sábado, janeiro 28, 2006

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Ou, falando bem e depressa,

xô com as manápulas, que este é meu!

Águeda a Linda 2

Convenhamos, isto de tanto Águeda a Linda, tanto Águeda a Linda já cansa. A mim, pelo menos.
Mesmo assim, não me escapo a mais um fim-de-semana a contemplar as belas margens do rio Águeda.
Felizmente, isto não é bem, bem verdade. Eu vou para Águeda, sim senhor, mas provavelmente pernoitarei numa aldeia vizinha e tenho melhores perspectivas para ocupar o meu tempo do que olhar para margens barrentas e quase desfeitas de um rio que abocanha tudo mal chovem dois pingos. (Segundo o que vi na última vez que lá estive, as reparações da margem derrocada já estão em curso, descansem os corações mais frágeis.)
Mais uma festa. Digo mais porque já no fim-de-semana passado houve uma e nós fomos. Obrigações sociais de gente muito popular! (O engenheiro, que eu não tenho nada a ver com isso.)
Tão popular que, de cada vez que conheço alguém novo lá das bandas, não me escapo ao sacramental "Olha que arranjaste aqui um belo rapaz!" ou "Trata bem dele que ele é cinco estrelas!" ou (e a mais original) "Parabéns, escolheste muito bem!". Toparam? Toparam mesmo? As sonsas das gajas todas embeiçadas (e outras coisas mais que não digo para não abusar do vernáculo) como que a dizer "Olha que desperdício, este queria-o eu para mim, mas olha, já que foste tu que o fisgaste, ao menos estima-o, que é para te durar muito".
Santos da casa não fazem milagres, minhas queridas!
Ele há cada uma...

terça-feira, janeiro 17, 2006

Cortar o cabelo

é bom. É muito bom, aliás! É claro que eu acho sempre que a Cristina se entusiasma quando eu digo que quero cortar bastante e acaba por cortar um nadinha demais, mas não faz mal. Assim dura mais tempo.
Gosto especialmente da sensação de cabelo sempre bonito e limpo que tenho quando saio das mãos dela. Nunca percebi as pessoas que chegam a casa e lavam o cabelo acabado de cortar (que frustração, nunca gostar do que lhes fazem ao cabelo).
A melhor parte, e a que ajuda a justificar os euros que lá deixo, é o cabelo arranjadinho, lindo, sempre penteado!
A pior parte é quando este cabelo quase perfeito começa a ficar sujo e exige uma lavagem. É sempre um regresso à caracolice desordenada. Enfim, nada dura para sempre!
Anda para aí mais gente a cortar o cabelo, ao que parece. Espero que estejam todas tão contentes quanto eu.
Agora vou lavar o meu.

500

É o número de postos de trabalho que a fábrica do Ikea em Ponte de Lima vai criar, pelo que ouvi na rádio hoje de manhã.
Verdade seja dita, eu pensei que era um sonho. Acontece muitas vezes, como resultado de usar a aparelhagem como despertador. Ouço as notícias ainda na terra dos sonhos e depois, quando acordo, nunca sei se é mesmo verdade ou apenas um sonho bom (ou mau, dependendo da notícia).
Hoje, como resultado, acordei mais feliz e ainda um pouco incrédula. Os meus suequinhos vão abrir uma fábrica em Portugal (e não em Espanha) e vão empregar 500 minhotos (e/ou outros, também), que bem precisam. Hoje estou um bocadinho mais reconciliada com a sociedade.
Se já nutria uma paixão assolapada pelos suequinhos, agora é amor a sério!

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Acomodo-a. Quase como se embrulham os meninos pequeninos. Quase como quando pego nela, a minha outra menina, depois do sono, quando quer a mãe ou a avó, mas não a tia. (Depois passa-lhe, é coisa breve.)
Faço-lhe uma cama de esferovite e um material suave, espumoso.
Leva a descrição, o número e a fotocópia. Bem identificada, portanto.
Vai registada, avisada, azulada. Não a quero perder.
Leva muitas lágrimas interiores, das que doem mais, por tanta ignorância, trapalhice, descuido.
Devia ter pedido mãos mais competentes numa das passas. Continuam as mesmas, rai's parta!
Volta depressa.

domingo, janeiro 08, 2006

Sábado produtivo

O erro: ir ao Ikea no primeiro dia de saldos, que é um sábado.
A distracção: imaginar, com descrições detalhadas entre nós, como seria fazer desaparecer a imensidão de gente lá dentro à força de pancada com o rolo de tapete protector para as gavetas que vamos comprar assim que a multidão de adultos, crianças, adolescentes, idosos e o que mais houver nos deixar chegar à caixa para sairmos dali o mais depressa possível. Exemplo: "Olha este, TAU!, era já!".
O saldo: trouxemos um móvel lindo onde cabe a louça nova que usámos no fim-de-ano (e mais, muito mais).
Ah, não houve vítimas. Ou achavam que nós nos deixamos dominar pelos instintos assassinos que de quando em vez nos assolam?

