sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Recuperada: No café

Na mesa ao lado da minha (e aqui um pequeno aparte para dizer como é bom poder tomar café com tempo, sem pressas, numa esplanada no meio de um jardim, ao sol), dois homens falam do carnaval do Rio. Pelos vistos, um lugar nas tribunas do Sambódromo custa qualquer coisa como 25000 euros.
Diz um: "Não achas um exagero?!", ao que o outro responde: "Um bocado..."
O primeiro volta à carga, agora num tom de quase desdém: "Aquilo deve ser uma loucura, distribuem preservativos por todo o lado, as mulheres meias despidas... Aliás, parece que elas são umas malucas, chegam ao pé de ti e despem-te. Mesmo! Mas é preciso ter cuidado, porque algumas..."
Passam uns segundos e ouço: "Mas até gostava de lá ir uma vez."
Jura?

Eu sei,

toda a gente caga. (Faz cocó, para os mais sensíveis.)
Mas quando um colega de trabalho que conhecemos há dois dias se dirige para a casa-de-banho e volta atrás para levar uma revista mais recente com ele, é difícil não ficar a pensar que, enfim...
ele foi cagar!

Ontem, na cama,

apercebi-me de que isto não é um botão de on e off: cortei o cabelo e perdi o cabelo comprido. O pânico durou uns milésimos de segundo, até me aperceber (também) de que não há nada a fazer e de que gosto mesmo de ter o cabelo mais curto.
Algo de muito errado se passa comigo, agora dei em aceitar a vida como ela é.

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

A pessoa que,

sendo embora pequenina, seja do Porto, tem pronúncia de adulto.

A minha canção do Variações

é, decididamente, O Corpo é que Paga.
(Em Ovar.)

quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Excepcionalmente,

hoje as conversas mentais tiveram interlocutor. Ou destinatário, que ele também não respondeu nada.

Pior

do que uma armadura, é o interior gelado. Ou seco.
Algo entre o cinismo e o cepticismo.

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Às vezes,

pior do que não poder fazer o que se quer, é não saber o que se quer fazer.

domingo, fevereiro 22, 2009

Gargalhada das 3h da manhã

Encontro duas amigas num bar, uma delas diz que tem uma coisa para mim e dá-me dois cartões de visita do seu novo gabinete de psicologia.
Eu: Estás a dar-me dois.
Ela: Eu sei, é de propósito.
Segunda amiga: É para filtros.
Eu: Para filtros nada, são para guardar! - enquanto reparo que o papel também não é propriamente o melhor.
Ela: Olha, sabes o que me disse um amigo? "Então fazes cartões em papel laminado? Isto assim nem para filtros dá!"

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Havemos de ir a Viana

Vocês não sei, mas eu vou hoje. Para a melhor das companhias (top5, pronto, não fiquem ciumentos), que já me disse que vou ficar ao lado dela no jantar e também "Vê como é que te portas hoje", cheia de medo que a prima dois anos e sete meses mais velha a envergonhe à frente dos amigos.
Eu porto-me como a tua prima fada-do-lar ajuizada, don't worry, disse-lhe.
Depende de ser ou não a designated driver, já que ela é a birthday girl, digo-vos.

No mínimo

Ao chegar a casa ontem à noite (tudo silencioso porque Mãe a dormir e irmão fora), por um acaso que se prende com a localização da caldeira (que eu pretendia ligar), entrei na cozinha e ouvi um ruído. (Fosse eu o trabalho e teria logo perguntado "O que é éta xom?"...)
Às escuras, vi as luzes do fogão acesas. Choque, horror, havia uma panela no fogão ligado! Tudo queimado, desligo o fogão e encho a panela de água. Eram onze e meia da noite.
Quando questionada sobre o mistério da panela, qualquer pessoa responderia "Ai, que me esqueci!!". A minha Mãe? Não, a minha Mãe não, há que ser original.
"Mãe, quando cheguei a casa o fogão estava ligado, a panela ficou toda queimada..."
Resposta: "Estava no mínimo."

