sexta-feira, janeiro 02, 2009

Como tornar-se obsessivo-compulsivo

Diz o J. L. Pio Abreu em "Como tornar-se doente mental" que o objectivo é a preocupação com detalhes, listas, inventários e outros do género, perdendo a noção do propósito dos mesmos. (Por alto.)
Eu gosto de listas. Gosto de detalhes, mesmo dos que não se vêem - ou principalmente desses.
Aliás, na minha urna de recém-cremada quero que escrevam "Was a sucker for detail".
Não sei se tenho perfil de Martha Stewart (e os leitores mais atentos saberão que gosto pouco da mulher), mas gostava de ser uma Jamie Oliver. 
Cozinhar assados cheios de legumes, com sabores de deleitar qualquer um, desde o mais exigente gourmet ao fast-foodeiro empedernido.
Ou pastas cheias de tomate e geniais na sua simplicidade.
Sopas reconfortantes, sanduíches originais e suculentas, sobremesas deliciosas.
(Confesso que as sobremesas estão no fim da lista, detalhe de somenos importância.)
Se calhar isto é de não poder comer tudo o que quero, ou do período, ou de ter feito uma limpeza total, ainda que forçada, ao meu sistema digestivo, que resultou em que tudo me saiba a pedaços de céu, mas se me apanho com um livro do Jamie nas mãos, posso nunca mais ser vista fora da cozinha.
Para já, contento-me em salivar virtualmente.

2 comentários:

  1. Isso quer dizer que a Pi conseguiu comprar o livro e que tu estás a lê-lo por interposta pessoa? Tb te devo um, e já sei qual é.

    ResponderEliminar
  2. Isto quer dizer que a Pi conseguiu comprar o livro e eu abri-o e saltou-me o olhar para o capítulo dos obsessivo-compulsivos. Freud explica, embora seja claro como a água.
    Que livro me vais dar? O "Livro do Utente do Hospital Magalhães Lemos"? Lol!

    ResponderEliminar