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Dia de Reis: Ouro

Na hora do xixi-cama, eu no quarto a vestir o pijama e ele na casa-de-banho a lavar os dentes. De repente ouve-se: "Patuum!!". A seguir silêncio.

Ele tropeçou não sei em quê e foi contra a porta semi-aberta da casa-de-banho.


Eu pensava que as ressacas só duravam 24 horas.
Eu ia rebentando um nervo de tanto me rir.

Dia de Reis: Incenso

Numa relação já de si quente, ele decidiu levar as coisas para outro nível. Ontem enfiou o pé, sem meia, no bolso do meu robe.
Não há palavras...

Dia de Reis: Mirra

Para mirrar. Que é como quem diz, emagrecer. Um objectivo sério para 2006.

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Ouçam lá!

Quem é que apagou as velas? Tenho o sofá cheio de cera!

Agora

só me falta mesmo o portador de música para estar na berra, porque máquina digital já eu tenho. Mas mais que estar na berra, queria experimentar a sensação de ouvir as Hole dos meus 15 anos em Paris em pleno Chiado.

Aos 17 anos

a Fiona Apple escreveu a música que me embala os pensamentos e me embalou, ad eternum, o Natal de 1998. O melhor Natal que já tive (é muito triste dizer isto?), o Natal em que o Manel deu tréguas ao mau feitio pós-sesta, a Tina tentou tomar-lhe o lugar (mas nós não deixámos), o mano fritou as rabanadas e as manas foram, como sempre, excelentes companheiras e carrascas, tudo ao mesmo tempo, como sabe melhor.
Eu, quando tinha 17 anos, também escrevi uma música, mas a minha, embora também em inglês, era sobre amores errantes e vícios antigos e nunca foi cantada, nem pelo grupo de garagem que a quis. E eu não tenho a voz da Fiona e chamo-me Joana, so it wasn't meant to be.
Foi a música do meu primeiro primeiro ano da faculdade, assim mesmo porque, dois anos mais tarde, tive outro primeiro, desta vez mais a Sul. Foi a música dos céus azuis-negros das noites do fim de Outono em Vila Real, num Trás-os-Montes que não era o meu, mas passou a ser. Foi a música dos fins de tarde frios, de cachecol e cabelo comprido, a espreitar as primeiras estrelas. Foi a música que, como uma cola, juntou tudo, as amigas, a universidade, as saídas, a família, os sonhos, a realidade, e as minhas raízes, que se mais fundas fossem, estaria agora de pés enterrados na vinha de onde se espreita o Douro, na terra quente do Sol ou fria do gelo, granulosa, solta e dura, ao lado de uma videira rugosa e velha de sabores intensos.
Este ano quero ver mais as minhas amigas, sonhar mais alto e chegar lá (or die trying), e sentar-me na terra que me criou, matar saudades e inspirar-me nos montes que me viram nascer. Já vos disse que sem o planalto não sou nada?

Não é verdade

que não me lembre da passagem de ano. Foi uma hipérbole, nada mais. Lembro-me, e bem, da bebedeira que apanhei e da verborreia que debitei (desculpa lá, ó P.).
Lembro-me do que me ri e diverti, lembro-me da excitação dos crackers, lembro-me das óptimas amêijoas à Bulhão Pato (feitas por mim, aham) e da maravilhosa mousse, ah, que mousse, da I. Foi a melhor que já fizeste até hoje, I.!
Lembro-me das fotografias tiradas toda a noite (até as pilhas acabarem, que as suplentes ficaram em casa a descansar), dos vídeos que fizémos e dos table confetti espalhados no meu chão, no meu chão, no meu chão e no chão da casa do J.
Lembro-me da festa porreira pacas na casa do J. e até me lembro bem da conversa que nos pôs a todos sóbrios em menos de nada. (Desculpa, mais uma vez.)

Lembro-me bem que foi uma excelente forma de acabar 2005 e começar 2006. Que é um ano mais redondo, mais meigo e será, decerto, o início de muitas coisas novas. Enjoy!

domingo, janeiro 01, 2006