quinta-feira, julho 17, 2008

A minha sorte

é às quartas não haver operações stop.
Acordei cedo no meu dia de anos para ir ao Banco Alimentar.
Ao menos não ia sozinha, o que foi óptimo porque nos despachámos num instante.
A maior dificuldade do meu dia foi conciliar jantar de aniversário em casa com jantar de aniversário no Food, mas até isso se resolveu.
Não fiz nenhum dos meus dois bolos. Eram os dois óptimos!
À tarde estive na praia, soneca de barriga para cima, soneca de barriga para baixo. Que vidaço!
Um banho com água menos gelada que a de Carcavelos no domingo, as algas todas a boiar à minha volta.
Praia sozinha é para repetir.
Voltei salgada e feliz, jantei com a família. Bolo de laranja e noz com um 28 redondinho para apagar.
A meio, fui avisada pela filha/cozinheira-chefe que o meu bolo seria comido às 21h. Fui.
Quando entrei, tive pena de não ter jantado com eles. Estava lá o poço-fundo, puseram as mesas juntas e parecia mesmo um jantar de anos num qualquer restaurante.
Cantaram-me os parabéns assim que entrei (fico sempre sem saber o que fazer: canto também? sorrio e espero que acabem? bato palmas com eles?) e só depois trouxeram o bolo: bolachas mergulhadas em cevada com leite condensado, natas e ananás aos cubinhos por cima.
Cantaram-me os parabéns outra vez, pela quarta ou quinta vez nesse dia.
Pedi um desejo e mordi a vela.
Deram-me a escolher conduzir a carrinha, mas não me apeteceu.
Pouco havia para fazer, éramos tantos.
O Sr. Fernando estava a jogar dominó com um amigo, voltámos atrás para levar mais um prato.
Fui apresentar o Sr. Manuel a uma novata e uma que voltou agora depois de uns meses, estava sozinho mas o segundo prato não se desperdiçou: demos ao Sr. António.
Eu, por causa das coisas e porque já sei do que a casa gasta, cheguei-me à cabeceira dos "aposentos" do Sr. Manuel e falei com ele sempre a olhá-lo nos olhos. Ainda o vi levantar as calças, mesmo antes de se queixar delas, mas felizmente o meu ângulo de visão não me permitiu ver mais nada do Sr. Manuel.
Não posso dizer o mesmo das minhas colegas de viagem.
Fomos ao Aleixo, cujas torres vão abaixo em breve, segundo as notícias, já só havia iogurtes líquidos.
Ouvi a história de um ex-militar, ex porque esteve preso sete anos, esteve preso porque se meteu por caminhos duvidosos, tráfico e consumo. Mostrou-nos as fotografias da filha de 9 anos, os genes todos à mostra.
Depois regressámos pela marginal (o Porto é tão bonito), e quando tudo estava lavado, arrumado e limpo, Piolho.
Um brinde aos meus anos, um isqueiro suplente, duas bebidas oferecidas. E o fumo, o fumo.
Podia dizer que cheguei a casa muito Zen, mas acho que seria the understatement of the year.

Sem comentários:

Enviar um comentário