sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Mecanismos do Corpo

Não adianta. Eu não quero perceber, mas a verdade está lá, escarrapachada. (Ah, palavra gira!)
Já devia ter percebido, aprendido e memorizado que eu e a Nutella somos incompatíveis (válido também para sucedâneos, imitações e variações, como croissants de chocolate), especialmente se a quente, como numa torrada ou num croissant/pão aquecido. Dá-me uma azia que é ver a Água das Pedras a desaparecer!
Devia estar agradecida, eu. Isto é o meu corpo a impedir-me de comer até ficar como uma bola ou mini-baleia.

Não, ainda não fui aos óculos. Vou agora que está a querer começar a chover outra vez, que eu cá é só inteligência.

Injustiça

Quer uma pessoa ir comprar uns óculos novos para meter nas bentas e está a chover!
E depois dizem que o português não estimula a economia, não estimula, e ela estagna. Mas quando está aqui uma pessoa prontinha a estimular, a estimular, chapéu! (Neste caso, de chuva.)
Manel, da próxima vez que deixares o meu guarda-chuva (sim, que eu sou do norte) no cabeleireiro, bato-te! Quero lá saber que sejas meu Pai.

Ah, já está sol. Não façais caso do mau feitio anterior, caros leitores.


P.S. Bentas, sim, em vez de "Ventas". Para começar, porque "Ventas" soa-me a "Fêveras" ou "Vilhete" em vez de "Bilhete". Depois porque ventas fazem os espanhóis. E terceiro, porque eu gosto mesmo é de deixar esta pronúncia asfixiada sair cá para fora pontualmente e dizer uns bês em vez de uns vês.
Agora que já não ando a asfixiar a córnea (ai, que confortáveis são as lentes novas), decidi não asfixiar mai'nadinha!

E se queixas tiverdes, ide ler esta menina e calai-vos. Lê-de-a na mesma, que ela merece!

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

O link

Afinal até podia linkar, e contrariamente ao que disse antes (tudo mau feitio), vou fazê-lo.
Já que não podem ler a crónica online, vão lê-la a ela online. Prometo que vale a pena!

P.S. Gostei muito! Parabéns, Catarina!

Estou

à espera de um mail que não chega (aliás, de vários) e já me fartei de esperar.
Vou mas é à rua ver se me actualizo na Psicologia! (Não sei se te posso linkar, por isso não linko. E mesmo que possa, não linko mesmo que é para aprenderes! Sei que vou adorar o que escreveste.)
Já volto!

O factor Aloe Vera

Aqui há uns tempos, refastelado na casa-de-banho a ler a sua Dica da Semana, diz-me o senhor meu amo. "Ó Joaquina, tu sabes o que é isto do Aloe Vera?"
Ao que eu respondi, criada educada que sou, "Sim, senhor meu amo. O Aloe Vera é assim um bento que bem e leba tudo!" Não, isto eu não disse, que faz parte de uma piada que além de private, é familiar. Retomando.
"Sim, senhor meu amo. O Aloe Vera é uma planta parecida com um cacto." (Educada sim, mas burrinha como um cepo.)
E diz ele, o meu amo, Dica aberta na página intrigante que anunciava miudezas de vestuário: "Mas para que serve?" e eu, toda contente por ele apelar à minha veia de médica-carpinteira de trazer por casa, desato a debitar.
Não contente com o meu conhecimento enciclopédico de bolso, ele volta à carga. "Mas porque é que estas meias [as tais da Dica] têm isso?" Aí, confesso, nem a minha sabedoria de curandeira de meia-tigela me valeu. E nem agora, noites e noites volvidas sobre o assunto, insónias desesperantes a remoer as ideias, me ocorre semelhante utilidade.
E vós, sabeis?
É que se não sabeis, ponde-vos a pau, que agora até metem daquilo nos iogurtes!


E o que eu me vou rir quando descobrirem que o Aloe Vera é o Flúor do século 21!

É mentira!

Diz este senhor, aqui neste post, que a largura de banda útil cá de casa é de 1,37Mbps.
É tudo mentira, digo-vos eu! Ora vejam.

Tecnologia: CABO
Velocidade Contratada:
2Mbps
Largura de banda útil: 1.91 Mbps
Pode realizar downloads a 244.34 KB/sec.

É preciso que se diga que o meu computador é maior que o dele, por isso se calhar rouba a largura de banda toda e ele fica sem nada...

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Excepcional

Para compôr o ramalhete que foi o dia de ontem, fui espreitar para um buraquinho e ler umas letras na parede. Depois mandaram-me ir a outro sítio, o das lentes mais pequenas.
Lá, ao primeiro buraquinho para onde espreitei, recebi a notícia. "Esta curvatura está toda trocada, toda trocada." E eu de óculos, para ter a curvatura direitinha.
Parece que ando há mais de 6 anos a asfixiar. Afinal não era a miopia a aumentar, era a asfixia. Espantoso é ainda ver...
Pertenço aos 12% da população mundial que não obedece aos 8,6. Não, eu sou mais acima, sou 8,9. Agora resta-me esperar pela encomenda, a ver se me adapto.
Nos entretantos, andar de óculos é bastante confortável. Respiro melhor, isso de certeza. Mas vejo pior, porque estão desactualizados. Ardem-me os olhos... Serão saudades das lentes?

