Portanto. Corria o ano de 2007, era Maio, e eu de repente vi-me esfomeada numa aldeia a sul de Portalegre (sul, sudeste, sudoeste, who knows, também sou péssima com a orientação) e entrei no primeiro restaurante que me pareceu decente. Numa inspiração divina, de certeza, decidi pedir um prato servido com migas, eu, a nojentinha-mor que não gosta de nada "esquisito" e tradicional. Não gostava, devo dizer, porque aquelas migas mudaram-me para sempre. Não há outra descrição, foi mesmo isso. Foram as melhores migas que já comi na vida. Arrisco mesmo a dizer que foram a melhor coisa que já comi na vida.
Mas esqueci-me completamente do nome da aldeia e do restaurante. As vezes que procurei aquilo, senhores, nem se acredita. Só me lembrava de ter ido ao Crato, mais nada. Ontem decidi insistir na busca e vi vários restaurantes alentejanos, ai que bonito e tal. E de repente, encontrei o site de um restaurante que me soava familiar, e assim que as fotografias apareceram, soube que tinha encontrado o restaurante certo. E quase chorei de emoção.
Claramente, tanta vontade de migas e tanta quase-lágrima, são sintoma de algo muito funesto.
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