quinta-feira, janeiro 31, 2008

Eu ainda tenho a chave

e ela diz-me:
enquanto tiveres de la ir
no dia em q trouxeres a ultima coisa deixas a chave la dentro e bates a porta

Favorite quote

"Pus limão na ferida, deitei-lhe uma pitada de sal e agora admiro-me que isto não seja tequila."
Unknown author

Ontem

Sweeney Todd

Sublime.
E depois sonhei com coisas que não me largavam.

terça-feira, janeiro 29, 2008

"Muda o assunto"

Como mantra nas entrelinhas, aparece-me como a frase mais frequente nos mails.
Convenientemente, nem sequer está relacionado.
Por isso mesmo, tão oportuno.
Seja.

Ontem


Ensemble, c'est tout

Se a imperfeição perfeita existisse, seria nesta forma de amar e começar uma vida a dois.
Depois estragam tudo com os bebés.
Ainda antes de entornar o caldo, a Camille consegue o feito invejável: pôr um homem a chorar às quatro da manhã, ou o poder nas nossas mãos.

Estou presa numa rede

numa armadilha do que deve ser.
É uma rede branca que não se vê quando não me movo, mas que me prende e sufoca quando me mexo. Aperta-me tanto que desisto.
Mas depois percebo que não é assim que funciona, a rede só me largará quando eu não parar de me debater, quando lutar para abandonar o normal, o conveniente e o confortável.
Cortei uma amarra e logo a seguir mais duas me prenderam.
Quanto mais me prendem, mais luto.
Luto até ao fim.

segunda-feira, janeiro 28, 2008

O mundo foge-me

e eu deixo. Fica pequeno e vazio e eu desisto, assim não vale a pena e já não há nada aqui para mim.
E depois recebo notícias inesperadas, sei de pessoas que não vejo há anos e o mundo volta a chamar-me, insiste, não desistas agora, vem brincar lá para fora.
Muito a medo, digo-lhe que sim.

domingo, janeiro 27, 2008

A esquizofrenia da RTP

O filme que eu mais queria ver esta semana e não tinha visto antes da morte dele, na grelha da televisão pública no sábado à noite como um bónus.
Por outro lado, ou direi, no outro canal, duas boas razões para adiar os cowboys.
Não pretendo que a programação fosse má num dos lados apenas para não dar pena e já sei que o mundo é de quem tem gravador de DVD, mas com tanto filme existencialista sueco, tanto documentário de 3h sobre a II Guerra Mundial, tinham de passar, quase em simultâneo, três filmes bons que eu queria ver?
Ganhou a lenda, claro, ainda que com mais de 45min de atraso.

sábado, janeiro 26, 2008

Às vezes basta pedir

Desço a rua - não há lugares.
Lamento-me e pedincho, arte por demais afinada em mim, vá lá, só um lugarzinho, estou tão cansada, preciso mesmo de dormir - ainda que a falta de sono fosse por uma semana de borga, era a sério.
Resigno-me à "marcha-atrás" do costume e, a meio do caminho, vejo o espaço lá ao fundo, o espaço que me garante sossego e uma noite de muitas horas de sono.

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Citação do dia

"Triste não é mudar de ideias.
Triste é não ter ideias para mudar." - Francis Bacon
Considerações:
Se o Francis for como o Kevin, também não tem um filme mau - neste caso, uma citação.
A acreditar nele, no entanto, muita inconstância haveria no mundo.
Há.

Bombocas

Agora chamam-se "Beijos" e são muito mais pequenas do que no tempo do Pai Natal do anúncio, mas continuam a tentar-me e só não me deliciam por completo porque já não as fazem tão boas.
Há uns anos, depois de abusar violentamente delas, fiquei correspondentemente doente e jurei que nunca mais as comia.
Depois o tempo passou, tiraram-me o apêndice e eu, fraca nisto das juras e promessas, sucumbi.
De cada vez que caio na tentação desiludo-me e penso que não valem a pena, mas passa muito pouco tempo até voltar ao mesmo.
Não valem a pena - mas neste momento estou a chorar as duas que restam na caixa que deixei em casa.

quinta-feira, janeiro 24, 2008

O italiano

conta histórias cruas e cheias de significado e eu entendo.
Falham-me umas palavras ocasionais e isso só aumenta o interesse, o mistério, o prazer.
Acho que está na altura de aprender uma língua nova.