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Detesto

que me adulterem o nome e me chamem Susana.
Infelizmente é mais frequente do que poderia pensar-se. Acontecia na escola, na farmácia, agora acontece até na lavandaria. No recibo da roupa que lá deixei diz "Joana", acabadinho de escrever, mas quando o recebo ouço um "Aqui tem, Dona Susana".
Não há explicação.


E logo eu que odeio o nome Susana...

O Martim Moniz,

as viagens de comboio, a família, os filhos dos outros, a obesidade infantil, as incursões por novas áreas, as insónias e o aniversário de alguém muito querido.
Um fim-de-semana cheio.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Acabei

de me matar a rir a ler a tradução automática que o Google faz do meu blog. É muito complexo para ele.

I'll probably have to start writing it in english as well, so my estranged relatives in the UK can take a peek. (You know who you are!)
Or I'll try to post more videos and photos, as those require no translation.

Cheerio, old mate!

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Tenho

as lentes sujas. Nada que saber, fossem elas lentes de óculos. Mas não são. São de contacto. O que quer dizer que estão dentro dos meus olhos, o que quer dizer que estão sujas porque tenho os olhos sujos, têm gordura porque tenho os olhos gordos.

Na sexta passada fui ao centro de saúde. (Sou uma chupista.) Ela deu-me uma caixinha (não tinham mais) e perguntou se me podia pesar. Assim num tom de "Se não levar a mal...".
Ele chama-me elefante, carinhosamente, na cama. (Não percebe nada de sexo.)
Se calhar há qualquer coisa que me anda a escapar, não sei.

Mas, para todos vocês que pensam que eu já não preciso de transportes públicos porque posso simplesmente rolar pela cidade fora, enganais-vos! Estou mais leve, as calças servem melhor (o raio das botas é que me estão maiores, um fenómeno) e, lá no gabinete da enfermeira, pesava menos do que estava à espera. (Não esquecer que estava vestida e calçada.)

Conclusão: a gordura das lentes? Estou a perder peso pelos olhos.



Não sei qual é o segredo, garanto.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

O vídeo


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Ora vejam bem o senhor a acenar.

Junk Mail

A Vera Passarinho, da ERA Mediação Imobiliária, responsável pela minha área de residência, quer ajudar-me a vender ou a comprar o meu imóvel. (O imóvel não é meu, será que o consigo vender mesmo assim?)
A IBS, Alumínios tem facilidades de pagamento, crédito até 60 meses e orçamentos grátis para marquises, janelas, portas, portadas e até traz uma receita de marisco no verso.
A Medi-Lux, Serviços de Saúde quer mostrar-me um plano de assistência médica e familiar. "Sempre a olhar por si", dizem eles.
Se as coisas não correrem pelo melhor, posso sempre recorrer aos serviços da Funerária Popular, "Nobel", aqui mesmo na minha rua. (How creepy is that?)

Isto tudo na minha caixa do correio, só de hoje. (Não vou falar do email, que já lá ganhei umas dez lotarias milionárias.)
E tudo porque alguém cá em casa gosta de ler os folhetos dos supermercados e lojas de informática.

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Baby's got a new blog

Ainda um WIP. Mas promete!

Margaritas,

Fajitas e Tequilla. Jantar no Mexicano, pois claro! Cheio de cores, luzes, ritmos calientes e boa companhia.
Mais uma vez, Parabéns!
Andale!


Mais um sábado bem passado.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

À pessoa

que veio aqui à procura de "Gajas de Águeda" há pouco mais de três horas, asseguro que veio bater à porta errada. (Irra, que não se pode dizer duas coisas sobre a cidade e enchem-me o mail e visitam-me o blog e pensam logo que sou de Águeda. Que praga!)
Haja chá!

