quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Lovesong

Ia dizer que foi graças a uma paixão no 8º ano que fiquei fã de Cure, mas lembrei-me agora que ele tinha era uma t-shirt que dizia Revolution, dos Beatles, e eu aprendi a letra da música numa tarde.
Seja como for, lembro-me que ele também gostava de Cure, o que me interessa muito mais para o post.
Eu andava no 8º ano e ele no 10º: perfeito, portanto, para os parâmetros de adolescente. Tinha uma vespa cor-de-rosa e era fofo até mais não. Acho que foi o único Zé de quem gostei na vida, se descontarmos o tio que eu adorava como sobrinha (e em quem penso muitas vezes). E nessa altura eu acreditava mesmo, como os Cure me asseguravam, que era possível gostar de alguém para sempre. (However far away/I will always love you/However long I stay/I will always love you/Whatever words I say/I will always love you/I will always love you)
Tenho saudades da Aval de Cima. Há dias passei lá, desvio a que não resisto sempre que me encontre perto o suficiente. Foi mais chocante do que no início. Pareceu-me apenas um regresso de férias, os carros na rua e a vida que continua a existir mesmo quando não estamos lá para a ver. Quase estacionei e peguei na chave com o F de marca. Acho que as casas se amam para sempre.

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