quinta-feira, junho 15, 2006

Chove

como há muitos verões atrás, um em específico em que, no meu dia de anos, a trovoada era tanta que ficámos sem luz na aldeia da minha Mãe, onde eu passava férias.
O resto da família apareceu, quase disassociada, como sempre a sentia nessas férias na casa da Avó, com prendas e bolos. "Os Olhos de Ana Marta" e uma sensação melancólica de Outono implacável. Nunca gostei do Outono por causa disso. Era sempre a estação que levava tudo, acabava o Verão, as férias, os amigos.
Não me lembro de como li o livro sem luz, é provável que tenha sido uma falha temporária.

Houve outro ano em que uma trovoada nos deixou sem luz durante dois dias e meio. Foi quase como a anedota, tivémos de ordenhar as vacas à mão. (Mas ao menos havia palha para elas comerem!)
Os beijinhos eram mais fáceis de roubar às escuras.


A anedota é aquela do homem que tinha uma cabeça tão grande, tão grande, mas tão grande, que quando quis fazer um chapéu de palha, as vacas tiveram de comer pão com chocolate durante um ano.

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