Acho que sou uma campónia. No melhor e no pior sentido do termo, como queiram.
A cidade continua a causar-me espanto e confusão.
Os carros a meio da noite, as ambulâncias com as sirenes ligadas, a polícia em marcha de urgência.
O alcatrão a fazer uma cidade de brincar como aquela que tínhamos quando éramos pequenos, com passeios e curvas e mini-postes de luz.
Esta sensação intensifica-se quando, como ontem à noite, apanho obras nas ruas, o trânsito cortado (e eu sem saber muito bem o que fazer à minha vida porque já não conheço o Porto e confio, desde há mais ou menos um ano, nos caminhos sempre iguais que consegui entretanto aprender) e aquela máquina engraçada de rolo à frente e rolo atrás a nivelar o tapete de alcatrão acabadinho de assentar na faixa ao lado da minha.
Bote-me cá uma pra fazer os meus crepes!
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