Não interessa que as calças,

outrora justas, estejam a precisar de substituto um número abaixo e que o cinto tenha passado a apertar no buraco mais ao lado. Nem sequer interessa que a médica me tenha dito que posso aumentar de peso, se quiser (a mesma médica que me deu 22 anos - se calhar não muito fiável, mas adiante) - quando a balança diz que eu peso 57,3Kg, o meu cérebro grita "Que gorda!!".
Mais do que com os homens, as mulheres nunca estão satisfeitas com o próprio peso.

terça-feira, janeiro 22, 2008

A noite das bruxas

Na hora mais irreal da noite, quando as crianças dormem há muito e o silêncio se espalha, a cabeça aberta e conciliada.
Saio para a calma que reina nas ruas, como se fosse a única pessoa no mundo a ver tanta luz da lua, desligo as luzes e vê-se, como no campo.
O mundo em pausa, a energia reunida, o céu azul-noite vibrante.
Não foi um filme, mas tive a banda sonora perfeita a acompanhar-me até casa.

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Terapia


Sol no Porto, contra a SAD.

Que o luto se faça aos bocados,

eu entendo.
Só não entendo porque é que o bocado pior tem de vir depois.

E os laços familiares,

como é que se cortam?

quinta-feira, janeiro 17, 2008

É de muito mau tom

cantar o "My Way", verso "And now, the end is near" enquanto se arrumam as coisas na casa que se deixou?
E se for com muitos "Isto é meu!"s pelo meio?
Com a atenuante de estar sozinha, ok, que eu não sou uma completa...

Desenganem-se,

a felicidade não escreve livros.

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Que tipo de pessoa é que,

vendo M&M's caídos na parte de trás do carro, não só se enfia entre os bancos da frente e se contorce toda para os apanhar, como depois os enfia na boca, toda contente com o que apanhou?
Gozem, gozem, nunca comi M&M's tão bons!

O Alvaláxia

é a apologia dos cantos para gatos mortos em forma de centro comercial, já de si uma categoria pouco abonatória em termos arquitectónicos.
Espanta-me que neste país em que o desporto nacional é passear no shopping, aquele esteja tão vazio - mas se calhar isto explica-se pelo ar deprimente de todo o espaço e pela "livraria" que afinal é um quiosque ter disponíveis títulos sempre em voga como "O amante das caraíbas" da colecção Bianca ou Harlequin.
Eu só vou lá ver ante-estreias à borla.

terça-feira, janeiro 15, 2008

The ultimate English test

is speaking to your sister's boyfriend by MSN, especially if it's about a hot topic.
I had low marks, I'm sure - and he should know.

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Penso nos amigos

e, principalmente agora, nos amigos dos amigos.
Vejo como é bom deixar entrar pessoas (outra vez), conhecê-las e dar-me a conhecer.
E os Editors nos meus ouvidos
"Open your arms and welcome people to your town"
A minha aldeia está mais rica.

Não há nada para ver

Aceitar as coisas como elas são: não há sinais, pistas ou indícios. As coisas vão sendo, constroem-se, fazem-se.
O que devia ter sido e o que não foi não interessa.
Foi no momento certo? Podia ter sido mais cedo ou mais tarde? Podia, mas não foi.
O momento em que acontece é sempre o momento certo, porque é o momento em que acontece.
If something has to change then it always does.
Não há nada para ver.