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

No sábado,

cinemámos. Não era suposto, porque não se chega a uma sessão em dez minutos (mesmo sendo no Saldanha, mesmo sendo a 5 minutos de casa, mesmo tendo descoberto um parque fechado, seguro e grátis durante o fim-de-semana) e a sessão seguinte acaba tarde para quem só ia tomar um copo, mas fomos. Afinal, era o mestre! And he matched the expectations! Minto. Ultrapassou-as.
Eu gosto dos filmes dele com ele, mais as suas neuroses, verborreias e afins. Por isso gostei tanto do último que vi, com os palavrões dele, as loucuras, a obsessão.
Não estava nada convencida, ou melhor, receava um filme sem ele. Não gosto quando ele se mostra a sério, confesso.
Mas o que ele mostrou foi exactly what the doctor prescribed: a vida inglesa no degrau posh. (Desde o jardineiro que fiquei com vontade de mais Tessa.)
Já dissequei o que vi vezes suficientes entre sábado e hoje e continuo a ter (mais ou menos) a mesma opinião.
A saber:
- O irlandês parecia um americano a tentar fingir um sotaque british. (Para que se saiba, ninguém o faz melhor que a Gwyneth, opinião corroborada por um inglês de gema.)
- O irlandês meneava-se como um modelo, era algo irritante. Também era irritante a falta de jeito, as camisas grandes demais, a superficialidade. Suponho que na medida exacta do papel. (Afinal, ele é um zé-ninguém a tentar ser alguém e a fingir que chegou lá.)
- O irlandês era lindo.
- A Scarlett Johansson está boa, boa. (Opinião de 100% dos habitantes desta casa, note-se.)
- O filme é, numa palavra, unnerving. Enervante. No verdadeiro sentido do termo, no bom sentido do termo. Sai-se de lá com o coração inquieto, aos pulos, sem fôlego. Está sempre para rebentar a bomba.
Saí reconciliada com o mestre (de vez em quando temos umas querelas) e dei de caras com outra celebridade. No passeio direito de quem desce a Fontes Pereira de Melo, a ser entrevistado por uma qualquer rádio (ou tv?) estrangeira. A entrevista a decorrer em inglês (o homem fala bem, asseguro-vos) e eu pedi para tirar uma fotografia. Bichinho de atenções como é, sorriu agradado e assentiu.
Fotografei-o e filmei-o, que na sexta voltei a ter nas mãos a minha lindinha.
Ele acena a todos quantos buzinam, como ficou registado no meu vídeo. É o verdadeiro personagem. Eu diria mesmo que é o verdadeiro cavalheiro. Para combinar com o filme.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Bolachas

de chocolate. Desesperadamente. E o objectivo sério que se lixe (pelo menos esta semana)!

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Custa-me

estar sem escrever. A sério. Quanto mais o tempo passa ("mais hipóteses de desgraça") mais me custa escrever.
Chateiam-me os outros blogueiros (blogueiras, eu quase só leio mulheres) que não parecem importar-se com o blog e os seus leitores e não dizem pêva durante um ror de dias. Eu sou uma delas. Não mereço a confiança e a assiduidade dos leitores que aqui vêm, todos os dias, à procura de novas desta chungosa. (Insulto preferido da mana Pi, quase carinhoso. Gosto mais de "metes nojo aos cães", mas é muito comprido e ela cansa-se.)
A verdade é que me falta uma coisa muito importante, ou tem faltado, nos últimos tempos. E já nem falo do euromilhões. Falo da minha linda C800, que eu decidi sujeitar à lei da Gravidade. (E mais não digo, não vá a marca ler isto e recusar-me o crédito que acabou de me dar.)

Tenho, porém, algo a dizer para além de "Hoje vou buscar uma lindinha nova à loja!!".
Primeiramente, a neve. Fantástica. Já posso dizer que estava em Lisboa naquele longínquo 29 de Janeiro em que nevou por causa da vaga de frio do Norte da Europa. (Eu e mais uns milhões de portugueses.)
Confesso que saltei logo para o Norte da Europa e lembrei-me daquele nevão de Fevereiro em que, em pouco mais de duas horas, havia um metro de altura de neve à volta da minha casa. Verdade. Nevou incessantemente durante dois dias inteiros. Fez-me lembrar a minha infância em Trás-os-Montes, quando ainda dava para fechar as escolas, de tanta neve. E em vez do autocarro do infantário, éramos levados a casa num jipe da GNR, com os soldados a perguntar, botas até aos queixos, "E tu de quem és?", à falta de um mapa decente de filiação e moradas.
("- Sou da minha avó...
- E com quem vives?
- Com a minha avó...
- Mas onde vives?
- Na minha avó...
- E onde vive a tua avó?
- ..."
Eram diálogos frequentes, portanto.)

Ultimamente, tudo me lembra a Suécia. A neve, as bolachas de chocolate, os cogumelos no mercado. Não perguntem. A culpa é de um certo senhor, exilado na Finlândia (vizinho, portanto), que quase me convence a voltar para Estocolmo de cada vez que dá cá um salto. (Desconheço se este senhor tem blog, site, página pessoal ou coisa-que-o-valha. Descobrirei.)

Em novas mais numéricas (euromilhões, portanto), porque será que as pessoas, ao sugerirem números aos amigos para preencher o boletim, o fazem quase num murmúrio? Ó mulher, achas mesmo que tens a chave vencedora? (Se tiveres, parabéns. May all of your teeth rot and fall.)
Faz-me lembrar o Alexandre, pequenino, a ajudar o Pai no Totoloto, a dizer números. "Dois, quatro, cinco" e o Pai "Mais altos" e ele "DOIS, QUATRO, CINCO".
Nós preenchíamos um (dos muitos) que o meu Pai fazia no café da Estrela do Norte, depois do almoço de Sábado, acho. Talvez fosse sexta à noite.
Eu sentava-me em cima dos joelhos na cadeira ao lado do meu Pai e dizia números. Mais altos que os do Alexandre, porque eu era maior e sabia mais. E depois engolia as chicletes todas que a minha Mãe me dava, apesar dos avisos de "Não engulas, ouviste? Não te dou mais, se engolires.".
Aqui está, portanto, a vossa resposta, minhas senhoras.