Café favorito (claramente, uma óptima relação simbiótica), duas senhoras das que gosto de enquadrar na categoria «solteironas com alguma idade que querem fazer parecer que se bastam a elas mesmas, mas depois arranjam "animais de companhia" e só esta designação já diz tudo, companhia como em, de resto estaria sozinha, o que é bastante triste, mas olha, ao menos têm amigas, eu estava sozinha a comer por isso não posso falar e o melhor será mesmo calar-me, excepto para dizer o seguinte»:
Depois de muita conversa sobre onde é que ele já se põe e qual é o sofá que gosta mais e eu ainda a pensar que poderia ser uma pessoa, um filho adolescente ou algo assim, mas nesta fase não estou muito atenta, porque não sei se leram em cima, mas eram 20h e eu estava a comer pela primeira vez nesse dia, tinha acordado há hora e meia e se não percebem porque é que isso aconteceu, leiam o post anterior, agora não tenho tempo para explicar e isto é cada um por si, vá, ala que se faz tarde,
estão elas nisto e a que não é a dona está a ver fotografias e começa
"Ai, mas ele é mesmo grande"
altura em que eu, por muito ressacada que estivesse, ok, já percebi, é um animal, ninguém fala assim de pessoas. Ou por outra, se falassem, já este post estava escrito e olhem, está a demorar um bocado, não está?
Siga.
Dá-se o click, o click que normalmente me faz ficar mais atenta e ouvir com detalhe o que se diz mesmo ao meu lado.
E ouço:
(A dona) "Ele é muito expressivo, tem muitas expressões, muitas. Não dá para...
(A outra) "Pois, ficas..."
(A dona) "Olho para ele e não tenho coragem."
Ou as dificuldades de educar um animal.
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