Not a common person

Vestida para sair, make-up and all, do terraço dos meus pais vê-se a igreja a mexer.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Na conversa viperina com a minha irmã,

regra geral, uma pessoa extremamente bem-educada, mas que também os tem no sítio e aquilo quando lhe chega a mostarda ao nariz, cuidado!, nisso somos muito parecidinhas, benza-nos deus ou lá o que é,
eu conto-lhe um facto deveras chocante sobre uma pessoa
e ela reage
"ah, que puta malvada!"
Quase a ouvi a dizer isto, mesmo ali no gmail.
Ainda me estou a rir!
Segura-me o quarto que eu vou já! ;)

Porque é que não há mais gente a gostar de Fado?

Porque o Fado é difícil, é a literatura da música (contra a fotografia das artes), é sofrido, dá luta e é mentalmente instável. (Deve ser por isso que eu gosto tanto.)
Além disso a Cristina Branco não está suficientemente divulgada.
(Mas não se deixem enganar: ao ouvido tenho os Arcade Fire.)

Na terça,

depois do banho, bati com a cabeça na bacia.
Ela deve ter-se mexido e eu não estava a contar que estivesse ali, mesmo por cima da minha cabeça.
Hoje... decidi dar-lhe o espaço dela. Afinal, somos ambas adultas.

Antes das 7h30

toda a gente passa os vermelhos?

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Já que estou nisto da música

digo que ao oitavo dia do ano (e sim, eu vou parar com isto de me referir aos dias do ano por ordinais) e exactamente sete dias depois, volto a ouvir Interpol.
É tudo mais fácil com sol e céu azul.

Como é que se adormece a ouvir Arcade Fire

e se acorda a trautear as Doce?
Algures pelo meio dos meus sonhos, apareceram as três que resistem e, claro, eu fixei-me na gordinha e fiz filmes dignos de Hollywood à volta dela.
Cura? Não sei se há.
Como terapia, pus o Neon Bible no carro e repeti duas vezes a ironia do "No Cars Go", melhor pep talk em forma de música que conheço.

13000Km

Hoje, à chegada ao trabalho.

terça-feira, janeiro 08, 2008

Zazen, ontem

We shall see.

Numa mão, Cristina Branco

Na outra, Beatles.
Trauteio o Sgt. Pepper's e ponho o Perfil a tocar.
As minhas vontades são como o vento.

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Também ao quarto dia do ano,

muita gente na rua à noite.
Estranho. Depois lembro-me da lei.
É uma excelente desculpa para ir lá para fora, como diz a minha filha.

Ao quarto dia do ano,

cinema.
A Julia Roberts de volta com uma pronúncia estranha, suponho que os texanos sejam todos estranhos.
O Tom Hanks no seu melhor Newman. Elogio ao primeiro, insulto ao segundo?
In a nutshell:
"These things happened. They were glorious and they changed the world... and then we fucked up the endgame."
See here.

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Para não me esquecer

O que é nosso, a nós vem ter.

Depressa se passa de bestial a besta.

Eu sei tudo o que é preciso. Só que às vezes esqueço.

E a minha preferida, da minha autoria:

Aquilo que nos acordou para a realidade torna-se muito facilmente naquilo que nos acordou do sonho.
Não vale a pena e não falo mais nisto.

Quando tomo banho, pôr champô duas vezes é...?

a) imprescindível;
b) obsessivo;
c) sinal de que o litro de champô anda barato;
d) uma questão de cabelo;
e) prova de que tenho muito tempo livre, incluindo para escrever posts destes.

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Um Novo Ano

E sinto-me como se não dormisse desde o ano passado.
Resoluções, poucas, mas firmes.
A mais importante (e em repetição): release. And let go.

Da noite de ontem

Passou-se, missão cumprida.
E passou-se bem, expectativas superadas.
Agora voltem lá ao normal que eu quero poder ir ao Mutantes e aos Maus Hábitos e ao Plano B e ao 77 sem estrilho.

A meio da noite

Vejo a data no telemóvel.
Já cá estou.