terça-feira, agosto 31, 2010

Quanto tempo demoram 3 minutos a passar?

Muito tempo.

Hospital Distrital de Faro

Não estava incluído no pacote turístico de férias (era jacuzzi OU hospital, ainda não aprendi que não se pode ter tudo), mas decidi fazer uma ronda pelas urgências do hospital de Faro. Eu e a minha pulseira amarela esperámos 1h15 para ver o médico (muito dentro dos parâmetros normais) e depois só não foi a correr porque eu estava mesmo mal das costas e andava como uma condenada.
Bom, bom, foi estar na triagem com uma enfermeira que devia ser mágica, porque sentada conseguia fazer desaparecer o pescoço. (Vi-a depois de pé e confirmei, ela tinha pescoço.)
Tivemos então esta iluminada troca de ideias.
Enfermeira: Então de que se queixa?
Eu (queixinhas): Doem-me muito as costas.
Enfermeira (depois de muitas perguntas e com ar desconfiado): Ninguém lhe bateu nas costas?
Eu (com vontade de responder "Sim, com um pau!", mas a rir-me de sádica): Não.

Como é bom ir às urgências! (Isto é o Valium a falar.)

segunda-feira, agosto 30, 2010

Quando eu for despedida com justa causa

Direi: a culpa é da Lady.
(Não choro lágrimas pretas porque felizmente desisti há umas semanas de vir maquilhada para o trabalho. Retomarei quando a temperatura exterior for abaixo de "Vou-vos queimar vivinhos, seus filhos-de-uma-grandessíssima-vaca!")

De modos que é assim

Custa-me muito, muito, muito, mas mesmo muito dizer isto, acreditem. Custa-me. Não é só pelo Valium 5mg, ou pelas dores de costas, ou pelo calor que se faz sentir na área circundante a esta merda a que chamo (carinhosamente, que estúpida) "a minha secretária", não. Custa-me porque é chato, pronto. Mas porra!! Então eu que gosto tanto deles, moços tão jeitosos e trabalhadeiros, com os corações e os princípios e as prioridades no sítio (os tomates não sei) e, valha-me Nossa Senhora do Patrocínio e Nosso Senhor Jesus Cristo que lá ficou na sua sepulturazinha por nós (ok, estou a gamar do Eça, desculpem), e os gajos não distinguem Joana de Ana?? Sóces! Qual festa, qual autocarro, qual juventude. Não há palavras.

sexta-feira, agosto 13, 2010

Prémio melhor frase de sempre

1974: During her morning news show, Christine Chubbuck, a 29-year-old news anchor, announced "In keeping with Channel 40's policy of bringing you the latest in blood and guts, you are going to see another first. Attempted suicide." She then shot herself in the head with a revolver on live television.[12]

A saga acabou

Foi ontem, logo depois de mandarmos a negação embora. Depois de 3h de pé, saí para me rir com as manas e comecei a chorar a meio do primeiro ataque de riso.
Não há putas nem caralhos nem foda-ses suficientes para exprimir a minha raiva.

quinta-feira, agosto 12, 2010

Ah, foda-se!!

Amanhã vou de férias. Yaaayyyyy!

Em 1995

não tinha internet em casa. Mas falava francês como uma residente (um professor perguntou-me há quantos anos vivia em Paris) e atendia o telefone quando as monitoras da minha casa estavam a almoçar. Uma vez eram as minhas irmãs e eu respondi em francês, qual emigrante, a meio da conversa. Belos tempos.

A prova de que deviam tirar-me a carta

De notar que em 1999, passei no código com 3 respostas incorrectas, que era o limite máximo para aprovação. Agora não sei qual é.

A prova de que isto ainda mexe

Todos os anos há novos talentos no ciclismo. Até portugueses, imagine-se bem! Não sei bem porquê, mas isto dá-me alento não sei para quê: a renovação de caras, a superação de limites e recordes... Ou então preciso de dormir mais para ver se não tenho epifanias idiotas logo de manhã, no carro a caminho do trabalho.
A partir de agora, só epifanias inteligentes!

quarta-feira, agosto 11, 2010

As versões do Sudoeste (todas minhas)

SW pré-Beirut. SW durante Beirut: a felicidade a invadir-me. Só felicidade. Inédito, maravilhoso, mágico. SW pós-Beirut: meia-hora para encontrar o carro, para onde me dirigi no sentido de dormir e perder propositadamente o resto de Air (boooring) e Massive Attack (been there, seen that).
Para o ano só volto se fizer parte da organização. Não há pachorra.

sexta-feira, agosto 06, 2010

Elogio do desemprego

Tenho saudades de estar desempregada. Está uma pessoa muito bem refastelada em casa, a desempregar o dia todo (e às vezes à noite também), quando vem uma entidade empregadora pela calada e pimba!, tira-nos o desemprego. Este é um flagelo da sociedade actual de que muito pouca gente fala e eu acho mal. Por várias razões. Primeiro, porque sou do contra. Logo para começar, uma bela razão porque sim. Depois, porque eu estava muito feliz desempregadinha. Tinha tempo para tudo. Ia onde queria, fazia o que queria, era feliz e ainda me sobravam trocos para o tabaco. "Ah, e a realização pessoal, a independência económica, a construção da carreira?", dizem vocês. Tretas, digo-vos eu. Querem melhor do que poder ir para o Sudoeste na quinta-feira sem preocupações de trabalho e horas de saída?

A prova da superioridade deste blog

Ninguém lê esta merda.

A prova da inferioridade desta investigação

Conclusão oficial: "A Lua não tem água e é muito seca".

A prova da inferioridade de Portugal II

Volta a Portugal - toma lá 152,4Km e vai a pedalar de Aveiro a Santo Tirso no pino do Verão, com o sol a derreter-te a moleirinha. Para animar, podes sempre olhar para as meninas com guarda-chuvas gigantes d'O Jogo, que têm carinha de parvas e aparecem em background a sorrir muito em tudo o que é reportagem.
Dito isto, tenho saudades de quando o meu irmão me obrigava a ver tooooodas as etapas da Volta e eu o obrigava a explicar-me tudo, em troca.

A prova da inferioridade de Portugal

Em 30 anos de vida, nem um vislumbre de alguém sequer remotamente parecido com o Gael.

A merda nisto tudo

é que há gente que lo tiene mucho peor. E não, isso não traz consolo.

quarta-feira, agosto 04, 2010

Sangremos

A vida é madrasta, já se sabe. Ou então não sei, se calhar é mesmo verdade que uns são filhos e outros são enteados. Sangro por todos os poros a cada inspiração e não sangro o que preciso.
Às vezes apetecia-me mudar tudo, ceder, dar a outra pessoa. Toma. Não é grande coisa, mas é de boa vontade. Não, não precisas de me dar nada em troca, fico bem assim, obrigada.