofrimento físico me aliviasse o outro, mas já devia saber que não, ora se resultasse, a malta que se corta andava aí feliz como um sino, verdade?
Lembrei-me disto tudo hoje, com um bolo de chocolate na mão, feito para uma colega que foi embora, a atravessar a Júlio Dinis, o sol na cara e a felicidade.
sexta-feira, março 04, 2011
Uma semana antes do exame escrito,
terça-feira, março 01, 2011
Miss World
I'm Miss World... 15 anos depois, a mesma música, numa cidade também começada por P, sem Torre Eiffel, mas com Torre dos Clérigos. Tanto tempo depois, the sky is violet.
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