Nos Disney DVD's

(e Disney Blu-Ray's, já agora), as Disney Princesas também dão Disney Peidos, especialmente quando estão com o Disney Período?

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

O trabalho

Um sol fantástico lá fora e ele começa logo a chorar assim que lhe digo que vamos à rua.
"Vua não!!", seguido de buáá com lágrimas. "Rua, é rua", digo-lhe eu, que ando numa de lhe corrigir a fala.
Desligo a televisão (que é onde normalmente o encontro quando chego), mais choro.
Mas levanta-se quando lhe digo "Vamos vestir o casaco" e, sempre a chorar e a dizer "A vua não" (rua, é rrrua), estica os braços para eu lhe vestir o casaco.
A mim dá-me vontade de rir.

E disto





O pátio do hostel.

Mas gosto ainda mais disto

Recantos agradáveis e pormenores cheios de gosto. No hostel.
P.S. Gostei especialmente das janelas tipo fenêtres. Lindas!

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Simbiose





Tocar os dois ao mesmo tempo.

Disto é que eu gosto no turismo




Recantos pitorescos e lojas cheias de charme.
Andar nas ruas e (tentar) perceber o dia-a-dia dos habitantes, as baguettes na mão, os passeios de fim-de-semana, os mercados, as lojas, a vida da cidade.

Coisas lindas que eu aprendi sobre Marselha

Igreja da Notre Dame de não sei onde vista do Forte de não sei quê

Forte de não sei quê visto do Forte de podióchamá-lo

Forte de Podióchamá-lo visto do monte de sabe-se lá onde

Idem, idem, wider view, mais acima no monte

Marina e cidade vistas de já não me lembro onde

Coisas chatinhas do turismo (em Marselha)





Ver carradas de monumentos, a maior parte deles igrejas, só porque sim.

A dança do muco

À parte a falta de olfacto (can you say anósmica?), esta chamada alergia que me acompanha para a vida não me chateia muito. Pó, pólen (já aqui o disse), gramíneas e o que mais vier, atchim e 'tá tudo. É pena não testarem as mudanças bruscas de temperatura. Aí é que ia ser ver o meu braço a inchar, a inchar.
Vem esta benesse de Primavera fora de tempo (pode ser bom, pode ser mau, como no conto zen), eu apanho três raios de sol na tromba e pimba!, entope-se o nariz, comicham-se os ouvidos e inflama-se a garganta. De modo que é assim, ando enjoada e entupida e cavernosa e pigarreenta desde domingo de manhã e hoje estava demasiado mal-disposta para aproveitar uma tarde de sol em dolce fare niente numa qualquer esplanada de Matosinhos, pode ser ao lado de uma saída de esgoto, sim senhor, que eu sou anósmica.

terça-feira, fevereiro 17, 2009

Acabei de receber

um pedido de amizade do parvo do hi5 de um idiota de 59 anos que tem a conta cheia de fotos de miúdas novas e, pelos vistos, não tem vergonha na cara.
Sinceramente, 59 anos?? Vou mudar a foto daquela porcaria.
Better yet, vou fechar a minha conta.

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

O perigo da pressa

"Ouvir dizer que o mundo acaba amanhã
Fui eu quem virou as páginas na pressa de chegar até nós"
Ornatos Violeta, Ouvi dizer

domingo, fevereiro 15, 2009

Há dias,

o trabalho estava a fazer uma birra gigantesca para dormir. Eu tinha ido ao café e cigarro na varanda, já que ambos os pais estavam em casa, altura em que me transformo na mais odiosa das pessoas para ele.
Quando voltei para dentro ouvi-o aos berros na casa de banho com a mãe, e ela já a perder a paciência com ele, nem dizia nada. Peguei nele, contra a vontade, o que é virtualmente impossível, e subornei-o. "Anda comigo, vamos procurar a tua chucha. Queres vir?" Parou de chorar o tempo suficiente para me entender, saltou para o meu colo e abraçou-se ao meu pescoço cheio de carinho, o que quer dizer que quase me estrangulava com o entusiasmo.
"Tu gostas muito de mim, não é?", disse-lhe a rir-me, ele a apertar mais e eu a pensar que 5 segundos antes estava louco no chão a espernear.
Enchi-o de beijos a caminho do quarto e deitei-o. Vou ter muitas saudades dele.

