"Olá! Que bom ver-te! Já tinha saudades tuas."
Aos bocadinhos.
quarta-feira, setembro 30, 2009
terça-feira, setembro 29, 2009
Prioridades
No domingo tomei banho, votei e depois fui às urgências porque cada vez me doía mais.
A médica que me viu deu-me antibiótico e anti-inflamatório e disse que não deve ser nada "se deus quiser". Estive para lhe dizer que 1. não acredito em deus e 2. se quisesse a opinião dele, tinha ido à missa e não ao SASU. Não disse. Tenho de rever as minhas prioridades.
A médica que me viu deu-me antibiótico e anti-inflamatório e disse que não deve ser nada "se deus quiser". Estive para lhe dizer que 1. não acredito em deus e 2. se quisesse a opinião dele, tinha ido à missa e não ao SASU. Não disse. Tenho de rever as minhas prioridades.
segunda-feira, setembro 28, 2009
Havemos de ir à bruxa
Sábado de manhã, o irmão leva o meu carro para a faculdade. Sábado à hora de almoço, o irmão liga a dizer que me assaltaram o carro. Vidro triangular do lado direito (para não ser sempre do mesmo lado), não roubaram nada desta vez. Nem o comando da garagem. Assaltaram todos os carros do parque. Participação na polícia, chamada para a seguradora, chamada para a empresa dos vidros, peritagem - a seguradora exige peritagens ao segundo sinistro num ano. (Em menos de dois meses, se formos precisos.)
Sábado à noite descubro um nódulo inchado e doloroso na virilha.
Sábado à noite descubro um nódulo inchado e doloroso na virilha.
sexta-feira, setembro 25, 2009
Do trabalho
O patrão pede-me para transferir 20 000 euros do banco usual para o banco que nos deu uma taxa de juro mais interessante, depois de confirmar que o gestor da conta não ligou. Pergunto-lhe o que devo pôr no descritivo da operação. Fica a pensar.
"Sei lá, ponha... olhe, ponha 'nha nha nha nha nha nha' ou 'o gerente do banco... da agência... não ligou'. Ou então ponha 'para a próxima liguem mais cedo'.", ao que eu começo a rir e só páro nas lágrimas. E ele atrás de mim continua e diz "ponha o que quiser" e eu escrevo ":p" e aí começa ele a rir-se e se não sou eu a limpar as lágrimas e a parar, ainda agora lá estávamos e a transferência por fazer.
P.S. Eu gosto muito do meu patrão, porque quando se zanga vai tudo raso.
"Sei lá, ponha... olhe, ponha 'nha nha nha nha nha nha' ou 'o gerente do banco... da agência... não ligou'. Ou então ponha 'para a próxima liguem mais cedo'.", ao que eu começo a rir e só páro nas lágrimas. E ele atrás de mim continua e diz "ponha o que quiser" e eu escrevo ":p" e aí começa ele a rir-se e se não sou eu a limpar as lágrimas e a parar, ainda agora lá estávamos e a transferência por fazer.
P.S. Eu gosto muito do meu patrão, porque quando se zanga vai tudo raso.
quinta-feira, setembro 24, 2009
Trimm, trimm
"Estou?"
"É o Ribêiro."
"Desculpe?"
"É o Ribêiro?"
"Não."
"Então quem fala??"
"Com quem é que quer falar?"
"Com o Ribêiro."
"Então enganou-se no número."
"Ah, desculpe, sim?"
E o tempo todo eu a pensar que era algum amigo meu a gozar com o Ribêiro.
"É o Ribêiro."
"Desculpe?"
"É o Ribêiro?"
"Não."
"Então quem fala??"
"Com quem é que quer falar?"
"Com o Ribêiro."
"Então enganou-se no número."
"Ah, desculpe, sim?"
E o tempo todo eu a pensar que era algum amigo meu a gozar com o Ribêiro.
Viso
Na estação do Viso estava uma mota do INEM com o condutor em cima.
Bigalhonas, aquelas coisas. E amarelas. Ainda bem que eu vinha de metro. Pena foi não ter reagido a tempo e tirado uma foto.
Bigalhonas, aquelas coisas. E amarelas. Ainda bem que eu vinha de metro. Pena foi não ter reagido a tempo e tirado uma foto.
quarta-feira, setembro 23, 2009
Tenho um telemóvel novo
E ontem tirei (finalmente) a película protectora do visor. Em termos de libertação? Melhor do que chorar.
segunda-feira, setembro 21, 2009
(de) Agradecimento
Apeteceu-me sentar no colo delas e chorar. (porque) As outras pessoas não percebem nada.
domingo, setembro 20, 2009
Setembro no Jardim Botânico
O ano começa em Setembro. A vida renasce em Setembro e a árvore japonesa que vi no Jardim Botânico ontem de manhã dizia isso mesmo. Entre o verde das árvores que desconheço mais profundamente do que pensava, senti que a vida recomeça sem ter acabado, não há tábuas rasas e isso é melhor, muito melhor do que pior.
