terça-feira, abril 26, 2011

25 de Abril Sempre!

Cantei a Grândola Vila Morena duas vezes, em pleno centro do Luxemburgo, e à noite ouvi-a pelo Zeca, num bar português. (Nós somos mais bolos, não é só ranchos.)
E agora fica a Liberdade, a letra da Carvalhesa, a vontade de nunca ter voltado. Vou-me embora.

quarta-feira, abril 13, 2011

Falta de sentido de oportunidade é:

ir fazer chichi no momento em que o avião passa por cima do centro de Paris.

P.S. Lux é igual a cafés, cigarros, Herdade de Esporão Branco, comida boa e, neste momento, muito muito muito sono, mas isso é das três horas que dormi ontem.

quinta-feira, abril 07, 2011

Certezas

Sempre soube que pior do que não ter o que se quer é não saber o que se quer, mas agora que é comigo, custa um bom bocado mais. Isto afinal era mentira, sou Cristina até à ponta dos cabelos, porque sei exactamente o que não quero, mas fuck me se sei o que quero.

segunda-feira, abril 04, 2011

Sexta

Chego a Lisboa com uns escassos cinco minutos para trocar de autocarro e fumar um cigarro. Podia ir à casa-de-banho, que já lá vão mais de quatro horas, mas uma pessoa tem de ter prioridades na vida.
Pergunto ao motorista se já está a sair, responde-me no maravilhoso cantar do Alentejo para onde vou que não, ainda tenho uns minutos. "Vou só fumar um cigarro, venho já, pode confiar." Pára a meio de meter a minha mala no autocarro, ri-se e diz: "Fumar um cigarro?! Ainda se fosse para ir à casa-de-banho, agora fumar um cigarro?!" A casa-de-banho aguento eu bem, digo-lhe já a caminho da porta, e ainda ouço "Ai, estas mulheres modernas...", mas naquela maneira tão linda de falar nada me chateia.
Volto três minutos depois e, ao dar-lhe o meu bilhete, compadece-se de mim: "Do Porto a Lisboa sem fumar, devia vir aflita!". Não tive coragem de lhe dizer que fumei em Fátima.

Lisboa continua feia

Prédios gigantes, feios, ruas escuras e os prédios cheios de luz branca e fria, feios. Às 22h há trânsito para entrar na cidade, na pior perspectiva possível, que é o Alto do Lumiar, feio, tudo cheio de carros, feios. O Eixo Norte-Sul com trânsito lento, feio. Até o Jaguar que vi a seguir a Telheiras (prédios feios, tudo feio) era feio. A Praça de Espanha, feia. As ruas por trás da Praça de Espanha, feias. O terminal dos autocarros, de fugir.
E a sensação é a mesma, cheguei a casa que me serve como umas pantufas (ainda que feias). E é nisto tudo que Lisboa continua linda. Porque todos os prédios feios são Lisboa, a Lisboa de calçada branca, sol imperdoável, luz fascinante.
Continuo apaixonada.