quinta-feira, janeiro 01, 2009

2008

365 dias de um ano em perfeito estado e no 366º (eu sei dizer isto, e vocês?), que este ano foi bissexto, enchem-no de velho.
Deve ser assim como as placentas das grávidas. 30 e muitas semanas em perfeito funcionamento e depois, porque convém aos médicos ou porque cada vez mais as pessoas são mais burras, chega-se à 38ª ou 39ª semana e ai, jesus, que a placenta está velha.
Estávamos fartos de 2008? Pois claro.
Estamos esperançosos que 2009 seja um ano melhor? Com certeza.
Só não vejo motivo para maltratar o ano.
O meu avô tem 94 anos e não os fez ontem, não os ganhou de um dia para o outro. Só quem não estava atento não reparou.
Continuo a achar a passagem de ano a coisa mais disparatada que existe, pior ainda do que o Natal.
Ai, gosto tanto de toda a gente do mundo (do Bin Laden também? e do Sócrates?), desejo tantas coisas boas a todos, vamos ser tão felizes, ai, ai, come as passas, pede os desejos, e pronto, é isto.
Faz-me sempre lembrar a primeira passagem de ano de que tenho noção, teria eu talvez 6 anos, todos na Cerâmica, no salão de festas, muita correria e brincadeira e de repente pára tudo que se vai passar o ano.
E a minha indignação, olha que treta, eu estava a brincar!, mas tive de alinhar que todos os meus amigos de brincadeira, incluindo o meu irmão, estavam concentradíssimos nas badaladas e tentavam, ao mesmo tempo, explicar-me a importância do que estava prestes a acontecer.
E eu à espera de uma grande coisa, mudança de sei lá o quê, do ar, das pessoas, do mundo lá fora, e nada. "É isto?", acho que ainda perguntei.
Se não perguntei, devia ter perguntado.
Is that all there is?


1 comentário:

  1. Wow! E com a minha música preferida. Agora é que vou dizer "speechless" sem vergonha nenhuma. ;-)

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