Para a semana volto lá para ver só as árvores, tirar fotografias e cumprimentar a japonesa a quem já esqueci o nome. Descobri o Jardim Botânico do Porto. (E mais, muito mais.)
sexta-feira, setembro 18, 2009
quinta-feira, setembro 17, 2009
A culpa é do tempo de antena
Fui arranjar as mãos. Ando de botas e quando saí do escritório estava escuro e chovia e senti o Outono. Por isso e porque as minhas unhas me estavam a impedir de chegar ao teclado, sim têm bom aspecto, mas estavam enormes, fui arranjar as mãos. Enquanto era cortada, limada, ensopada, cortada, envernizada, o tempo de antena na televisão mesmo por cima de mim. E de repente vem uma tia com ar de alternativa e zen, de certeza no seu monte alentejano, e começa uma diatribe sobre o aborto e a clínica dos arcos e não sei quê que não percebi mas topei-a logo e remata-me com um "salvar vidas". Estava eu a ferver por dentro que o aborto já foi despenalizado, move on, gentinha complexada, sinceramente!, e saem-se-me com uma mensagem que era algo "neste tempo de crise é importante legalizar o casamento entre homossexuais... [pausa dramática da sonsa que lia o texto] e a adopção de crianças?". E pronto, em vez de começar a disparatar, porque eu falo com as mãos e disparato ainda mais com elas e lá se ia a manicure, ouvi a menina dizer "êssi dáqui é rósa, máis fica escurinho" e eu disse pode ser e agora tenho as unhas cor-de-rosa.
Agora mesmo na rua,
eu a fumar um cigarro e do outro lado, na estrada, está uma mulher junto de um carro parado. Ela está com cara de aflição, vulgarmente denominada cara de "ai que já fiz merda", mas só me apercebo disso quando vem o homem com cara de caso, vulgarmente denominada cara de "só faz merda, esta gaja", fala com ela, entra no carro e dá à chave. Ao que o carro apita de forma muito paneleira, pi-pi-pi-pi como se fosse explodir e depois cala-se. E o homem cada vez mais furioso, cara de caso etc. etc. a intensificar-se e eu pergunto-me: mas os homens acharão que nós vivemos para lhes estragar a vida? Os carros, os telemóveis, os computadores, a consola de jogos (nunca me aconteceu, mas decerto há alguém que o possa testemunhar)?
Os homens, benza-os deus, são muito básicos.
Os homens, benza-os deus, são muito básicos.
A afilhada
senta-se sozinha e está grande, cresceu tanto em comprimento como em perímetro cefálico. A minha mãe diz que ela tem a cabeça pequenina, eu digo que a minha mãe vem comigo à consulta de oftalmologia que tenho em Outubro. O papinho da afilhada também está grande e recomenda-se.
A bisavó fez o filho correr São Paulo inteira para lhe trazer uma boneca pretinha e olhem que São Paulo é enorme. A afilhada não achou grande piada à coisa e não valoriza minimamente o trabalho do tio-avô, porque grita e encolhe-se e afasta as mãos quando tentamos dar-lhe a boneca. Subornamo-la: pomos a boneca a dar-lhe um guardanapo, que ela esfrangalha com as duas mãozitas em menos de nada. Tocar na boneca ou deixar-se tocar por ela é que é uma fita, era o tocavas! Eu e a mãe dela rimo-nos até às lágrimas enquanto lhe chamamos racistazinha, mas ela não se demove - não gosta da pretinha, pronto.
Entretanto prometi-lhe que no Natal, em vez do calendário do Advento com 24 brindes, vou dar-lhe 24 guardanapos de Natal. Um por dia, para ela esfrangalhar à vontade dela. Desconfio é que, à velocidade com que ela esfrangalha, melhor seria dar-lhe 24 pacotes de guardanapos de Natal. Até que botasse sumo.
A bisavó fez o filho correr São Paulo inteira para lhe trazer uma boneca pretinha e olhem que São Paulo é enorme. A afilhada não achou grande piada à coisa e não valoriza minimamente o trabalho do tio-avô, porque grita e encolhe-se e afasta as mãos quando tentamos dar-lhe a boneca. Subornamo-la: pomos a boneca a dar-lhe um guardanapo, que ela esfrangalha com as duas mãozitas em menos de nada. Tocar na boneca ou deixar-se tocar por ela é que é uma fita, era o tocavas! Eu e a mãe dela rimo-nos até às lágrimas enquanto lhe chamamos racistazinha, mas ela não se demove - não gosta da pretinha, pronto.
Entretanto prometi-lhe que no Natal, em vez do calendário do Advento com 24 brindes, vou dar-lhe 24 guardanapos de Natal. Um por dia, para ela esfrangalhar à vontade dela. Desconfio é que, à velocidade com que ela esfrangalha, melhor seria dar-lhe 24 pacotes de guardanapos de Natal. Até que botasse sumo.
quarta-feira, setembro 16, 2009
Superfícies
Deitou-se no chão e chorou. No dia seguinte deitou-se novamente no chão, mas não chorou - e ficou triste.
terça-feira, setembro 15, 2009
segunda-feira, setembro 14, 2009
Dom
A meio do café, logo de manhã, mostram-me fotografias. Eu gosto muito dela e acho querido que me mostre estas coisas, mas não sou assim fã de ver fotografias, pronto.