Dilema de substância

Quando nos marcam as vodkas a dois euros, em vez dos regulamentares cinco (seis, se for Smirnoff, que era o caso),
é hora de descobrir sítios novos ou é de aproveitar?

Na sexta, boarding on saturday,

disseram-me
"O teu blog é mesmo para mulheres." Tenho de calar a a., pensei eu.
e
"O teu blog está um bocado cor-de-rosa."
Eu gosto de cor-de-rosa, respondi eu a sorrir (foi antes da má caipirinha, ainda havia razões para sorrir).
Conclusões: esta cor aflige os olhos ressacados. E não sei quê.

sábado, fevereiro 14, 2009

A lata da minha Mãe

Foi para Trás-os-Montes e levou o creme dos olhos. Que é dela!
E agora gamo creme dos olhos a quem?

Passei a manhã a sonhar em stereo surround

Primeiro era o telefone que tocava, mas o sono era tanto que eu não quis saber. Não havia chamada nenhuma.
Depois ouvi a minha Mãe, que não está cá, a tirar a louça da máquina que, além de não estar cheia, não tinha lavado. E as forças para ir avisá-la que a louça não estava lavada? Viste-las!
Finalmente o telefone tocou mesmo, com a notícia que me fez repensar a decisão da viagem. Mas pouco, porque a dor de cabeça era demasiado grande e latejante para conseguir pensar muito.
Os copos ontem só foram três, mas incluíram a pior caipirinha que já bebi na vida ("Ó menina, isto não tem limas!" "Ahhh, pois não, desculpe." "Olhe, também precisa de mais açúcar...", que o travo impossível a cachaça era demasiado forte para começar a noite, "Ai, desculpe, esta caipirinha está azarada.", quando já se tinha acabado a sexta-feira 13, mas tá bem) e não sei, acho que estava calor.
Como cura, jantar de amigos na sala que podia ser o meu carro e olha, mais copos.

Antes de ir,

tempo ainda para um copo. Ou dois.

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Vou pra lá

Ver o Km 150, o sol do Reino Maravilhoso, a Serra de Ala e o Avô, razão principal de tudo.

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Ainda não tinha três anos

e viu morrer-lhe a família toda na mesma semana. Foram a enterrar no mesmo cortejo.
O primeiro a ficar doente, com a gripe pneumónica que vitimou quase 30 pessoas na aldeia, foi o único que sobreviveu. Quando as pessoas entraram em casa para ver a mãe morta, o pai, já quase a ir-se também, pedia a todos que não lhe pisassem o bebé, que estava atrás da porta. Era o meu avô.
A mãe, mais a bebé de 6 meses que trazia na barriga, o irmão mais velho, Luís, e depois o pai, morreram. Só morriam os novos - os meus bisavós teriam pouco mais de 20 anos.
A imagem mais dura de toda a história era contada por uma vizinha da família, a Tia Prazeres, que se lembra dele à esquina da casa a chorar depois do enterro.
Ficou com uma tia que vivia numa aldeia vizinha e viu os bens a serem-lhe tirados, um a um, colchas de linho, fios de ouro, terras, animais, pelo tutores.
Pouco depois de fazer 10 anos chamaram-no para trabalhar noutra aldeia, a alguns 10km de onde vivia numa casa cheia de gente e de fome, mas com tanto amor que, passados poucos dias, ele fugiu com as saudades. Voltou para o patrão sob uma condição: um saco de trigo para a tia poder fazer pão para os filhos.
Toda a minha vida o conheci de poucas mas acertadas palavras. Ao contrário do que seria de esperar, foi sempre bem-disposto e piadético. Acho que as gargalhadas ainda sabem melhor assim, quase roubadas, a graça inesperada.
Quero lembrar-me sempre dele assim ou, pelo menos, acabado de se queixar de uma dor na perna, quando estava internado, a dizer-me "Estou capaz de dar uma corrida".

