quinta-feira, outubro 20, 2005

O post esquecido

Andámos de Santo António, que é a expressão que eu uso para comunicar à família de outras latitudes o evento churrasqueiro.
Andámos de limpezas e stress, a pensar como iríamos meter mais dez nesta casa que já de si é tão curta para dois (mas cheia de amor, olaré), curta felizmente para o fio do aspirador.
Andámos de compras recicláveis, que isto dos pratos de plástico dá-me volta à ecologia, e aproveitámos para completar o ramalhete com talheres e taças, a contar com a sobremesa deliciosa da I. E era de chocolate, o indispensável numa noite de excessos.
Depois de muito pó, fui transpirar para outras bandas (não, eu juro que não tenho comissão nenhuma sobre o banho turco) e relaxar, para ter forças para o stress todo de estar atrasada e ainda ter tanto para fazer antes dos convivas darem o ar da sua graça.
Felizmente correu tudo sobre rodas e com a ajuda de uma bebida, we were ready to entertain! Eu passei a noite de paixão com uma rodela de lima a compôr o ar exótico do copo. O engenheiro teve direito a martini com raspa de limão e tudo, refrescado regularmente durante a árdua tarefa de acender o grelhador (já cheirava a acendalhas no Areeiro) e porque os convivas não chegassem, achámos bem fazer nós a festa.
A casa encheu-se aos pouquinhos, sempre sob a atenta supervisão do casal do prédio em frente, já nos seus pijamas. Estando na varanda, a janela deles fica tão perto que quase se lhes pode tocar, e eu tenho a certeza que eles ouviram toda a nossa conversa.
A festa espalhou-se entre a varanda, para os fumadores, e a nossa sala engrandecida de espaço livre.

Acabámos por não sair, desanimados pela chuva miúda e animados pela diversão de ficar por casa. Foi um santo fora do comum e, por isso mesmo, tão mais saboroso. Foi o primeiro santo que anfitriámos cá em casa e foi tão bom!
Merecedor da recolha póstuma deste post, esquecido na lista dos rascunhos há tempo demais.

O próximo, só mesmo um Magusto. Mas isso são mais conversas de Tomar. Lá chegaremos.

2 comentários:

  1. Esqueceste-te de falar do vinho, que era do bom e do melhor!

    Beijos,
    Gama Franco

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  2. Pois, como eu não bebo disso... ;)

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