Quando acabam as 300 fotografias do filho mais novo (bem fofo, por sinal) em poses diferentes, a televisão brinda-me com os Pulp, "Common People". You'll never live like common people.
Quando acabam as 300 fotografias do filho mais novo (bem fofo, por sinal) em poses diferentes, a televisão brinda-me com os Pulp, "Common People". You'll never live like common people.
Cosmopolitans
Quem disse que beber não é o melhor remédio? Especialmente se acompanhada da prima-irmã e suas amigas. A repetir, várias vezes.
sexta-feira, setembro 11, 2009
quinta-feira, setembro 10, 2009
Era uma vez... o serviço público
1ª Conservatória do Registo Predial da Maia. Entro e fica tudo a olhar para mim com ar de "e esta, que é que vem cá cheirar?", incluindo a única pessoa que está a ser atendida (fossem trasmontanos e eu jurava que era exactamente isso que pensavam). Ora eu cheirar não gosto muito, dado que sou anósmica, mas parece-me que para pedir uma certidão de registo predial eu estava no sítio certo.
"A menina é para quê?", atirado assim da secretária, logo a ver se eu por acaso ia pedir um café, que ela dizia-me logo que isso era no guichet ao lado.
Quando chega a minha vez, começa a festa. "É preciso a freguesia." Não basta o número da certidão, a inscrição, o licenciamento de obra, não. É preciso a freguesia. 30 euros por uma impressão de quatro páginas em letra pavorosamente minúscula e nem uma freguesia sabem procurar. Descubro a freguesia. É Maia. "Maia, Maia?" Não, senhora, Maia, Avintes.
"A menina é para quê?", atirado assim da secretária, logo a ver se eu por acaso ia pedir um café, que ela dizia-me logo que isso era no guichet ao lado.
Quando chega a minha vez, começa a festa. "É preciso a freguesia." Não basta o número da certidão, a inscrição, o licenciamento de obra, não. É preciso a freguesia. 30 euros por uma impressão de quatro páginas em letra pavorosamente minúscula e nem uma freguesia sabem procurar. Descubro a freguesia. É Maia. "Maia, Maia?" Não, senhora, Maia, Avintes.
quarta-feira, setembro 09, 2009
domingo, setembro 06, 2009
Parece
uma menina pequena, ri-se muito como os meninos pequenos quando estão nervosos e diz-me olha, vou bêbeda por tua causa. Rio-me. Passa a segurança do aeroporto e quando começo a avançar para o lado para lhe dizer outra vez adeus, a tristeza contida, ouço o meu nome aos gritos e tenho um ataque de riso ao vê-la à minha procura, muito divertida. Enquanto me rio das tontices dela, vou dizendo adeus com a mão e não sei qual é o momento, mas uma das vezes em que ela se vira para a frente eu começo a chorar e o resto do tempo correm-me as lágrimas soltas enquanto lhe digo adeus e até me rio do ar cómico dela, vai entrar bêbeda para um voo da ryanair e eu não sei como vou viver sem ela aqui.
sexta-feira, setembro 04, 2009
O filho da p... do sol
Sonhei com sangue. Havia sangue e estavam todos doentes no meu sonho. Acordei ao fim de quatro horas de sono com um peso em cima e só não chorei porque tinha de vir trabalhar e há que manter os olhos em padrões de inchaço e grandeza aceitáveis. Achei-me bonita ao espelho enquanto punha os brincos da mana, o que não sei se é uma indicação de que quatro horas de sono deixam a pessoa avariada ou se preciso mesmo de rever a graduação das lentes.
Depois tomei o pequeno-almoço no sítio do costume, ri-me com elas como de costume e quando saí do café, o sol. Estava lá e isso basta. O filho da p... do sol.
Depois tomei o pequeno-almoço no sítio do costume, ri-me com elas como de costume e quando saí do café, o sol. Estava lá e isso basta. O filho da p... do sol.
quinta-feira, setembro 03, 2009
Factos incompreensíveis da vida II
Talhos abertos às 9h da manhã. Eu sem pequeno-almoço, ainda dentro do metro, a ver que me vomito toda. E não tenho olfacto!
quarta-feira, setembro 02, 2009
Factos incompreensíveis da vida I
(Sim, vai ser recorrente. Habituem-se.)
Gente que tem cabelo que não fica oleoso quando sujo. Como raio sabem que têm de o lavar?
Gente que consegue fumar três cigarros por dia. Não há palavras.
Gente que tem cabelo que não fica oleoso quando sujo. Como raio sabem que têm de o lavar?
Gente que consegue fumar três cigarros por dia. Não há palavras.
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