"Os homens são parvos que se fartam"

Couldn't agree more.

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Desvio

Ontem, à vinda para a explicação de inglês (pelos vistos não sei tudo, ahahah), efectuei um pequeno desvio de ordem emocional: ver o liceu a hora de aulas.
Se calhar isto não é igual para todos os meus antigos colegas de casa, mas nem sempre consegui (ou consigo, ainda) separar a casa da escola. Ver a escola, mesmo em tempo de férias, era como ver a casa, como estar em casa.
Tive vontade de entrar e ir ao pavilhão C ver se ainda estava lá a Dona Emília.

No planeta Arret, do outro lado de espelho

As pessoas são comprometidas por definição, ouvindo-se muitas vezes a pergunta "quando é que ficas solteiro(a)?" entre amigos.
O dia 14 de Fevereiro é um dia clandestino, não há cartões com grandes corações vermelhos e ursos de peluche a dizer "I Love You" nas montras das lojas, mas abundam os cartões inscritos de "Vou deixar-te" e "Até nunca!".
Ser um casal, no planeta Arret, e sair para jantar fora, de mão dada, ou tomar café e beber um copo, não é socialmente bem visto. Jantar fora em mesinhas de duas pessoas, restaurantes cheios, tudo a pares, não se faz.
Mas há um sentimento de frustração e rebeldia social a despontar...

When I grow up I want to be a detective

Mais do que jeito para lhe ensinar inglês (as barbaridades que se escrevem nos livros escolares, minha santa Barbara Cook!), a verdade é que consigo descobrir tudo.
Não tenho olfacto, mas tenho faro.

terça-feira, fevereiro 10, 2009

Cinco minutos depois

de sairmos de casa, "o banco, tou 'xado".
Ora abóbora, puto, então eu trago-te à rua a ver se gastas as energias para as birras e já te cansaste? I will have none of that, quis informá-lo, mas receei causar-lhe traumas profundos irreversíveis.
Vamos correr?, aliciei.
Tu 'panha-me e eu fujo, foi a sugestão dele. (Coitadinho, ainda não sabe atribuir a ordem das coisas.)
Pensei no que poderia dizer-lhe para o assustar e fazê-lo correr à minha frente e, embora gritar-lhe "tu nunca me ouves, não te interessas pelo que te digo, não queres falar de sentimentos, casa comigo!, vamos ter filhinhos, apanha a roupa do chão, não sou tua criada!" me divertisse muito mais, optei pelo simples sopro de lobo mau.
Nem sabes o que te espera, puto.

estás enganada

(desta vez fui eu que puxei conversa)
hãn? (já perdi a conta às vezes que lhe disse não digas hãn?)
cheguei à conclusão que estás enganada em relação às nossas fases.
ai sim? (ar de convencida) então porquê? (ai, aquele sorrisinho irritante)
porque, minha querida (eu também sei fazer isso, com quem é que achas que aprendeste?), nós vivemos sempre lado a lado. maria-rapaz com maria-fada-do-lar que gostava de cozinhar no lume nas panelas de brincar e de fazer tricot.
ah... não me lembrava.
lá está, és de memória curta.
depois ela amuou, de beicinho perfeitamente formado, e fechou-se no quarto - tenho uma adolescente.

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Da sondagem efectuada

conclui-se que os homens é que são burros. E que a misogenia grassa neste país e é tão contagiosa que até feministas puras como eu se põem a fazer sondagens parvas para se esquecerem que têm um cigarro apenas e não têm como ir comprar mais, que o pai do trabalho (que dorme a sono solto) não veio almoçar.

olha, vou-me embora

ele anda a sentir-se negligenciado
e eu n posso perder o único gajo da minha vida que me deixa ficar em cima dele o tempo que quero, nunca se importando a q horas chego ou com quem estive
e nunca me acorda qdo estou a dormir

(O casamento entre mulheres e sofás será permitido?)

