Apenas o vermelho do cigarro aceso na escuridão e o som do trompete a envolvê-lo. Fá-lo pensar em cinzeiros cheios em mesas cobertas de papéis, garrafas, copos. Papéis rasgados, papéis escritos, cheios de palavras em catadupa que fluiram da caneta, garrafas vazias de cerveja e copos com restos de gelo e whisky, agora água e whisky. Uma noite inteira a pôr no papel tudo o que tem, era a mão que escrevia ou a caneta sozinha, ensinada? Não interessa, já não interessa nada porque a música acaba quando esmaga o cigarro no cinzeiro. Desliga o carro e sai. Será que ela está lá?
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