Gosto dos sonhos. Mesmo dos que me metem medo.
Quando acordo, é como se tivesse vivido outra vida, onde sou outra, às vezes mais forte, às vezes mais fraca, mas sempre diferente.
São pedaços de mim que estão cá dentro e se vão revelando. São pedaços que vão chegando, conforme se vira à esquerda ou se escolhe o vermelho.
Porque já não acredito que as pessoas não mudam e desconfio das teorias da personalidade.
Há bocados de nós em cristal cá dentro à espera de serem usados.
Em cristal ou em bruto? O que for.
Estão cá e nem sempre sabemos disso, mas são parte de nós e fazem-nos, neste todo que somos, maior que a soma.
"Pode alguém ser quem não é?" Não pode.
No sonho de ontem eu era âmbar escuro e destemida.
Foi um sonho mau e faz parte de mim.
Prefiro os sonhos doridos.
Sem comentários:
Enviar um comentário