Black something


Lullaby, The Cure
Fits the mood.

sábado, fevereiro 07, 2009

sabes?, estive a pensar

(voltámos ao mesmo, pensei eu) ai sim?
sim. isto é assim uma espécie de luta, às vezes fico eu por cima, às vezes ficas tu.
(alusões a sexo lésbico? agora é que se passou mesmo!) como assim?
então, em miúda eras maria-rapaz, corrias tudo com o teu irmão e os amigos dele.
verdade, belos tempos.
ainda não acabei!
ah, desculpa. (mau-feitio)
na adolescência (e olhava-me com aqueles olhinhos semi-irritantes de "ai atreve-te a abrir a boca que eu digo-te" e eu calada) eu ganhei, felizmente., toda contente a gaja.
ah. então e agora?, perguntei eu assim que vi que ela tinha finalmente acabado.
agora não sei.
brilhante, doutora watson.

Estava sempre a dizer-me

"Sim, eu estou bem. A sério, estou óptimo." Nunca se permitia mostrar o que sentia, o que lhe passava realmente na cabeça, o estado em que estava. Alguém, algures, o convenceu de que tinha de representar sempre aquele papel, estar bem. Ou ele convenceu-se a si mesmo.
A exposição era para quadros. Ele estava bem. E assim continua.

Reggae Roots II

É bom ver que as pessoas não mudam. Crescem, arranjam trabalho(s) e não ficam paradas no tempo, mas não mudam. São sempre elas mesmas. Pessoas muito iguais a si próprias.

Reggae Roots

Ontem comemorava-se o aniversário do Bob Marley.
E eu só conseguia lembrar-me do Sudoeste, de Sagres, o pó, o cabelo transformado em rasta integral, a vida muito mais simples. Sem copos de vinho altos e mesas postas com atenção ao detalhe, mas uma vida muito boa (também).
Desejo tardes de sal na pele e o calor do sol a aquecer o meu copo de vinho de pé alto.

Click das 22h30 (ontem)

Na escala dos dias, o de hoje foi bom. O trabalho correu bem, fez chichi quando devia, dormiu sem história (e sem birra) e, de um modo geral, esteve-se bem.
E que melhor depois de uma entrevista do que beber minis e estar com a amiga para festejar?

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Anda, olha ito!

No Panda está a dar um vídeo foleiro de uma loura desenxabida e dois bebés gordos a cantar o "Joana Come a Papa" com voz de putos. Ele chama-me para ver, todo contente porque reconhece a música que eu às vezes lhe canto.
Eta é tu, ete sou eu, diz enquanto aponta a loura desenxabida e um dos bebés gordos.
Eu não sei além do 4, 5, 6 era uma história de reis e uma colher de papa, mas aquele 16, 17 mais uma pinga no babete não me convenceu.

O amante das sibilantes

Gostava tanto das sibilantes que se demorava a libertá-las dos lábios, numa espécie de beijo prolongado no pescoço.

Et Lady Di,

vous croyez qu'il vont faire la même chose pour Lady Di?
revisto e corrigido

Masoquismo(?)

Notify Blogger about objectionable content on this page.

Armazenar para o Inverno

Ou o tempo muda, ou vou ficar redonda não tarda.
Ou (ainda)
Não, isto não são avelãs dentro das minhas bochechas.

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Quando o telefone tocou de manhã

eu confesso que ao início não reconheci o som. Aliás, tão embrenhada estava no sono que até me deixei dominar por sentimentos de afecto pela música do telemóvel. "Ai, que lindo que ele é", pensei eu antes de acordar finalmente e perceber que o filho-da-mãe estava a tocar e era preciso atender.
Do outro lado, a Madrinha. Sabes do teu Pai e outras que tais. Liguei-lhe e também o acordei, coitado. Depois a preguiça foi muita para me levantar, ir buscar o telefone de casa e ligar à Madrinha a dizer tudo ok, Pai estava a dormir.
Quando lhe liguei finalmente, enquanto tentava vestir-me para o trabalho, não sei como entrámos em conversas profundas e foram 17 minutos que eu gostava que pudessem ter durado 17 horas. A reter, a frase mais bonita dos últimos tempos: "Eu quando estou ao vosso lado, não tenho dores, não tenho preocupações." De alguém que nos ama a sério, claramente.

