sábado, novembro 26, 2011

Anormal

Perante a possibilidade de chegar a medidas extremas, temo mais que não sejam tomadas do que se confirme a minha suspeita. E dica e intuição e feeling.
Desta vez foi tudo calmo, não perdi ninguém na praia (on top of it), não fui insultada, não estive mais de duas horas de pé, não estive. À distância é mais fácil, sim. Ou não, já não sei. Nunca é mais fácil, espantosamente, é sempre mais difícil. Porque nós, pelos vistos, também não aprendemos com os erros, também nos esquecemos.
O que estranho é que depois de saber que está tudo bem, vai correr tudo bem, só consigo pensar que amanhã tenho de ir ao Auchan e espanto-me com a lista tão pequena e tenho de ir vestir o pijama porque estou morta de sono e amanhã o dia vai ser grande e eu sei que isto quando cair vai ser com força, mas agora está tudo bem.

Olha, olha, vem aí. Ah, lamento. Estamos fechados, por favor volte amanhã a uma hora mais conveniente.

quinta-feira, novembro 24, 2011

Adenda

Gostaria de pedir publicamente as minhas desculpas pelo veneno do post anterior. Eu às vezes esqueço-me que o mundo é dos burros.

Sobre-qualquer-coisa

Estou farta de gente burra. Gente que atropela a língua, especialmente. Mas sobretudo gente que, ao ser corrigida, diz que é de propósito. Ah, 'tá bem. É de propósito sem propósito nenhum. Não há punchline, trocadilho, nada. Só um erro. E, a julgar pelo resto do post, não vai lá com o "conhecendo X como conheço". A saber, minha querida: "pôr" tem acento, senão é uma preposição designativa de várias relações; não podes dizer "viaja" e depois "chegam", a falar do mesmo sujeito - ou é singular ou é plural. E finalmente, o mais grave (para todos): aprendam de uma vez por todas a distinguir formas reflexas de simples conjugações verbais, porra!
Há gente a quem não adianta ter uma pele fantástica.

segunda-feira, novembro 21, 2011

Croma

Não sei se o cor-de-rosa é alguma tentativa de indirecta do meu subconsciente para o meu consciente. Se calhar é o inconsciente, o mesmo que me faz sonhar com a Place des Martyrs. C'est pas mal, quand même! Os mártires a azucrinar-me o juízo, a meio da noite - no sonho e na realidade. Hmmm. Acho que isto pede um momento de reflexão.
Bruce, Bruce, tu vas tomber...

sábado, novembro 19, 2011

Sou emigrante

Estou sozinha neste país desde sexta e até sei lá quando.
This is it, sou emigrante.

segunda-feira, novembro 14, 2011

Findel

O mal de não chorar no aeroporto é que depois passamos uma vergonhaça a chorar no autocarro, de volta à cidade.

domingo, novembro 13, 2011

Ioga

Lembro-me perfeitamente de uma época da minha vida em que conseguia atacar com a pinça o fundo da minha perna.

sexta-feira, novembro 11, 2011

Tão gira

No mundo das possibilidades, entusiasma-me mais a perspectiva de um emprego do que a perspectiva de uma relação. Queres ver que adultei?

quarta-feira, novembro 09, 2011

Low profile

Ninguém diria, pelo volume que a minha voz pode atingir, mas quer-me bem parecer que nasci para ser secundária. Lateral. Faço o mundo funcionar, nos seus limites pequenos que me confinam a vida, mas não faço nada que fique na história. Faço o jantar, a sopa, chego cigarros, cinzeiros, limpo cozinhas.
Diz o irmão que "Os mestres zen verdadeiros tinham empregos humildes e discretos, Ju."
Nem o "Ju" me anima por aí além.

terça-feira, novembro 08, 2011