sexta-feira, julho 09, 2010

Espelhos internos e outras reflexões

Sou menina para ver tudo negro quando as coisas não me correm de feição. E normalmente as coisas não me correm de feição, porque se há coisinha que ainda não encasquetei neste meu cérebro trintão (inicio na próxima sexta-feira o meu 31º ano de vida, atenção) é que não posso controlar o mundo nem as pessoas nele contidas. Assim mais explicadinho, não posso obrigar as pessoas a fazer o que eu quero, como eu quero. Nos vinte deparei-me com este calhau na estrada e devo andar à cabeçada a ele, porque ainda não o ultrapassei. E dói-me um bocado a cabeça.
Outra coisa que ainda não ultrapassei, e eu juro que queria muito, é a minha aversão a bichos. Encontrei uma lagarta verde, verdinha no prato do manjerico de São João (que resiste apesar das minhas investidas diárias de água) e sem saber bem como salvá-la dali (tinha casulo e tudo), acho que matei a pobre da bichita. Quantas vidas de lagarta terei de viver até expiar este pecado? (Já nem conto os mosquitos, melgas e moscas.) Parece que não tem nada a ver, mas tem - queria ser adulta para ser consequente, não matar bichos a não ser quando extremamente necessário (esses nojos que são as melgas e os mosquitos), e entender de uma vez por todas que desde que faça tudo ao meu alcance, o resto não é responsabilidade minha. Leia-se, controlado por mim.
Uma semaninha para crescer e sair do casulo, será que chega?

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