Coisas lindas que se aprendem a ver o Panda


Dragon Hunters - soundtrack by The Cure

Gostava tanto de acreditar em coisas que não acredito

me: n vejo padrão nenhum
mas eu preciso de mudar de lentes
(e o tio Zé, achas q, sendo possível, ele sabe que pensamos nele?)
Mana: acho que ele nao sabe
mas eh imortal nos momentos que o recordamos
Eu queria mesmo acreditar que sim, pelo meio das lágrimas nos olhos.

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Lovesong

Ia dizer que foi graças a uma paixão no 8º ano que fiquei fã de Cure, mas lembrei-me agora que ele tinha era uma t-shirt que dizia Revolution, dos Beatles, e eu aprendi a letra da música numa tarde.
Seja como for, lembro-me que ele também gostava de Cure, o que me interessa muito mais para o post.
Eu andava no 8º ano e ele no 10º: perfeito, portanto, para os parâmetros de adolescente. Tinha uma vespa cor-de-rosa e era fofo até mais não. Acho que foi o único Zé de quem gostei na vida, se descontarmos o tio que eu adorava como sobrinha (e em quem penso muitas vezes). E nessa altura eu acreditava mesmo, como os Cure me asseguravam, que era possível gostar de alguém para sempre. (However far away/I will always love you/However long I stay/I will always love you/Whatever words I say/I will always love you/I will always love you)
Tenho saudades da Aval de Cima. Há dias passei lá, desvio a que não resisto sempre que me encontre perto o suficiente. Foi mais chocante do que no início. Pareceu-me apenas um regresso de férias, os carros na rua e a vida que continua a existir mesmo quando não estamos lá para a ver. Quase estacionei e peguei na chave com o F de marca. Acho que as casas se amam para sempre.

De hoje

Hoje cheguei (muito) atrasada ao trabalho, que estava na banheira. Enquanto eu tirava o casaco, o trabalho saiu da banheira sozinho e veio a correr para o corredor, todo despidico. Mandou um senhor tralho no chão e queixou-se um bocado, altura em que eu tentei elucidá-lo acerca das propriedades físicas do chamado "corpo completamente molhado" que impossibilitam a circulação no bem conhecido "chão envernizado".
There's never a dull moment.

O post imediatamente abaixo publicado

não invalida (nem condena) a minha origem trasmontana, muito pelo contrário: se não vivo no Reino Maravilhoso, então ao menos que viva numa cidade a sério.
E sim, eu adoro o Porto.

Puzzle

Porquê as saudades de Lisboa? Porque Lisboa tem imagem de cidade internacional.
Não fui feita para viver fora de capitais, está visto.

O guarda-chuva de catorze anos

Ninguém acredita quando digo que aquele guarda-chuva vermelho tem catorze anos. Tenho-o desde o 8º ano, se bem que pode ser desde o 10º (não me perguntem porquê) - seja como for, tem seguramente mais de dez anos. Tem o tecido a desfiar, uma linha cinzenta no lugar de uma vermelha a prender a uma vareta, mas funciona impecavelmente.
Como é que é possível, tu não perdes guarda-chuvas?, dizem as pessoas, incrédulas.
Não. Eu não perco nada, nem um gancho. Ou perco (perdi o ano passado em Maio um brinco de um par que tinha desde o 7º ano, acho; não chorei, mas tive vontade) e depois fico louca a tentar encontrar o que perdi.
Já a compostura, perco muitas vezes. É dos azeites.

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Ultimamente

todos os blogs novos que abro são de autores de livros. Não escritores que tenham, além das palavras em papel, um blog, mas de autores de blog que têm livros publicados.
Não sei se a pergunta correcta será esta, mas é assim tão fácil publicar um livro ou o (parvo do) Universo anda a mandar indirectas (foleiras)?

