segunda-feira, outubro 12, 2009

Provas para teoria

No Luxemburgo, percebo que não devo ter ar de portuguesa. Numa rua com uma mercearia portuguesa, um quarteirão com dois cafés portugueses e um supermercado em que muitas das funcionárias da caixa e ainda mais clientes são portugueses, é quase como se não estivesse num país estrangeiro.
No dito supermercado uma senhora aborda-me no corredor do papel higiénico e pergunta-me se falo francês. Respondo que sim, un petit peu. Com um sotaque cerrado, pede ajuda para encontrar um ambientador de casa-de-banho e, antes que se alongue mais na descrição, corto a conversa com um "a senhora é portuguesa?". Olha para mim com espanto e responde que sim, mas cala-se. Digo-lhe que podemos então falar em português, é mais fácil.
No avião da Luxair, o assistente de bordo português olhou para mim quando chegou a minha vez da sandocha e hesitou, sem saber em que língua me falar.
Ao aterrarmos, enquanto tirava as minhas coisas da bagageira, um casal de portugueses pediu-me, em francês, para tirar também a mala da senhora luxemburguesa com quem conversaram o voo inteiro.
Italiana?

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