sexta-feira, abril 23, 2010

Uma das grandes vantagens (se as há)

de estar desempregada, é ler. Tempo para ler. Vontade de ler. Fome de ler. E depois os livros, claro. Dissocio as duas coisas, como convém a uma cabeça tão complicadinha. Ler e Livros. Dois prazeres. (Em tempo de vacas magras, até de prazeres, uma pessoa multiplica e desdobra as coisas para renderem mais.)
O único senão é que os livros acabam e a fome não. (Ainda um dia hei-de escrever sobre o fim, o meu ódio preferido. Em tudo, filmes, livros, cigarros, músicas, comida, o fim é sempre mal colocado, na minha opinião.)
Assaltar as bibliotecas dos amigos é delicioso. Mas na segunda vou inscrever-me na biblioteca.
A juntar a esta lista, pequeninas mas importantes coisas. Descubro um café muito agradável, perto de casa mas longe o suficiente para arejar a cabeça, com internet wireless gratuita, onde se pode fumar. Aprendo caminhos. Saio de casa. Ganho uma amiga.
(Vamos ver quanto tempo dura o anúncio...)

5 comentários:

  1. ola!parece que tivemos o mesmo pensamento e na verdade ate temos algumas coisas em comum neste post!hoje tambem eu pensei em me inscrever na biblioteca,deu-me uma vontade e como adoro livros e os devoro...ando a ler um delicioso!bjinhos

    ResponderEliminar
  2. Pena não se ter identificado, íamos as duas (os dois?) à biblioteca. :)

    ResponderEliminar
  3. E investir numas compras? Alguns desses clássicos deviam fazer parte da tua biblioteca, e a vantagem de serem clássicos é que se encontram muito mais baratos, a começar pelos alfarrabistas. E não me digas que estás desempregada: se podes continuar a pintar o cabelo (e a sonhar com isso), também podes dedicar parte do orçamento a estas despesas essenciais.

    Boas leituras!
    Beijos,
    I.

    ResponderEliminar
  4. Caríssima irmã, estive vai-não-vai para não só não publicar o seu comentário, como também para não lhe responder. Não devia responder a provocações, mas cá vai. Quem é que lhe disse que eu pinto o cabelo frequentemente? Anda mal informada. E, que eu saiba, sonhar não custa dinheiro. (Além de que eu, de facto, não controlo os meus sonhos. Gosto deles descontrolados.)
    Também não vejo a necessidade de comprar o que já tenho, ainda que emprestado. Calma lá, que ainda a procissão vai no adro.
    Beijos (ainda que amofinados).

    ResponderEliminar
  5. V. amofina-se por bem pouco.

    ResponderEliminar