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Venham as fotos

e eu mostro-vos o prazer de hostel em que fiquei em Marselha.
No sábado à noite decidimos monopolizar a cozinha, mediterraneamente por volta das 19h. Aquilo não era carne nem peixe, tortilla pré-preparada com salada de alface, canónigos e tomate, baguettes para rechear com pasta de atum ou carnes frias, queijo e salmão fumado. A única parte realmente francesa era o branco de Bordéus por €2,49 do Dia. Tudo óptimo, mesmo o vinho que não perdia em ter sido mais caro.
Depois decidi armar-me em let's meet people, completely out of character, e convidei o australiano que afinal era neo-zelandês para vir lá para fora beber umas biéres connosco. People are endlessly interesting, I would say.
Mais tarde chegou a entourage francófona com um búlgaro de Paris, um francês que nos entendia as algaraviadas quase todas e uma francesa, como dizê-lo, francesa. Bonita, simpática, francesa. Infelizmente, insistiam em falar inglês enquanto a minha entourage falava de mim e da minha pronúncia.
Tenho de perder este hábito de conseguir falar com uns e ouvir outros a falar de mim ao mesmo tempo.

Disseram-lhe a ela

(e por isso não o vou usar como título)
que está (algures) entre a Sé de Braga e Nova Iorque. Disse-me a mim depois que estou ao lado dela. Concordei. E acrescento:
seja da idade ou da maturidade (que é a mesma coisa, convenhamos),
estou entre chorar baba e ranho só porque sim e beber um copo de vinho e não se fala mais nisso.
O que é o mesmo que dizer que vou curando (nursing) as neuras com cigarros.
Quando chegarão os copos de vinho?

Com a neura

dá-me para tentar encaixar coisas em gavetas etiquetadas e generalizar o que não é generalizável, ou estás deste lado ou estás contra nós, quem quer que nós sejamos.
O problema de me conhecer tão bem é esta lógica distorcida e propositadamente errada já não me enganar e, portanto, dou por mim a perceber que vivemos numa imensidão gigante e infinita, sendo esta Terra apenas um grão de areia no Universo que, afinal, é finito.
Gosto de paradoxos. (E de chocolate.) E quando a minha cabeça parece dar um nó cubista por me obrigar a ver todas as perspectivas, à Calvin, lembro-me de fumar um cigarro e sinto-me melhor.
Anda cá, LM bleu.

Neura

Isto ajuda. E não me perguntem porquê.

Baguette withdrawal

Ou
O meu francês precisa de ser ressuscitado.

De Marseille

Os marseillais são loucos. Conduzem como bons franceses, ou seja, mal e depressa. E não páram nas passadeiras. Quando confrontados com peões, desviam-se. Quando não podem desviar-se, apitam.
Conclui-se que os condutores portugueses são umas bestas mais pequeninas, que ao menos deixam passar as pessoas de vez em quando.

domingo, fevereiro 01, 2009

Fumer peut diminuer l'afflux sanguin et provoque l'impuissance

Lá na França o LM bleu custa 4,80. Porra!
Dá-me cá um abalo ao pífaro, isto de l'impuissance...

Fumer nuit gravement à votre santé et à celle de votre entourage

Lá na França há LM bleu.
E a entourage fumava prá frente comigo.

Agência de Viagens Soninha

Abusou dos doces no Natal? Anda a digerir o peru até agora? Faça uma viagem com a Agência Soninha! Viagens Soninha, vá um fim-de-semana para Marselha e perca 2kg!
Agência de Viagens Soninha, a agência low-cost (porque o caminho se faz sempre a pé)!
Au soleil, sous la plui, à midi ou à minuit, Agência de Viagens Soninha, et allons-y!
Não garantimos o plano de emagrecimento se comer naquele sítio dos hamburgueres e andar sempre a dar nas bolachinhas, mas garantimos que comerá laranjas, muitas!

Sod London

Je veux habiter à Paris.